Escola acessível

Escola acessível: primeiro passo para um ensino inclusivo.

Ainda hoje, temos vários estabelecimentos que não são acessíveis. E, nas instituições de ensino, não poderia ser diferente. A escola acessível já deveria ser uma realidade. Afinal, investir em inclusão não é só um benefício para instituição, mas, principalmente, para os seres humanos que precisam de acessibilidade e inclusão. Além disso, também nos ajuda a aprender a lidar com pessoas no nosso dia a dia que possuem necessidades diferentes da nossa. É preciso normalizar essa realidade no nosso cotidiano. Pensando nisso, como podemos tornar tudo isso realidade?

Os desafios da acessibilidade.

Muito gente acha que acessibilidade é um assunto chato e que já deu o que tinha que dar. Entretanto, precisamos desmistificar isso. Pois, acessibilidade não é só sobre pessoas deficientes, mas também qualquer tipo de pessoas com alguma limitação física temporária, gestantes, idosos, mães com crianças de colo.

Existe uma legislação, a NBR 9050, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade, que abrange vários assuntos, desde ergonomia, acessos e escadas até transportes públicos. Além disso, existe o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que determina como elas devem ser tratadas pelo restante da sociedade, visando sua cidadania e inclusão social.

Inclusão na escola é sempre a melhor opção!

É necessário refletir sobre o assunto. Está subentendido na nossa cabeça que, a pessoa com deficiência, é só a que usa muleta ou cadeira de rodas. Mas na verdade, ela pode acometer qualquer tipo de pessoa. Acessibilidade não é só sobre pessoas deficientes, mas também qualquer tipo de cidadão com alguma limitação física temporária, gestantes, idosos, mães com crianças de colo, por exemplo. Imagina uma gestante que precisa utilizar um banheiro público, porém ele é minúsculo? Ou um estabelecimento onde o único acesso é uma escada grande, dificultando acesso para alguns idosos, deficientes e pessoas com limitações físicas. Os cenários são bastante diversos.

Quando voltamos para o nosso universo da Arquitetura Escolar, você, gestor, que vai receber na sua escola não só alunos – deficientes ou não -, mas mães gestantes, avós que muitas vezes levam os netos para a escola. Então, como que você vai receber essa população, como que eles irão vivenciar o espaço da sua escola, se ela não for acessível? É muito importante pensar sobre isso, e como arquitetas, precisamos pensar desde a calçada até o interior do prédio.

A questão é que acabamos, muitas vezes, esquecendo dessas pessoas nos nossos projetos e isso é muito sério. Como arquitetas e urbanistas, precisamos sempre apresentar soluções e opções para os clientes, até mesmo aqueles que acabaram não incluindo isso nas ideias iniciais. É nosso dever presar pela cidadania de todos e tomar posição a favor de mudanças que só tendem a ser positivas.

Acessibilidade é um reflexão diária.

Uma experiência interessante, é você se colocar no lugar dessas pessoas e caminhar por espaços do seu próprio dia a dia e pensar: uma pessoa com cadeira de rodas passaria aqui com facilidade? E um deficiente visual? Seria seguro para eles transitar por esses espaços? Diante disso, você começa a perceber que, até os pequenos obstáculos, podem ser montanhas para outras pessoas, pois a gente não tem a mínima noção de como é difícil circular pela cidade.

Esse post é para gerar reflexão, ao invés de dar uma receita de como deixar o seu espaço mais acessível. Principalmente para quem é arquiteto e urbanista ou gestor de uma escola. E, após essa leitura e voltando para a pergunta do título “por que construir uma escola mais acessível?”, acaba que ela se responde sozinha.

Quando será a volta às aulas?

Um ano de pandemia. E quando será a volta às aulas?

Quando será a volta às aulas?

Era março de 2020, o Covid havia chegado ao Brasil. Silêncio na rua. Fechamento das escolas. 

As instituições de ensino foram trancadas e, um ano depois, sua reabertura ainda é ensaiada, a passos lentos, cheia de indefinições. Ainda não sabemos exatamente quando teremos uma volta às aulas como sonhamos.

Nosso país continental tem realidades absolutamente distintas e, neste momento, existem cidades que vem retomando as atividades nas escolas lentamente com algum sucesso e cidades que estão em lockdown devido ao grande aumento do número de casos nas ultimas semanas.

Durante todo este último ano acompanhamos discussões prós e contra à retomada das aulas. Em poucas das que acompanhei eu encontrei um consenso. Especialistas em educação, médicos, cientistas, todos tinham opiniões diversas sobre a reabertura das escolas. 

Fica a pergunta: quando deve acontecer à volta às aulas?

Enquanto isso, as escolas faziam o que podiam: implantação do ensino remoto, treinamento de professores pra usar as ferramentas virtuais, malabarismos para fazer com que os pais não cancelassem matrículas, gestão de caixa e adequação de suas instalações para uma possível volta às aulas.

Foi um ano de enormes desafios e algumas escolas sucumbiram. Principalmente as menores, focadas no atendimento a bebês e crianças de até 5 anos. Não aguentaram a inadimplência, a falta de apoio do governo, o rompimento de contratos.

Para nós, é muito triste acompanhar estes sonhos interrompidos. Enquanto aguardavam a volta às aulas, escolas tradicionais com mais de 20 anos de trabalho foram fechadas. Ficou muito difícil sustentar um negócio com a necessidade de tanta tecnologia.

Por acompanhar de perto a rotina de gestores, também sentíamos a angustia das idas e vindas com relação às previsões de retorno. Os prazos para a retomada iam sendo anunciados e adiados num piscar de olhos infinito.

Além disso, também somos mães e foi muito difícil ver nossos filhos tristes por não ter o convívio diário com colegas e professores. 

Ainda não sabemos o impacto que um ano sem escola terá na vida dos estudantes. E olha que aqui falo de uma perspectiva de privilégios, pois posso proporcionar a meus filhos uma escola com ensino remoto ininterrupto, internet de qualidade e professores dedicados. Tudo no conforto do nosso lar. Mas sabemos que isso é para poucos.

O efeito disso só saberemos com o passar do tempo e com o trabalho de especialistas que certamente já estão pesquisando sobre o assunto.

E já podemos viver com segurança?

Como esperado, 2021 chegou. Estamos em março e este aniversário de pandemia é algo que ninguém gostaria de passar. Eu, ingenuamente, acreditava que, um ano do início desta loucura, tudo estaria diferente. Não uma vida sem restrições, mas um dia a dia mais tranquilo, com mais segurança e com todos na escola.

Porém, o cenário é bem diferente do que o meu otimismo idealizou. Mesmo acompanhando a diminuição do número de infectados pelo Covid no mundo, aqui no Brasil a situação ainda é extremamente preocupante e a pandemia se apresenta sem controle.

A verdade é que não temos a menor ideia de quando será o final disso tudo. Se o início da vacinação é um alento, a velocidade da imunização ainda é muito baixa e não nos garante uma vida “mais ou menos normal” num curto prazo.

Portanto, seguimos com a esperança de dias melhores para todos e, em especial, para o segmento da educação.
Aqui, atrás desta tela, tem alguém que torce para que a volta às aulas aconteça o quanto antes.

Diante disso, torço também para que as escolas consigam cumprir todos os protocolos de forma que TODOS se sintam seguros.
Visto que a escola é mais do que um lugar em que se aprende português e matemática, é fácil concluir que educação é assunto sério e precisa ser tratada sempre como prioridade. É espaço de encontro, de descobertas, de trocas, de colaboração, de criação de memórias e de viver.

Espero em breve visitar escolas com salas lotadas, pátios barulhentos, sorrisos esparramados e abraços apertados.

Enquanto isso, seguimos com o nosso trabalho, vamos adaptando as escolas a esta nova realidade, projetando novas escolas para gestores mais preocupados com a saúde de seus espaços e mostrando a alunos que a escola pode, e deve, ser um lugar divertido.

estudantes andando ao ar livre, natureza

Biofilia nas escolas, você sabe o que é isso?

De tempos em tempos palavras da moda surgem no universo da arquitetura e invadem as redes sociais: apartamento garden, varanda gourmet, conceito aberto, arquitetura sustentável… Muitas vezes nos deparamos com estes termos sendo usados somente como ferramenta de marketing e então eles perdem totalmente o sentido de existir e não tem qualquer cabimento. Ultimamente uma nova palavra tem aparecido e chamado atenção: a biofilia, mas você sabe o que é biofilia nas escolas?

Vamos começar do princípio. 

No último século a população mundial vem migrando do campo para as cidades. De acordo com dados da ONU, cerca de 55% da população mundial já vive em áreas urbanas, até 2050 este número deve atingir a marca de 70%. Com isso temos o afastamento do ser humano dos ambientes naturais e o aumento do chamado “transtorno de déficit de natureza”.

Aliado a isso, passamos mais de 90% da nossa vida em ambientes fechados. Este número é altíssimo e pensando nisso é fácil concluir que precisamos cuidar melhor dos ambientes que vivemos: nossa casa, nosso local de trabalho, nossos espaços de entretenimento e nossas escolas.

Este estilo de vida tem criado a “Indoor generation”. O termo tem sido utilizado por estudiosos para definir crianças e adolescentes que cada dia menos tem respirado o ar puro, visto a luz do sol e mantido contato com o verde. 

Temos então uma receita bomba: aumento da população urbana + alta permanência em ambientes fechados = ausência de contato com a natureza, e o que esta equação pode nos causar?

De acordo com o pesquisador Richard Louv, criador do termo transtorno de déficit de natureza e que tem investigado o assunto desde a década de 90, a nossa vida moderna tem produzido uma geração de jovens e crianças com problemas de obesidade, hipertensão, depressão, transtornos de atenção e até problemas cognitivos.

Esta introdução é importante para que possamos voltar, então, à biofilia.

Biofilia vem do grego e significa literalmente “amor pela vida”, este termo foi popularizado pelo biólogo Edward Wilson em seu livro “Biophilia” lançado na década de 80.

Fonte da imagem: Amazon

Para Wilson, o ser humano tem uma relação inata com a natureza e este amor pela natureza é transmitido de geração para geração. Ou seja, a biofilia é hereditária, ela está nos nossos genes, portanto, precisamos dela.

Baseados no conceito desenvolvido por Wilson e impulsionados pelas descobertas feitas por Louv, arquitetos tem buscado incorporar em seus projetos conceitos da biofilia. Isto se dá a fim de aproximar o ser humano aos elementos naturais.

E como isso se aplica no ambiente escolar? Como usar a biofilia nas escolas?

Trouxemos aqui algumas diretrizes que podem ajudar a sua escola a ter um ambiente mais humano, mais ligado à natureza e que, certamente trará muitos benefícios à sua comunidade.

1. Utilização de materiais naturais

Fonte da imagem: Archdaily – Escola Infantil Beelieve

Quando aplicamos materiais que remetem à natureza em ambientes fechados trazemos a sensação de acolhimento e de pertencimento ao espaço.

Geralmente a madeira é o primeiro material que nos vêm à cabeça. Isso porque sua aplicação é versátil (revestimentos de pisos, paredes, forros ou execução de móveis), além de ser um material comumente usado na construção civil e ao qual já estamos muito acostumados.

Entretanto, há outros materiais que podemos aplicar nas nossas escolas, como as pedras. Existem inúmeros tipos de rochas no mercado e elas podem ser utilizadas tanto em ambientes internos quanto em externos, em pisos ou revestimentos de muros e paredes.

O bambu é um outro exemplo de material que podemos incorporar nos projetos de escolas. Ainda pouco utilizado no Brasil, o bambu é muito comum em obras na Europa e na Ásia. Por ser um material de renovação rápida o bambu tem sido muito utilizado como alternativa à madeira, inclusive em estruturas de edifícios e é muito valorizado na biofilia.

2. Presença de água nos espaços

Esta nem sempre é uma solução de biofilia fácil de adotar, mas é possível pensar em algumas alternativas.

Um aquário pode ser uma saída para quem tem pouco espaço. Ele pode estar na área da recepção ou em algum espaço comum em que haja bastante circulação de pessoas.

Uma cortina de água também é uma ótima alternativa. Além de ocupar pouco espaço, a circulação de água cria sons que remetem ao relaxamento. 

Para quem tem mais espaço, espelhos d´água ou pequenos lagos se mostram muito eficientes, além de propiciar o equilíbrio da umidade do ar, há a oportunidade de criar um microclima com animais, como peixes e tartarugas, e promover a interação das crianças com estes.

3. Ventilação natural

A ventilação natural é uma das premissas da arquitetura bioclimática. Já falamos de sua importância nos artigos sobre a pandemia do corona vírus (você pode ler aqui) e ela retorna neste artigo sobre a biofilia.

Com o tempo fomos substituindo as aberturas para o exterior por sistemas de ventilação mecânica em quase todos os edifícios que frequentamos, nas escolas isso não é diferente.

Ambientes sem troca de ar com o exterior propiciam a contaminação do espaço por fungos e bactérias (veja este artigo que escrevemos sobre o uso do ar condicionado) e facilitam a proliferação de doenças. 

Além disso, as janelas são a passagem que nos conecta com a percepção da temperatura externa, a intensidade do vento, o ruído dos pássaros, ou seja, promove a integração do dentro com o fora e mostra a todos a presença de vida.

Fonte da imagem: Archdaily – Escola Infantil Beelieve

4. Iluminação natural

Também sempre reforçamos por aqui a importância da iluminação natural no ambiente escolar. 

Dentro do conceito de biofilia, a iluminação natural nos permite observar a passagem do tempo, a identificação da mudança de horário durante o dia e a percepção da transformação da intensidade da luz durante a passagem das horas.

Esta também é uma forma de se conectar à natureza de uma forma mais sutil, mas muito eficiente e que traz a compreensão inconsciente do ciclo do dia.

5. Integração com o verde

Talvez este seja o ponto mais óbvio e mais importante dentro da biofilia para as escolas: a incorporação de plantas ao desenho do espaço. Além de aumentar o verde na escola, estas ações atraem pequenos animais (pássaros, joaninhas, borboletas,etc) que pode gerar um pequeno e rico ecossistema.

Esta integração pode acontecer de diferentes formas:

Criação de jardins

Qualquer pequeno espaço do terreno pode ser transformado numa área verde, o importante é o aproveitamento máximo deste ambiente e a escolha de espécies que terão bom desenvolvimento naquela área.

Melhor aproveitamento dos pátios existentes

Se a sua escola já tem áreas abertas que tal crescer o seu potencial de ligação com a natureza? Além do aumento do número de plantas, certamente a diminuição e substituição de pisos impermeáveis também é uma ótima alternativa.

É possível trocar parte daquela grande camada de concreto por areia, pedra, terra, cascalho, grama ou forrações que façam com que seus alunos tenham percepções de diferentes texturas e um ambiente muito mais rico para ser explorado.

Nos parques infantis a utilização de brinquedos de madeira é bem-vinda. Um terreno com pequenos obstáculos como morrotes ou tocos de madeira podem propiciar uma vivência mais intensa do espaço.

Criação de uma horta ou de um pomar

criança plantando uma horta

O contato direto com a terra é definitivamente um grande diferencial que a sua escola pode oferecer. As crianças têm cada dia menos oportunidades de experimentar o cuidar, e ter uma horta pode propiciar isso. Sem falar que a horta serve como ambiente para aulas tanto de pequenos quanto dos maiores. Nela é possível ensinar a cultivar, ensinar alimentação saudável, ensinar biologia e até matemática. Portanto, é um espaço que, quando bem explorado, funciona como uma ótima sala de aula.

Implantação do verde dentro dos espaços

Esta é a decisão mais fácil de se tomar para implantar a biofilia na sua escola. Certamente em algum espaço da sua escola cabe uma parede verde, um canteiro, uma floreira, uma planta pendurada… Qualquer uma destas iniciativas já pode dar outra cara a um ambiente sisudo e sem graça. E o melhor, com um investimento relativamente baixo e rapidez de execução.

O impacto gerado pela biofilia nas escolas certamente será notado em seus alunos.  A aproximação com elementos naturais aumenta a concentração, promove a criatividade e ajuda no bem-estar de todos.

Acreditamos que a ligação das crianças com os ambientes externos é de extrema importância no seu desenvolvimento. Portanto, em nossos projetos valorizamos ao máximo as áreas externas e sempre indicamos que elas sejam utilizadas também como espaços de aprendizado.

Temos certeza que a biofilia é muito mais do que uma palavra da moda. Se você quer incorporá-la ao ambiente da sua escola, pode contar conosco.

Air conditioning decoration interior of room

O ar condicionado e a COVID 19

Esta pandemia tem feito com que nos preocupemos mais com os ambientes que vivemos. Depois da mudança da maioria da população para as cidades passamos a viver cerca de 90% do tempo da nossa vida em espaços fechados. Nem sempre estes espaços possuem a ventilação adequada, então começamos a nos perguntar: qual a relação do uso do ar condicionado e a COVID 19?

O sistema de ar condicionado surgiu no início do século passado para resolver um problema nas indústrias, em 1902 Willis Carrier criou um processo para condicionamento do ar e começou a sua expansão nos EUA.

A partir de então o sistema foi se popularizando gradativamente saindo das indústrias e chegando a cinemas, hotéis até que, na década de 50, invadiu as casas americanas. Na década de 70, os aparelhos de tornaram mais compactos, depois os carros passaram também a ter o condicionamento de ar e finalmente chegamos onde estamos hoje: qualquer lugar pode ter o seu sistema de ar condicionado de forma relativamente rápida e barata.

Toda esta evolução colocou o ar condicionado como salvador na climatização de ambientes, se está frio ou quente demais basta ligar o aparelho e resolver o problema. Entretanto, este sistema de climatização artificial distanciou o ser humano da ventilação natural e de todos os seus benefícios. 

Grandes edifícios passaram a ter janelas vedadas, espaços de compras não tem qualquer ligação com o exterior, espaços de alimentação se mantém com um clima sempre agradável a partir do uso de máquinas e até em escolas vemos a crença de que qualquer abertura para o ar livre não é assim tão necessária.

Enfim, passou-se a acreditar que colocando um aparelho de ar condicionado qualquer problema de incômodo ou má ventilação do ambiente estariam resolvidos e ele se tornou o melhor amigo da arquitetura ruim.

Repensando os espaços após a pandemia

Bom, tudo isso parecia funcionar muito bem até que chegamos ao momento atual, uma pandemia nos tem feito repensar toda a forma como vivemos e nos questionar sobre o que seria um ambiente saudável. Quando falamos em instituições de ensino estes questionamentos têm gerado verdadeiro pânico entre todos da comunidade escolar. 

Será que as escolas que têm os seus ambientes climatizados artificialmente estão mais propensas a disseminar pelo ar condicionado o vírus do COVID-19? Há uma relação entre o uso destes aparelhos e a disseminação da doença? Como evitar que o ar condicionado seja um vetor de transmissão?

Estas são algumas das perguntas que recebemos. Resolvemos pesquisar para encontrar respostas seguras que sejam embasadas em fatos e sirvam como auxílio para mantenedores nesta nova fase que suas escolas viverão.

Contamos com a ajuda de um especialista no assunto, o engenheiro Murilo Jarreta que atua com projetos de instalações de ar condicionado, inclusive para unidades de saúde como clínicas e hospitais.

Fonte da imagem: Vetor ar condicionados

O ar condicionado pode espalhar o COVID-19 ?

Por se tratar de um vírus novo ainda não há, até o momento, uma comprovação científica sobre isso. Há algumas pesquisas neste campo, mas nada conclusivo.

Esta suposição surgiu a partir de um estudo feito por cientistas chineses depois que pacientes de uma mesma família foram contaminados num restaurante em Wuhan (você pode ver um resumo do que aconteceu aqui). 

O que já se sabe é que o ar condicionado pode ser um vetor de transmissão de algumas doenças causadas por vírus, fungos, bactérias. Além de doenças disseminadas pela poeira como gripes, alergias, asma, renite, amidalite e um tipo de pneumonia conhecida como “doença do Legionário” que pode levar à morte.

Há algum sistema de ar condicionado contra o COVID-19 que seja realmente seguro?

De acordo com o engenheiro Jarreta, somente sistemas de ar condicionado com filtragem especial são eficientes contra a proliferação de algum tipo de contaminação. Para cada tipo de utilização do ar condicionado é recomendado um tipo de filtro.

Onde encontramos o sistema de condicionamento de ar mais eficiente é nos hospitais. Geralmente há um conjunto de ar condicionado central composto por uma série de filtros de aplicados de acordo com a hierarquia dos espaços. Desde salas de armazenamento de remédios até salas de cirurgia.

Em laboratórios de análises clínicas existem aparelhos tipo “split”, munidos de um filtro especial e uma luz ultravioleta interna que também tem uma boa performance.

Entretanto, os aparelhos do tipo cassete, split ou high wall que usamos mais comumente não possuem qualquer característica especial que garanta uma maior proteção.

Este tipo de máquina apresenta um filtro comum que retém, basicamente, partículas de poeira cuja dimensão é muito maior que a de um vírus como o da COVID-19.

sistema de ar condicionado

Há alguma maneira de deixar o aparelho que uso mais seguro?

Infelizmente os aparelhos comuns, comprados até em sites pela internet, e que a maioria das escolas utiliza, não podem ser adaptados para terem um melhor desempenho.

O maior problema deste tipo de aparelho é que geralmente são utilizados em salas totalmente fechadas e sem qualquer insuflamento de ar. Desta forma, o ar fica circulando por horas no mesmo ambiente sem que haja uma renovação.

Sistemas de ar condicionado central, bem maiores, possuem o insuflamento de ar em seu conjunto. Portanto, são mais seguros, mas este é bem mais caro e sua instalação requer bastante espaço.

Como utilizar o aparelho de ar condicionado com mais segurança?

Alguns cuidados podem e devem ser tomados para que aparelhos do tipo cassete, split e highwall sejam utilizados com mais segurança:

Faça a manutenção periódica dos aparelhos

Além da limpeza por fora da máquina, que deve ser feita pelo menos uma vez por semana. As evaporadoras precisam que seja feita a limpeza interna e troca de filtros a cada três meses, pelo menos. Esta periodicidade pode variar um pouco de acordo com o uso do aparelho e o local em que foi instalado, mas 90 dias é um prazo limite.

Esta “faxina interna” deve ser feita por uma empresa especializada que irá utilizar produtos específicos para esta função. O ideal é que a escola tenha um contrato de manutenção periódica e que o prestador de serviços forneça laudos que comprovem o bom funcionamento dos aparelhos.

Limpeza e troca de filtro no ar condicionado

Promova a troca de ar

Somente a limpeza dos filtros não garante a saúde dos ambientes, é imprescindível que haja a renovação de ar dos ambientes. É fundamental que haja aberturas que possibilitem a ventilação natural ou um sistema de insuflamento de ar mecânico. Este ultimo é mais caro e que envolve um projeto específico.

A OMS (organização Mundial da Saúde) afirma que a qualidade do ar em ambientes fechados pode ser até 5 vezes pior do que o ar externo. Esta baixa troca de ar em ambientes fechados e a consequente queda em sua qualidade pode causar a SED, Síndrome do Edifício doente, prejudicando, e muito, a saúde de seus usuários.

Utilize o sistema artificial somente quando necessário

Vivemos num país de dimensões continentais e sabemos que há áreas em que o calor pode se tornar insuportável. Entretanto, em muitos outros locais notamos o uso do aparelho de ar condicionado mais como um hábito do que exatamente como uma necessidade. 

Assim, sugerimos a diminuição do uso do aparelho de ar condicionado, sempre que possível.

Como é possível notar, os sistemas de ar condicionado exigem uma série de cuidados.

Sempre pregamos que princípios da arquitetura bioclimática bem aplicados em projetos de escolas, podem diminuir sensivelmente a utilização deste tipo de aparelhos.

Se sua escola possui ambientes totalmente selados, é hora de repensar este modelo e implantar soluções que privilegiem a ventilação natural. Promovendo a ligação dos ambientes externos com os internos e que tornem o seu edifício, e seus usuários, mais saudáveis.

Precisa de ajuda para romper com este modelo do edifício doente? Conte com nossa equipe, entre em contato conosco.

Mae e filho em ambiente de estudo feito em casa

Criando o espaço de estudo em casa

Nestes tempos de pandemia a casa realmente virou abrigo. Se antes acordávamos e apressadamente nos preparávamos para sair, hoje temos que ficar e, em casa, cozinhar, nos exercitarmos, trabalhar e estudar.  Quem tem filhos sabe que criar a rotina de estudos para jovens e crianças em espaços especialmente preparados para isso não é tarefa simples. E o que acontece quando o espaço de estudo em casa não é dos melhores?

Com os filhos em casa e as aulas online, notamos que muitas vezes o espaço de estudo tem sido improvisado. Da mesa da cozinha às vezes se faz a escrivaninha, o sofá vira cadeira, a bandeja de café da manhã serve de apoio para o notebook e a iluminação é só um fio de luz que deixa os olhos cada vez menores. E isto serve também para o nosso espaço de home office.

Se antes esta situação cumpria o seu papel básico agora ela se tornou um grande problema. As muitas horas dentro de casa e as múltiplas funções que esta adquiriu nos tem mostrado o quanto é importante setorizar e separar as diferentes atividades, de modo que tenhamos conforto para realizá-las da melhor maneira possível.

Conversando com as escolas, notamos que muitos alunos têm problemas de concentração e não conseguem desenvolver bem o seu aprendizado em casa por conta da falta de um ambiente corretamente preparado para isso. 

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa não é necessário um ambiente enorme para criar um espaço de estudo em casa. Qualquer cantinho bem organizado pode funcionar e ajudar na concentração e no melhor aprendizado em casa.

Então vamos às dicas práticas para te ajudar na criação do seu espaço de estudo personalizado.

menina estudando em casa

1. Escolha o melhor local para seu espaço de estudo

Cada um tem uma maneira diferente de estudar, alguns gostam de música, outros preferem o silêncio, alguns funcionam melhor pela manhã outros a tarde… Independente dos seus gostos pessoais o espaço de estudo precisa ter três características importantíssimas:

  • Boa ventilação: ficar num local muito quente é um prato cheio para a distração e o desconforto. Escolha um cantinho em que você consiga controlar a intensidade da corrente de ar e que propicie sempre um ambiente agradável.
  • Boa iluminação: ela pode até ser artificial, mas não pode faltar. A luz ideal é muito importante no ambiente de estudo, sem ela podemos ter dores de cabeça ou uma sensação de cansaço enorme ao final das atividades. Recomendamos que sejam utilizadas lâmpadas que simulem a luz do dia, assim evitamos o que chamamos de fadiga visual. Uma luminária de mesa é peça importante no auxílio da melhor solução para a iluminação. Agora, se você tiver a iluminação natural a seu dispo, aproveite e não abra mão deste privilégio
  • Escolha um cantinho exclusivo para o estudo: eleja um lugar da casa como sendo o espaço dedicado totalmente ao aprendizado. Este detalhe faz toda a diferença. Não precisa ser nada enorme, pelo contrário, o importante é que ele seja personalizado com tudo o que você precisa para se concentrar.

2. Crie um apoio de trabalho

Pode ser uma bancada feita sob medida, uma mesa antiga que você vai reutilizar, uma escrivaninha ou qualquer outra solução que lhe pareça fácil e eficiente. É fundamental que este plano de trabalho esteja na altura correta e que proporcione o máximo de conforto a quem for utilizá-lo. 

3. Escolha uma boa cadeira

Vimos que muitas empresas têm mandado para a casa de seus funcionários as cadeiras que eles usam no escritório, isto porque geralmente as cadeiras que temos em casa não foram projetadas para que fiquemos muito tempo nelas.

O desenho e o conforto da cadeira influenciam diretamente na produtividade e no nível de cansaço e incomodo que sentimos ao longo do dia. Assim, ter um bom assento garante a postura correta, maior concentração e criatividade no desenvolvimento de qualquer atividade.

4. Tenha uma boa rede de internet

Com o ensino à distância, a demanda pela banda larga da internet aumentou vertiginosamente. Às vezes são quatro ou cinco pessoas da mesma família acessando vídeos, fazendo chamadas ou consultando dados remotos ao mesmo tempo.

Sabemos que aqui no Brasil a internet não é das melhores, entretanto é preciso pesquisar na sua região e escolher aquela que melhor lhe atende e que supra a demanda  de todos da casa.

5. Mantenha a organização

Um ambiente em que conseguimos encontrar tudo facilmente e onde o que precisamos está sempre à mão diminui as distrações e impede que haja tempo perdido com atividades desnecessárias.

Abuse de estantes, nichos, gavetas (ou gaveteiros), organizadores de todos os tipos.Ttudo isso deixa o seu espaço mais bonito e mais fácil de usar.

menino estudando em casa

6. Personalize seu espaço de estudo

Finalmente: deixe o seu espaço de estudo com a sua cara (ou com a cara do seu filho…rs). 

Quando nos sentimos acolhidos pelo espaço temos muito mais prazer em fazer qualquer coisa: cozinhar, costurar, assistir tv e estudar! Se em outros espaços da casa você gosta de ter detalhes que deixam tudo com o seu estilo, então o espaço de estudos não deve ser diferente.

Você pode usar uma cor diferente na parede, criar um quadro de avisos ou um calendário especial… O importante é se sentir bem e estimulado a estudar.

Com o isolamento percebemos todos os defeitos e qualidades do nosso morar.  A casa que antes era um local de passagem entre uma atividade e outra na rua, agora é o lugar onde mais ficamos e que passou a abrigar multifunções.

Este é o momento de entender melhor a sua casa, perceber o que falta e o que cabe nela, o espaço de estudo será mais uma peça do quebra-cabeça que se tornou a organização dos nossos lares nesta nova realidade.

E se você precisar de ajuda pode contar conosco. Certamente será mais fácil encontrar uma solução com uma ajuda especializada.

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Como funciona o projeto de arquitetura a distância?

Já possuímos ferramentas e tecnologia que nos possibilitam executar um projeto de arquitetura a distância sem perder sua qualidade. Esta prática tende a se tornar mais comum e o Ateliê já vem trabalhando desta forma há algum tempo. 

Algumas perguntas comuns que recebemos aqui no Ateliê são: vocês fazem projetos fora de São Paulo? Minha escola é em outra cidade vocês conseguem nos atender?  Agora com o isolamento social, até mesmo clientes aqui da cidade de São Paulo tem nos solicitado. Por isso, vamos explicar em 5 passos como funciona um projeto de arquitetura a distância e mostrar que o processo é bem mais simples do que você imagina.

1. Primeiro contato

Geralmente o primeiro contato conosco já se dá por um meio digital: e-mail, mensagem via direct no Instagram (@atelieurbano), formulário do site ou WhatsApp (1138723701).
Assim que recebemos a mensagem já ligamos para o cliente interessado e temos uma primeira conversa por telefone. Dependendo da dimensão do projeto marcamos uma chamada de vídeo e então podemos usar a plataforma que seja mais confortável para o cliente (zoom, Google meet, Skype, etc). Neste primeiro bate papo identificamos quais são as necessidades do cliente e então traçamos junto com ele quais serão os próximos passos.

vídeo conferencia com o cliente

2. Diagnóstico e proposta comercial

Cada cliente vem com uma demanda diferente, as vezes é apenas a reforma de um espaço isolado, outras vezes se trata de um projeto para uma ampliação e até a um projeto do zero. Por isso não temos um pacote padrão, pessoas são diferentes e os projetos de arquitetura a distância também. Apesar de ser um trabalho remoto ele é personalizado como tudo o que fazemos por aqui.
Assim criamos um “briefing”, ou seja, uma lista com todos os desejos, necessidades, problemas, medos, área a ser trabalhada e tudo mais que fizer parte da demanda.
Em cima deste briefing calculamos as horas necessárias para o projeto de arquitetura escolar a distância e conseguimos desta forma passar ao cliente o valor do projeto.

3. Fechamento do contrato

Assim que a proposta é aceita, fazemos um contrato e iniciamos o trabalho!

homem assinando um contrato de projeto
4. Início do projeto – execução do levantamento

Nesta fase contamos com a participação do cliente. Aqui solicitamos plantas com medidas dos espaços e fotos, muitas fotos. O levantamento é algo bem simples de fazer, e para que seja o mais tranquilo possível, ajudamos com todas as dúvidas que possam surgir. Quanto maior a quantidade de informações fornecida mais preciso se torna o projeto.

5. Desenvolvimento do projeto a distância

Cada projeto de arquitetura a distância tem um grau de complexidade, entretanto podemos dividir o processo em 3 fases básicas (colocar exemplos em cada uma delas):

  •  Anteprojeto – com o briefing e o levantamento em mãos desenvolvemos opções de plantas e imagens em 3D dos espaços
  • Projeto executivo – desenhos que servirão para a obra com todos os dados para execução: medidas, especificações de materiais, cores, etc.
  • Detalhamento – desenhos com detalhes específicos como marcenaria e serralheria, por exemplo.

arquiteta desenhando projeto de arquitetura

Após a entrega das etapas ajudamos o cliente no esclarecimento de dúvidas que possam surgir durante a obra. O fato de estar distante não impede que possamos auxiliar na resolução de pequenos problemas que possam surgir.

Portanto, o projeto de arquitetura a distância tende a se tornar cada vez mais comum, já temos todas as ferramentas que nos possibilitam executar este trabalho com muita qualidade e a tecnologia é uma grande aliada. Antes mesmo do isolamento que foi imposto, a equipe do Ateliê já havia feito projetos para diversas cidades no interior e litoral de São Paulo e para outros estados como Minas Gerais e Bahia.

Percebemos que com a pandemia as pessoas entenderam que muitos serviços podem ser desenvolvidos sem estarmos no mesmo espaço físico. Algumas barreiras foram rompidas, como por exemplo, o preconceito com reuniões on-line, e isso só impulsiona o crescimento deste tipo de trabalho.

Podemos dizer que a peça fundamental de um projeto é o entendimento do que o cliente precisa.

Tanto presencialmente quanto a distância, é muito importante que seja feito um detalhamento apurado de todas as necessidades da escola. Próximo ao cliente ou longe dele, escuta-lo e entender seus anseios é o segredo de um projeto de sucesso.

Agora que ficou claro como é simples o processo de contratação e execução de um projeto de arquitetura a distância basta entrar em contato conosco! Sempre nos sentimos honrados em realizar o seu sonho, seja perto ou longe.

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A escola pós pandemia – novas crenças e valores na volta às aulas

Com esta pandemia aprendemos o valor real da casa como abrigo, sentimos na pele o medo de adoecer, entendemos que a amizade é um bem preciosíssimo, percebemos que isolados é difícil encarar este mundo maluco em que estamos. Muitos de nós tem pensado em como será encarar o mundo lá fora depois deste tsunami de emoções. As incertezas nos levam a rever nossas crenças e costumes, e isso deve se refletir na volta às aulas pós pandemia.

Temos acompanhado discussões e artigos que abordam como serão os novos comportamentos depois do final do isolamento. É claro que se torna impossível traçar um caminho absolutamente preciso, mas algumas indicações são bem interessantes.

Cerca de 170 acadêmicos holandeses, por exemplo, lançaram um manifesto sobre como deve ser o ovo modelo econômico pós pandemia (você pode acessá-lo aqui ). 

Institutos de pesquisa tem levantado dados sobre como serão os novos hábitos de consumo, de vida e sobre como as pessoas pretendem se comportar depois do final do isolamento. Com base em tais dados, empresas já tem elaborado planos para receber seus funcionários, para estabelecer novas relações com seus clientes e criar uma imagem mais conectada a este “novo mundo”.

Acreditamos que as escolas terão papel importantíssimo neste mundo de novos jeitos de ensinar e de aprender, de se relacionar, de se comunicar, de viver. As instituições terão a oportunidade de usar a volta às aulas pós pandemia como gatilho de uma nova realidade.

Sempre falamos para os nossos clientes que escolas têm diversos “consumidores” a agradar: funcionários, professores, pais e, sobretudo, alunos. Todos eles têm papel fundamental no organismo vivo que é a escola e cada um deles terá uma demanda diferente no pós pandemia.

Você gestor já parou para pensar em cada um deles?

Não sou dona, mantenedora, diretora ou gestora de uma escola, entretanto tenho frequentado este mundo da educação diariamente há quase seis anos como fornecedora de serviços, há quase treze anos como mãe e há quarenta e quatro anos como aluna (sim, continuo estudando, sempre). Partindo desta experiência diversa e de todas as pesquisas que temos acompanhado me arrisco em colocar alguns pontos que, acredito, serão muito válidos para a volta às aulas no pós pandemia.

 

1.Faça seus funcionários se sentirem bem

Também tenho funcionários em minha empresa, estão todos trabalhando em casa. Nos falamos diariamente através de ferramentas de comunicação on-line e é perceptível a insegurança e o medo diante das notícias e da imprevisibilidade dos fatos.

Pessoas são pessoas em qualquer atividade que exerçam e, imagino, que tais sentimentos também devam se repetir com os funcionários da sua escola. 

Algumas instituições mantiveram a equipe de retaguarda trabalhando, prestando informações, ajudando na organização e limpeza dos espaços. Contudo, a maioria do quadro, só irá retornar após a liberação das aulas.

É para este momento que os gestores deverão ter um plano de ação bem desenhado e algumas providências que podem ser tomadas são:

volta ao trabalho em grupos

Inicialmente poderão voltar os funcionários que não apresentam problemas de saúde ou que já tenham sido contaminados pelo COVID e estejam curados (e sem sequelas), num segundo momento poderão retornar aqueles que fazem parte do grupo de risco. É importante monitorar a saúde de todos e afastar aqueles que apresentem quaisquer sintomas.

Promova um ambiente de trabalho seguro

Forneça material de proteção (máscaras, luvas, botas, aventais, etc) a toda a sua equipe. Crie um ambiente protegido com limpeza rigorosa e controle de entrada e saída.

acolha a todos e transmita segurança

Neste momento a boa recepção, a gratidão e o espírito de colaboração farão toda a diferença. Faça com que seus funcionários se sintam amparados e felizes com o retorno.

2.Mostre o valor de seus professores

Se houve um profissional que teve que se reinventar neste período de isolamento foi o professor. De repente a sala de aula lhe foi tirada, o calor humano de seus alunos desapareceu e a insegurança de usar a câmera como interlocutora do diálogo com a sua plateia surgiu.

A carga de trabalho cresceu brutalmente com planos para serem revistos, aulas para serem gravadas e a necessidade de um domínio de ferramentas que até pouco tempo, muitos desconheciam. 

Nossos mestres estão exaustos. E mesmo assim devem estar sonhando com o momento de terem seus alunos perto de si novamente.

Nada mais justo que a recepção a estes profissionais seja digna de todo o esforço que tem feito.

Melhore o espaço da sala dos professores

Coloque um mobiliário confortável e que facilite a preparação de aulas e a pesquisa de conteúdo. Crie banheiros privativos (se puder), algo que já é obrigatório por lei, mas muitas escolas não sabem. Crie um espaço com água, café algumas frutas e um lanche rápido para o entre aulas.

Treinamento de atualização

O ensino à distância já é uma realidade, ajude a seu professor a se aprimorar aprendendo a lidar melhor com as ferramentas EAD e melhorar sua didática.

Crie um espaço de preparação de vídeos

Falamos um pouco mais sobre isto neste post, um estúdio de gravação pode melhorar muito os conteúdos oferecidos pelos professores. Avalie a possibilidade de produzir um espaço dedicado a isso

Ouça os mestres

Certamente na volta às aulas no pós pandemia os professores terão muitas ideias sobre como melhorar a experiência do aluno, sobre como a escola pode aprimorar a sua forma de ensinar e como este novo mundo irá impactar sobre as crianças e jovens

3.Acolha os pais

Não será nada fácil levar novamente nossos filhos para a escola. Abriremos mão da segurança da nossa casa pela escola tão cheia de gente, tão movimentada, tão grande…

Escute as dúvidas e ajude a controlar toda a ansiedade e o medo dos pais. A escola deverá representar um porto seguro na volta às aulas pós pandemia. 

Faça comunicados periódicos, informe como será o processo de retorno, indique quais providências estão sendo tomadas para que se evite aglomerações, quais serão os protocolos de higiene.

Comunique sobre alterações no calendário, sobre as formas de avaliação… É como se tudo estivesse começando do zero. O trabalho será intenso, mas de suma importância para aqueles que estão se sentindo sem chão agora.

A escola precisa “abraçar” estes pais e fornecer a ele todo o apoio e garantias de segurança de que precisam. 

4.Mostre a importância de seus alunos e a felicidade em tê-los de volta

Não há nada mais triste do que uma escola em silêncio. Neste período de quarentena visitamos alguns clientes cujo projeto está em andamento e dá um vazio enorme ver toda aquela estrutura sem qualquer sinal de vida.

É como um edifício abandonado sem o porquê de sua existência.

Crianças e jovens são a alma de qualquer instituição de ensino e é para eles que toda a atenção deverá estar voltada. Sim, falamos de todas as outras partes desta dança e salientamos a sua importância, mas sem alunos não há aprendizado e a escola perde a sua razão de ser.

E aqui fica uma pergunta: se você tivesse ficado mais de quarenta dias longe de seus amigos, sem as brincadeiras, afastado de seus professores, sem a hora do lanche, como você gostaria que fosse o seu primeiro dia na escola na volta às aulas pós pandemia?

Você gostaria de ficar quatro ou mais horas dentro de uma sala, já recebendo conteúdo, pois o ano letivo está corrido?

De ser soterrado de tarefas de casa para recuperar o tempo perdido?

Ou ficar num auditório ouvindo palestras de quais são as regras e com funcionará a escola nesta nova fase?

Digo por mim que não. Meu sonho seria poder ficar um tempão falando em roda com meus amigos sobre como foram estes dias, ou encontrar os professores mais queridos e dividir com eles quais foram as minhas angústias, ou ter alguém que simplesmente me desse apoio para enfrentar a perda de alguém querido neste período…

São tantas as possibilidades que me parece que o primeiro dia deveria ser uma grande comemoração de um recomeço, uma festa para marcar nova forma de ver o mundo, pra discutir como este tempo de quarentena nos ensinou (ou não) a ser seres humanos melhores.

Abra o coração e os ouvidos e ouça estas crianças e estes jovens, pois, certamente, deles virá uma visão inovadora do que será este mundo pós COVID, a sua fala terá muito mais conteúdo do que qualquer aula.

Transforme o primeiro dia de retorno dos seus alunos numa experiência incrível e inesquecível. Crie uma memória afetiva que sirva de cura para tempos tão estranhos.

Grandes crises sempre impulsionam grandes transformações e acreditamos que o retorno às aulas no pós pandemia não será igual à volta de um simples período de férias. Muitas relações terão que ser acomodadas, muitas incertezas vencidas e o acolhimento se fará palavra de ordem.

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Adorable school learners with containers eating sandwiches on windowsill

A escola pós pandemia – o novo refeitório da escola

O isolamento trouxe de volta à muitas casas o hábito de cozinhar, de fazer refeições em família, de se alimentar com uma comida caseira,  feita por quem amamos. Após esta quarentena comer fora poderá ser uma barreira enorme a ser vencida por muitas pessoas, inclusive na escola. Como você está preparando o refeitório da sua escola para esta nova realidade?

Muitas empresas já estão adaptando os seus refeitórios para quando os seus colaboradores voltarem, pois, sabem que muitos funcionários não vão se arriscar se alimentando em bares, restaurantes, cafés ou lanchonetes. Isso porque não conhecem a procedência do alimento e como ele foi produzido.

Podemos transportar esta nova realidade para as escolas. 

Muitos pais de alunos vão preferir que o filho leve o seu próprio lanche, ou refeição, de casa para a escola, garantindo, assim, a sua qualidade. 

 

Você já pensou que muitos de seus alunos se sentirão mais seguros levando marmita de casa para comer no refeitório da escola? 

As marmitas já tinham voltado “à moda” no mundo corporativo há algum tempo. Principalmente por conta das dificuldades econômicas enfrentadas nos últimos anos, e certamente esta é uma tendência que migrará para os ambientes de ensino.

Mas, a cantina e o refeitório da escola, como hoje se apresentam, poderão não atender mais a demanda mais exigente do público na pós pandemia.

Novas rotinas de higiene surgiram neste período de isolamento: higienizar os alimentos com maior atenção, lavar as mãos, manter afastamento, usar máscaras, não usar sapatos em casa. Claro que nem tudo isso será transportado para o ambiente escolar, mas certamente a hora da refeição dos alunos pedirá mais cuidados.

Ficamos pensando por aqui em soluções para que o refeitório da escola consiga ser adaptado a este novo cenário. Algumas ideias surgiram e decidimos compartilhar com vocês:

Reveja o espaço físico dedicado ao refeitório da escola

Refeitório da escola

Num outro post que fizemos sobre os espaços coletivos da escola no pós pandemia já demos algumas dicas de quais mudanças serão necessárias (você pode conferir aqui).

Em muitas visitas que fazemos a escolas, notamos que o refeitório é um espaço relativamente pequeno comparado ao número de alunos. 

Se antes as escolas já trabalhavam com rodízio de turmas na hora do lanche, isto acabará se intensificando na volta do isolamento, já espaçamento entre os alunos deverá ser maior.

A ventilação será outro ponto que exigirá cuidados: por conta de termos muitas pessoas juntas ao mesmo tempo, é imprescindível que a circulação de ar seja constante. 

Os materiais de acabamento, tanto dos móveis, quanto de pisos e paredes, deverá permitir a fácil e constante higienização. As rotinas de limpeza precisarão ser intensificadas e fiscalizadas internamente.

Criar, caso você ainda não tenha, um lavatório para higienização das mãos próximo ao refeitório também é uma medida bem-vinda, assim como a instalação de dispensers de álcool gel. 

Mas lembre-se que tudo isto pode ser feito de maneira divertida e criativa, a sua escola não deve virar uma enfermaria, o espírito de coletividade e alegria devem imperar.

Crie espaços para o uso das marmitas

Marmita para comer na escola

Como dissemos anteriormente, muitos alunos poderão optar por levar a sua própria refeição para a escola. E se você transformasse isso numa experiência especial e personalizada para eles?

Já fizemos projetos para refeitório de escola em que há uma área com geladeiras para que os alunos possam deixar alimentos perecíveis e que precisam de refrigeração até hora do consumo. 

Colocamos também uma bateria de aparelhos microondas em que eles possam esquentar seu alimento. Para finalizar, uma bancada com pia e produtos de limpeza, porque, deste modo, garantimos que todos possam limpar a bagunça feita durante a refeição.

Além de garantir um ambiente pensado exclusivamente para aqueles que preferem a comida feita em casa, a escola reforça a autonomia de seus estudantes e o espírito colaborativo entre eles.

Implantação de “snack machines”

As cantinas escolares, como as conhecemos, podem passar por um período inglório no retorno às aulas. Alimentos que não estejam embalados talvez não sejam bem recebidos pelos estudantes.

Uma alternativa à isso são as máquinas de autoatendimento que tem se tornado mais frequentes no nosso dia a dia. Eu mesma já me deparei com a possibilidade de comprar desde livros até  guarda-chuvas neste tipo de equipamento.

Para esta nova geração este hábito não é desconhecido, eles lidam muito bem com a independência e as opções de escolha oferecidos por estas máquinas.

E se os lanches e refeições oferecidos pela cantina da escola fossem colocados em “snacks machines”? Melhor ainda, com alternativas mais saudáveis e frescas. Certamente a percepção de cuidado com os seus alunos cresceria, e muito, pelos olhares de pais e responsáveis. Seria uma inovação que garante a segurança e a higiene dos alimentos, assim como a saúde de seus alunos. É claro que a escolha e a definição das opções a serem oferecidas na máquina deverá ser feita por um profissional habilitado. Entretanto, a maioria das escolas possui um nutricionista de confiança e ele certamente irá ajudar muito na resolução deste desafio.

Um problema sempre pode se transformar numa excelente oportunidade!

Estamos encarando a pandemia do COVID desta forma e é esta perspectiva que queremos trazer com estes posts.

Acreditamos que qualquer negócio pode fazer melhorias para seus clientes baseados nesta nova realidade. Temos visto muitas escolas paralisadas, sem saber ao certo que rumo tomar, é nossa missão ajudá-las a sair desta fase de dificuldades com inovação e criatividade.

O refeitório da escola é um ambiente de confraternização, de conversa e de intensa troca. É o lugar em que a descontração, as brincadeiras e a formação das amizades tem um papel central. 

Quando do retorno às aulas será isso que os seus alunos estarão procurando: o reencontro com aqueles cujo convívio ficou impedido, a retomada do que foi interrompido, a recuperação do tempo congelado em casa.

Proporcione a ele este reaver de relações da melhor forma possível e, se precisar auxílio, conte sempre com o Ateliê.

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A escola pós pandemia – uma marca forte atrai clientes.

Sempre que passamos por um período de incertezas, a busca por elementos que nos deem segurança e que façam com que nos sintamos acolhidos é latente. Funciona assim com os produtos que compramos no mercado, com os locais que frequentamos e, porque não, com os espaços de educação. Uma marca forte atrai e fideliza clientes. E por isso, perguntamos a vocês gestores: como as pessoas perceberão a marca da sua escola após a pandemia?

Quando eu era criança, lá nos anos 80, me lembro claramente de ir ao supermercado e ver minha mãe circular rapidamente entre as gôndolas e pegar, sem dúvidas, os produtos que lhe interessavam. O sabão Omo, a pasta de dentes Colgate…não havia hesitação, eram as marcas fortes entrando no carrinho.

Hoje, cada vez que vamos às compras nos deparamos com novos produtos, rótulos chamativos, promoções tentadoras, promessas milagrosas. As opções se multiplicaram, assim como o nosso nível de exigência também. As marcas sabem disso e, por isso, criam produtos novos e atrativos o tempo todo.

Você sente que isso também acontece no mercado de educação? 

Certamente você viu novos concorrentes aparecerem, com uma fachada chamativa, um preço competitivo e “inovações” que atraem os pais. Porém, o mundo pós COVID pede segurança, acolhimento e solidez..  Já falamos neste post sobre o assunto. 

Instituições de ensino com anos de mercado, reconhecidas pelo seu nome e que já foram testadas e aprovadas por pais e alunos sairão na frente neste momento de retorno a escola após a pandemia. 

“Não estamos abertos a coisas novas — passamos de uma mentalidade de ganho para uma mentalidade de manutenção, o que é importante para muitas marcas perceberem”, afirmou Simon Moore, CEO da Innovation Bubble, empresa especializada em ciência comportamental.

O momento pede que a sua escola foque no fortalecimento da sua marca. Agora você deve adiar aquele novo curso extra que estava na manga, a implantação do projeto bilíngue ou a inauguração da escolinha de esportes. O foco é, assim, melhorar a experiência do seu cliente. 

Assim que sairmos de casa novamente, estaremos à procura do “Omo” e da “Colgate” em todos os atos de consumo  que tivermos. E o que isso significa? Não estaremos dispostos, portanto, a arriscar. Escolheremos a seriedade à banalidade, a garantia à dúvida e a proteção ao perigo.

E como agir para que a percepção de marca seja a melhor possível para a sua escola após a pandemia? Elenquei aqui alguns tópicos que podem te ajudar nesta jornada:

Fachada

A fachada é o cartão de visitas da sua escola. As instituições costumam ficar por muitos anos no mesmo local, dentro do mesmo bairro e o público se “acostuma” com a fachada.

Dar destaque à sua fachada fará com que muitos a percebam de forma diferente, lembrem-se da sua marca e divulguem.

Quando falamos de fachada falamos, principalmente, sobre:

  • comunicação visual: o seu logo tem que estar visível e bem localizado, as entradas e saídas tem que estar identificadas. Cuide para que as peças que compõem a identificação da sua escola estejam bem conservadas, com cores vivas e iluminadas.
  • iluminação adequada: a sua escola precisa ser vista tanto de dia quanto de noite, muitas vezes os gestores se esquecem que a escola deve representar vida durante 24 horas do dia. Cuide para que a iluminação saliente e evidencie as cores da sua fachada.
  • cuidado com a calçada e acessos: a calçada da escola deve sempre estar impecável, com acessibilidade garantida a todos, item, o qual, é exigido por lei, sem obstáculos, com piso antiderrapante.

A fachada precisa mostrar ao mundo a força e a solidez da sua escola. Aqui no nosso blog temos alguns artigos exclusivos sobre fachadas com muito mais informações e dicas. Confira e inicie o planejamento da sua escola pós pandemia.

Atendimento

Os pais estarão estressados por conta do isolamento, e ansiosos por terem uma boa experiência ao serem atendidos.

A linguagem objetiva e segura de seus funcionários e a comunicação assertiva serão pontos a serem explorados. Informações precisam ser passadas com rapidez e exatidão, assim, se salienta toda a experiência de uma escola que está há anos no mercado já passou por diversas crises. 

É importante acolher e acalmar a comunidade escolar, receber bem e mostrar empatia por todos os medos e dúvidas que virão, será fundamental. 

Pensando nestas questões, é, portanto, indispensável que a recepção da sua escola esteja preparada. 

É provável que haja um volume grande de pessoas que vá em busca de informação nos primeiros dias de funcionamento das escolas. Assim o número de assentos disponíveis para espera e o conforto oferecido por eles devem ser avaliados. 

Além disso, quem aguarda terá algum tipo de cuidado especial? Um monitor ou TV com um vídeo explicando quais as providências que a escola tomou para garantir a segurança de sua comunidade já causa uma excelente primeira impressão.

O seu logo está visível neste espaço? Sim, é importante que a sua marca apareça na recepção. Assim você reforça a conexão do cliente com a sua instituição.

E as cores se comunicam com a imagem que você deseja passar? Tranquilidade, acolhimento, limpeza, segurança, qualidades que a recepção deverá transmitir a seus visitantes. Portanto, isto precisa ser analisado e revisto, se necessário.

E como está a iluminação, ela atende bem a todos e cumpre o seu papel de deixar o ambiente mais agradável? Entrar num ambiente escuro e sem vida nos gera um certo incômodo e, muitas vezes, nem entendemos o porquê. A iluminação faz toda a diferença em qualquer espaço.

Finalmente, garanta que seus funcionários estejam protegidos e ofereça segurança a seus clientes, máscaras e dispensers de álcool gel serão itens indispensáveis nas escolas pós pandemia, pelo menos por algum tempo.

Higiene

Os espaços pós-pandemia deverão se impecavelmente limpos e higienizados.

Passamos por uma quarentena extensa, confinados em casa na maior parte do tempo, em um ambiente controlado em que sabíamos que tudo estava sendo cuidado e limpo com a frequência necessária.

Mas como fica tudo isto quando sairmos de casa? Pior, e como ficam nossos filhos na escola quanto voltarem às aulas? Esta será uma pergunta feita por praticamente todos os pais, e como a sua escola irá responder?

Quando o assunto for higiene, o grande desafio das escolas será deixar seus espaços semelhantes à casa do aluno (e não a um hospital), isto se aplica a todas as faixas etárias. A humanidade não pode desaparecer e ambientes assépticos não são receptivos. 

Aqui a criatividade deverá entrar em cena com toda a força: máscaras divertidas que incentivem seu uso, dispensers de álcool gel com mensagens de motivação na sua aplicação, competições para manter o espaço limpo, criação de uma campanha interna de bons hábitos…

Finalmente, é importante que a equipe esteja treinada para mostrar como funcionarão as novas regras no retorno à escola no fim da pandemia. Isso deve acontecer de que forma que cada um colabore e incentive a participação de todos.

Lembre-se que cada uma dessas ações deverá estar atrelada à marca da escola. Portanto, todos estes movimentos podem, e devem, ser personalizados para o seu público. Se inspire, mas não copie.

Uma dica final que quero deixar aqui é: não se preocupe com a sua concorrência.

Inspire seus colaboradores, esteja na frente nas ações necessárias, faça com excelência o seu trabalho, assim, todos reconhecerão a resiliência e a força da sua marca.

Portrait of lovely girl looking at camera at lesson of drawing

A escola pós pandemia – o ambiente da escola na era do COVID

Toda esta insegurança no cenário mundial poderá acentuar medos e ansiedades da população com um todo. Não será confortável dividir espaços com outras pessoas fora do nosso círculo familiar após o isolamento social e quais serão as mudanças que este novo cenário trará ao ambiente da escola pós covid?

Passaremos por um período gradual de reinserção social, gradualmente voltaremos às nossas atividades do dia-a-dia…

Retomaremos contatos com amigos, parentes e colegas de trabalho, frequentaremos novamente academias e restaurantes, o comércio reabrirá, crianças e adolescentes voltarão para a escola após o covid. 

Contudo, a retomada da rotina acontecerá com muitas dúvidas e alguma hesitação. Novos hábitos foram inseridos no nosso cotidiano: higienizamos as mãos com maior frequência, tiramos os sapatos quando entramos em casa, intensificamos a limpeza e melhoramos a organização das nossas casas.

Na volta às aulas teremos pais e alunos muito mais exigentes com relação ao ambiente da escola após o covid passar. A preocupação será maior, estes pais estarão muito mais atentos e preocupados com a saúde de todos. 

Será que os pais pensarão duas vezes antes de deixar seu filho numa escola com salas mal ventiladas? E a sensação de segurança e higiene não pesará muito mais na hora da escola para suas crianças? 

Como escrevemos num texto anterior, que você pode ver aqui, as escolas que trabalham com o mínimo, poderão sofrer uma rejeição imensa: o espaço mínimo entre carteiras, as janelas com o tamanho mínimo exigido, as circulações de larguras mínimas… menos, neste caso, não é mais e poderá representar um sinal de alerta às escolas.

A escola é considerada pelos pais o local em que podem deixar com tranquilidade os seus filhos, onde eles estarão seguros e melhorando como seres humanos. A escola funciona como uma extensão do lar e, num cenário pós-pandemia, é esta a sensação que os pais desejam ter. 

Cria-se então o conceito de “escola saudável”: um local em que condutas de higiene e conforto deverão fazer parte da rotina naturalmente. 

Separamos aqui alguns exemplos práticos de como o espaço da escola pós covid precisará se adaptar a esta nova situação:

ventilação natural

A ventilação natural garante que o ar seja sempre renovado e diminui as chances de transmissão de vírus e bactérias. Entretanto, sabemos que em muitos casos é necessário que a climatização dos ambientes seja feita de forma artificial. Neste caso será necessário redobrar os cuidados com a limpeza e manutenção dos aparelhos.

Salas da educação infantil

No caso dos pequenos, alguns ambientes que normalmente são ocupados por muitas crianças ao mesmo tempo devem ter maior atenção. Um exemplo é a sala do soninho. Esses ambientes devem ter, obrigatoriamente, janelas e ventilação natural permanente, pisos de fácil limpeza (gostamos muito de pisos vinílicos) e, principalmente, espaço. A distância ideal entre as camas é de, no mínimo, 1metro. No caso de não ter espaço para isso, deve-se estudar rodízio das crianças no ambiente, e higienização total do espaço a cada turma. Roupas de cama e travesseiros não devem, em hipótese nenhuma, ser compartilhados, e as caminhas ou colchonetes, devem ser leves, porque assim facilita-se a limpeza e organização.

salas de aula  com menor número de alunos

Ambientes apertados, cheios de crianças e com muita proximidade entre as carteiras serão um problema. Portanto, escolas que têm salas de aula mais espaçosas, com menor número de alunos por sala terão uma vantagem enorme na percepção de segurança do pai com relação ao espaço físico. O redesenho dos espaços de forma que tenhamos uma distância segura entre alunos será necessário.

aglomeração de alunos

A aglomeração de alunos nos espaços de uso coletivo deverá ser repensada, principalmente durante os intervalos. A criação de mais pátios, menores e em diferentes locais pode ser uma estratégia a ser utilizada. É importante lembrar que quanto mais abertos estes espaços melhor será a sua qualidade.

Em complemento a isto, temos os novos hábitos que provavelmente serão incorporados à nossa rotina e na rotina da escola, após o covid.

 

álcool gel

O uso do álcool gel já se tornou um hábito entre nós e as escolas devem se preocupar com isso. Instalar pontos de limpeza e higienização espalhados por pontos estratégicos do ambiente escolar (como na entrada de salas de aula e áreas de atendimento ao público) com pias e  dispensers de álcool em gel será uma condição básica de higiene.

Novos hábitos

Alguns comportamentos e hábitos deverão ser revistos, como o uso de sapatos nos ambientes internos das escolas. Hoje esta é uma rotina bem comum em berçários, entretanto, ela desaparece quando falamos de alunos maiores. Algumas empresas já estão estudando a possibilidade de instalação de sapateiras e armários para seus colaboradores, e essa tendência irá se refletir nas escolas. Na verdade, esse já é um hábito comum nas escolas em países frios. Nessas instituições é comum que, logo na entrada, haja um grande vestíbulo, onde os alunos deixam seus casacos e botas de neve e troquem por um sapato ou pantufa, adequados para o uso dentro da escola. Esta é uma providência bem simples, mas certamente traz uma percepção de limpeza enorme.

Facilitar a limpeza

Facilitar a limpeza e higienização das salas de aula também será necessário. Para isso temos a sugestão de algumas medidas como criar espaços individualizados de armazenamento para os alunos fora da sala de aula e ter um almoxarifado central com materiais de uso coletivo, o que eliminaria armários e prateleiras dentro das salas. A escolha de revestimentos de pisos e paredes com materiais de fácil manutenção e, se possível, com proteção contra bactérias também é uma ótima iniciativa.

Automatizações

Finalmente com a pandemia vimos que dispositivos de toque coletivo como interruptores, maçanetas e torneiras podem ser vetores para transmissão de vírus e bactérias. Eliminar ou diminuir o contato com estes itens também pode estar nos planos das escolas, estas peças podem e devem ser substituídas por instrumentos com acionamento automático por presença.

Um plano para as escolas após o covid

Na Europa já está sendo anunciado um plano para a volta às aulas, com critérios de restrições que, de alguma forma, buscam manter parte do distanciamento social necessário. Turmas com no máximo 15 alunos, dividindo-se as turmas e intercalando o ensino presencial e o EAD. Essa pode ser uma forma de atender todas as necessidades dos alunos, com segurança.

É preciso entender que esta lista não tem como objetivo transformar a escola num local asséptico como uma clínica ou um hospital. Muito pelo contrário. O ideal é que a escola pós covid seja um ambiente seguro como o lar da criança.

Sabemos da importância e incentivamos toda a vivência e toda a humanidade que está presente no ambiente escolar. O que entendemos é que para que todos se sintam protegidos e saudáveis, modificações e adaptações deverão ser feitas.

Todos estaremos tateando o mundo exterior com muito cuidado e muito receio, portanto,  quanto mais preparado o ambiente escolar estiver, mais felizes e acolhidos os pais e alunos se sentirão. Isto só aumentará a confiança na escola e facilitará a retomada da rotina que tantos estão sentindo falta.

Para todas estas transformações você pode contar com a ajuda da nossa equipe, também estamos ansiosos por ver as escolas cheias de crianças e de vida novamente.