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A escola pós pandemia: educação à distância.

O coronavírus forçou a maioria das pessoas ao distanciamento social e à muitas horas dentro de casa.  E o que fazer com tanto tempo livre? Aprender! A educação à distância se consolidou neste período de pandemia.

A internet democratizou a aprendizagem e diminuiu a distância entre o professor ou o especialista e o aluno, ou aprendiz. Um simples celular nos dá acesso a inúmeros canais do YouTube, cursos on-line e lives com conteúdos diversos que podem nos ensinar sobre inúmeros assuntos.

Se para nós, adultos, o aprender pela internet abriu um novo mundo totalmente desconhecido  e cheio de possibilidades para os mais jovens esta perspectiva já existia e só foi intensificada.

Com o fechamento das escolas o ensino à distância veio como um tsunami na rotina, já inteiramente alterada, das instituições. Para que o ano letivo não fosse totalmente interrompido, gestores e professores tiveram que criar a toque de caixa seu próprio sistema de educação à distância (EAD). 

 

A educação à distância veio para ficar

A pandemia acelerou um processo que vinha engatinhando em algumas escolas, era inexistente em tantas outras e somente em poucas já estava estruturado: ensinar sem a presença física.

É possível que sejam necessárias várias quarentenas até a pandemia ser controlada por uma vacina, então a comunicação e o oferecimento de conteúdos online deve continuar e, como todo o processo de aprendizado, deverão ser aprimorados pelas escolas e professores. 

Com o tempo o estranhamento dos alunos e as reclamações dos pais serão minimizadas, mas para que isso aconteça a escola deverá preparar um conteúdo de excelência para seu público.

Temos acompanhado o dia-a-dia de nossos clientes se adaptando a esta nova forma de aprender, muitas vezes com bastante dificuldade, entretanto, as aulas online e a educação à distância, vieram para ficar e podem ser uma ótima oportunidade.

Apesar da dor e da insegurança as mudanças trazem, todo este universo on-line abre novas portas de comunicação com alunos, pais e professores. Vislumbramos uma circunstância positiva para aqueles que estiverem abertos ao novo, olha só o exemplo que separamos:

Comunicação

A comunicação com os pais e alunos pode ser muito mais fácil e eficaz através da gravação de vídeos. Já vimos muitas escolas mandando boletins para os pais durante a pandemia por meio de filmes. Os e-mails não foram banidos, mas os vídeos são muito mais humanos e aproximam a direção da comunidade escolar, com uma linguagem bem mais pessoal. 

Conteúdo online

E se a escola oferecesse conteúdos (gratuitos ou não) online para os pais? Cursos que ajudem na tarefa de auxiliar o estudo das crianças em casa, cursos sobre como gerir conflitos com adolescentes, cursos sobre como brincar com as crianças. Os pais também estão estressados e sem tempo, muitos se veem perdidos entre o trabalho, a casa e a tarefa de ajudar os filhos com os conteúdos on-line. 

Aulas-extra

Será que o aluno não poderia ter um conteúdo mais personalizado que complementasse as atividades dadas em sala de aula? Aulas-extras podem ser mais diversificadas (empreendedorismo, educação financeira e meio ambiente), ferramentas digitais possibilitam a interação em grupo e um conteúdo voltado à vida prática poderia ser dado através da educação à distância.

Aulas tira-dúvidas

Aulas tira-dúvidas e de reforço poderiam se valer das ferramentas digitais. Vídeos com respostas a partir de perguntas e dúvidas dos alunos, aulas em tempo real em que o exercício é resolvido ao vivo pelo professor, reuniões em pequenos grupos para discussão de alguma dúvida específica. Estas aulas geralmente no contra-turno e facilitaria muito a vida de muitos pais que não precisariam alterar sua rotina para levar ou buscar seus filhos

Treinamento para professores

 A pandemia reforçou a importância do professor e seu papel fundamental na educação, porém enquanto alguns professores já se adaptaram à linguagem digital   outros ainda buscam uma maneira de repassar o conteúdo pelos vídeos com a mesma qualidade do presencial. A escola precisará preparar seus profissionais e isto pode ser feito também pelo EAD, com a criação de conteúdo específico, baseado na metodologia da instituição formando professores engajados e totalmente familiarizado com as ferramentas digitais.

 

Produção de conteúdos feitos pelos alunos

Já que todos podem assistir aulas em vídeo, porque não proporcionar uma experiência de criação? Trabalhos, reportagens e seminários podem ser feitos pelos alunos utilizando o recurso audiovisual. Isso seria uma enorme revolução na produção acadêmica de seus estudantes.

Para que tudo isso aconteça mantenedores deverão repensar os espaços de suas escolas. 

Criar espaços adequados para a gravação de aulas e conteúdos online. Por exemplo, um pequeno estúdio personalizado, fará com que a experiência virtual do seu aluno seja muito melhor e mais valorizada pelos pais. Isto porque refletirá profissionalismo e dedicação, acabando com a impressão de amadorismo. Além disso, um estúdio adequado ajudará os professores a criarem conteúdos mais criativos e relevantes. 

Pequenos cenários não poderiam ser introduzidos em diversos ambientes da escola? Servem corredores, pátios, refeitório… Estes serão ótimo pano de fundo para a produção de vídeos. Além disso, podem ser ferramentas de marketing da sua instituição através da propagação dos mesmos pelas redes sociais.

A educação digital necessita de ambientes estruturados dentro da escola para esta possa desenvolver o melhor conteúdo possível para seus alunos, pais e professores. 

A adaptação dos espaços a este novo momento pós-pandemia vai demandar conhecimento e agilidade. As escolas que não se adaptarem rapidamente perderão o bonde da inovação e ficarão para trás.

Não deixe de ler nossos outros posts sobre como será a escola pós pandemia e prepare-se para o retorno às atividades.

sala maker

ESCOLA PÓS PANDEMIA: Salas maker

As habilidades adquiridas na quarentena serão trazidas para a vida e para a escola, a qual terá papel fundamental nesta retomada. As salas maker se tornam uma necessidade neste novo cenário onde os ambientes da escola devem ser repensados de forma a acolher e favorecer o trabalho em grupo, a reflexão e a mão na massa de forma segura e criativa. 

O Covid-19, nos trouxe a quarentena e com ela, entendemos que a cultura do “faça você mesmo” é muito mais do que uma tendência passageira ou uma moda com data de validade.

A cultura do faça você mesmo

Quem não se aventurou numa nova receita, ou aprendeu a costurar, ou iniciou os exercícios de ioga, ou se arriscou pelo artesanato, ou resolveu cortar o cabelo, ou se transformou em jardineiro nesta época de pandemia? Ok, você pode até não ter feito nada disso, mas certamente conhece alguém que fez. 

De repente entendemos que podemos aprender tudo o que quisermos, que temos habilidades que não conhecíamos e que fazer, testar, experimentar, refazer e chegar a um resultado é a melhor forma de aprendizado que podemos ter.

No nosso texto sobre como será a escola no pós coronavírus, que você pode ler clicando aqui, ressaltamos a importância a cultura do fazer para aprender.

E essa cultura “maker” certamente se tornará uma exigência de pais e alunos que buscam por soluções inovadoras dentro desta nova realidade e que privilegiem o protagonismo de quem aprende.

Durante a pandemia temos visto a atitude de pessoas que resolveram ajudar a sociedade com a fabricação de máscaras de proteção em acetato. Um exemplo são os integrantes do grupo “Makers contra a COVID 19” que foram destaque nesta matéria do site Porvir.

Estas iniciativas nos mostram a importância da criatividade, de ensinar as pessoas a pensar e a resolver problemas de forma coletiva. Algumas iniciativas nasceram espontaneamente entre os alunos de algumas instituições de ensino. Ou seja, estimular a autonomia certamente é uma atitude que rende ótimos frutos.

mas, na prática, o que as escolas precisam ter para este ambiente de criação e de solução de problemas?

Uma das respostas que enxergamos: é importantíssimo que os ambientes da escola estimulem e propiciem o trabalho em grupo, o questionamento e a mão na massa.

As salas maker deixam de ser uma ferramenta de marketing e se tornam uma necessidade neste mundo pós pandemia. E a arquitetura escolar pode ajudar muito na criação de ambientes que dialoguem de forma mais eficaz com este novo cenário.

Colocamos aqui alguns conceitos importantes para as salas maker que devem ser considerados pelas escolas:

1. Espaços generosos

É muito difícil criar e estimular a imaginação em espaços apertados que não permitam a livre movimentação de pessoas e a manipulação segura de ferramentas ou outros instrumentos de trabalho.

Nestes ambientes é fundamental pensar num bom distanciamento entre mesas e entre assentos. A circulação deve ser abundante até para que sejam evitados acidentes como trombadas entre pessoas e tropeços em móveis e outros equipamentos, lembre-se: nesta sala os alunos o que os alunos menos querem é ficar sentados.

2. Mobiliário adequado

Espaços de criação exigem móveis que cumpram diversas funções.

Há várias normas que regulamentam o desenho de móveis para salas de aula e nas salas maker isto não é diferente. Para mesas e assentos é importante pesquisar e comprar produtos que sigam estas normas à risca e que ofereçam o máximo de conforto aos estudantes. 

Além disso, a durabilidade é fundamental, os alunos irão cortar, colar, furar, montar e desmontar sobre estas superfícies e os materiais precisam ser bem resistentes.

Também é possível que mesas e assentos mudem de posição com alguma frequência, assim peças com rodízios facilitam bastante esta movimentação e fazem com os alunos tenham mais autonomia.

Por fim as áreas de armazenamento devem ser pensadas para a função que a sala irá cumprir, ou seja, salas de robótica são diferentes de salas para marcenaria ou para culinária. A sala maker até pode abarcar todas estas funções, entretanto para isto deve ter armários pensados para diferentes atividades, bancadas com dimensionamento correto e localização de equipamentos que facilitem seu uso.

3. Conforto

Salas maker precisam de iluminação e ventilação abundantes. É claro que luzes artificiais e aparelhos de ar condicionado auxiliam e resolvem muitos problemas em situações extremas, entretanto num mundo pós-pandemia a preocupação com a saúde em ambientes fechados será maior.

Sendo assim, é imprescindível priorizar e valorizar a luz e a ventilação natural nos ambientes. Em salas em que construímos coisas é importante termos uma iluminação abundante e uma situação térmica que nos deixe confortáveis e relaxados. Inclusive alguns equipamentos (como máquinas de corte a laser) exigem respiros e saídas de ar especiais que pedem um projeto adequado.

Na verdade, o conforto térmico e acústico é uma premissa para qualquer bom projeto de arquitetura, entretanto a escassez de espaços faz com que muitos mantenedores os deixem num segundo plano. 

Vale a pena repensar esses conceitos e entender que uma escola saudável ganhará muitos pontos com pais e alunos, além de ajudar na manutenção da saúde da sociedade como um todo.

4. Identidade

A sala maker deve estar embasada no projeto pedagógico desenvolvido pela escola e a arquitetura do espaço deve seguir isso. É importante que alunos e professores se identifiquem com aquele espaço e que ele seja único, com a “cara” da instituição.

Adotar a solução do concorrente só porque “deu certo” pode ser um tiro no pé. 

As cores, a comunicação visual, toda a estética do lugar deve transmitir o conceito que a escola adotou. Existem escolas que até criam um nome exclusivo para estes lugares, muitas vezes elaborado e escolhido pelos próprios alunos. 

A sala maker deve ser um espaço de descoberta, de discussão e troca. Baseado nisso cada instituição terá resultados e experiências diferentes com seus estudantes, assim a arquitetura também deve ser pessoal e especial.

5. Criatividade

Certamente os novos problemas que têm surgido não serão resolvidos com as soluções que hoje nos são dadas.

A descoberta de novas respostas parte da capacidade de imaginar e criar diferentes cenários e deles extrair o que há de melhor. E a educação dada hoje é a principal ferramenta para um futuro

A sala maker tem o papel de estimular crianças e jovens na criação de novas soluções, novos questionamentos e novas perspectivas de mundo. Portanto, para que isso seja possível a criatividade tem que estar presente de forma real no espaço.

Paredes podem se transformar em murais de ideias ou planos de escrita colaborativa e mesas podem funcionar como cadernos de anotações. Que tal um palco para apresentação dos resultados dos alunos e, porque não, de discussões rápidas em grupo?

Estas são apenas algumas ideias que podem transformar qualquer ambiente num espaço estimulador de novos pensamentos, criações e novas soluções.

Como sempre dizemos aqui qualquer inovação ou mudança feita dentro de uma escola deve estar no DNA de sua proposta pedagógica. Com as salas maker isto não é diferente. 

Um projeto de arquitetura incrível para estas salas, assim como os maravilhosos resultados que pode sair delas, só acontecerão se a escola souber o porquê de criar este espaço.

O COVID-19 nos mostrou o protagonismo do aprender fazendo e trazer isto para dentro da escola é, sim, uma urgência. Entretanto, uma sala maker não pode ser criada a partir de um fazer vazio de propósito. 

Se a criatividade, a colaboração e a imaginação estão na essência da sua escola, conte conosco para a construção de espaços que valorizem tudo isso.

 

Smiling little scholar with rucksack and notepads on background of schoolboys

Como serão as escolas após o coronavírus?

Já imaginou como as escolas serão após o coronavírus? Vivemos um momento em que as escolas estão “apagando incêndio” todos os dias, correndo para implantar o EAD, adequar o curriculum, formar professores para uma nova forma de ensinar, atender reclamações e questionamentos de pais e funcionários, rever orçamentos… Mas, é muito importante olhar para o futuro. O isolamento vai acabar.

A educação e as escolas em tempos de coronavírus

A pandemia do Coronavírus afetou de forma profunda as escolas e o sistema de educação em todo o planeta. Estima-se que 1,5 bilhão de alunos estão fora da escola neste momento. Pais, alunos e professores estão sendo obrigados a lidar com uma nova realidade, novos métodos de ensino, novos desafios.

Muito se fala que sairemos dessa experiência profundamente modificados. Se para melhor ou pior, não sabemos, entretanto, acredito que sairemos sim transformados. Algumas situações que estão agora sendo vivenciadas diariamente, se transformarão em novos hábitos. Segundo o psicólogo de consumo Paul Marsden, nosso cérebro leva em média 66 dias para adquirir um novo hábito e iniciá-lo de forma automática. Fato é que, aparentemente, teremos tempo suficiente para adquirir vários hábitos novos. 

Preocupação com higiene, distanciamento, contágio, serão questões recorrentes no nosso dia a dia a partir de agora. Saúde, qualidade de vida, imunidade terão muito mais importância do que tinham antes. Estamos desacelerando?

Na China, na primeira semana pós isolamento, marcas de luxo se aproveitaram do spending revenge dos consumidores e lucraram muito. A loja da Hermés faturou US$3,8 milhões em um dia após a reabertura do comércio. Aparentemente os clientes saíram dispostos a gastar tudo o que não puderam no período de isolamento. Estamos mesmo desacelerando?

Muitos futuristas chamam o coronavírus de acelerador do futuro, pois ele antecipou mudanças que seriam necessárias, mas que nossa sociedade estava empurrando para a frente. Trabalho remoto, sustentabilidade, mudanças nas escolas (com a educação à distância), responsabilidade social já fazem mais parte da nossa vida do que antes. 

As escolas após o coronavírus serão diferentes

Como seremos depois disso tudo não é simples responder, mas alguns comportamentos são possíveis de prever. Especialistas em tendências e análise de mercado já estão trabalhando no desenho desse consumidor pós covid. 

É claro que estas mudanças e instabilidades também vão impactar nas instituições de ensino. E, assim como outros mercados, é impossível ter certezas sobre serão as escolas após o cornavírus.

Entretanto tenho pesquisado este assunto e resolvi separar e colocar aqui algumas tendências que achei relevantes para que as escolas já possam se antecipar e pensar em como será o comportamento dos pais e os alunos da escola após o coronavírus.

1 – Faça você mesmo

O período de isolamento e restrições está estimulando as pessoas a aprenderem novas habilidades. Cozinhar, assar pães, costurar máscaras são formas de ocupar o tempo e suprir algumas necessidades que estão sendo dificultadas até mesmo pelo fechamento do comércio. 

Essas habilidades não desaparecerão com o fim do coronavírus, e estamos ficando mais independentes à medida que temos mais conhecimentos. 

E o que as escolas têm a aprender com isso? 

Este comportamento só reforça a cultura do “é fazendo que se aprende”. A “cultura maker” que tem sido tão falada dentro das escolas vai deixar de ser somente uma ferramenta de marketing e vai se tornar uma exigência.

Os pais e as crianças entenderam que o fazer, o errar, o pesquisar e o refazer é uma forma eficaz de aprendizado e o questionamento que surge é: por que a escola não oferece isso?

Nesta Se a sua escola ainda se embasa somente no método tradicional de ensino do aluno ouvinte e que não questiona, vale a pena repensar.

2 – Educação à distância

Essa sede de aprender coisas novas que muitos estão vivendo no isolamento nos trouxe o costume de estudar através da internet.

O YouTube, os cursos on-line e as inúmeras lives no Instagram já mostraram o quanto o aprendizado on-line se tornará cada vez mais comum. 

E se você é daqueles que ainda não se rendeu à educação digital e autônoma perceba que para as crianças isso já era uma realidade. Isto porque muito antes das iniciativas por parte das escolas devido ao coronavírus, a nova geração já via as ferramentas oferecidas pela internet como algo natural.

A pandemia acelerou a necessidade de que pais e professores entrassem também no mundo da educação a distância. Vejo com nossos clientes o quanto este processo, muitas vezes, tem sido difícil, mas agora assistir a um vídeo e aprender algo novo também faz parte da rotina da comunidade escolar como um todo. As aulas on-line oferecidas pelas escolas neste período de pandemia forçaram professores e alunos a se adaptarem a uma nova dinâmica. 

Para muitos a novidade ainda é bem dolorosa, para outros a assimilação é mais tranquila. Alguns alunos reclamam da falta de contato com os amigos, mas outros gostam, pois estão conseguindo se concentrar melhor. Alguns professores ainda buscam uma maneira de repassar o conteúdo pelos vídeos com a mesma qualidade do presencial, já outros se transformaram em verdadeiros “youtubers” da educação.

Pensando em tudo isso junto, abre-se a possibilidade muito rica da escola oferecer de forma on-line cursos extras mais acessíveis e aulas de reforço (que geralmente acontecem no contra-turno) ou o próprio conteúdo do currículo.  

Isso facilitaria muito a rotina dos pais e aproxima a escola da linguagem eletrônica que tanto atraem crianças e jovens.

3 – Reconfiguração dos espaços de uso público

A pandemia vai acentuar medos e ansiedades. O receio de locais com aglomeração devem permanecer, bem como a “paranoia” com limpeza e desinfecção, o receio da permanência em  locais mal ventilados. 

E como isso impacta o ambiente escolar? Será que os pais não terão receio de deixar seus filhos em locais que não passem a sensação de limpeza e segurança que hoje só vivemos dentro do nosso lar? Será que eles não ficarão mais atento ao cuidado e ao conforto que as escolas propiciam aos seus filhos?

“Quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos, depois do fim das restrições, as empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa”, diz um relatório da WGSN, multinacional de pesquisas de tendências do mundo.

Dentro das escolas isso não será diferente, o coronavírus nos  mostra que é hora de pensar se o mínimo que muitos adotam como o ideal será o suficiente. O espaço mínimo entre carteiras, as janelas com o tamanho mínimo exigido, as circulações de larguras mínimas…

Você se sentirá feliz e seguro com o mínimo?

4 – Empresas e marcas reconhecidas terão vantagem

Nessa fase de tantas incertezas, um comportamento comum é o da busca pelo conhecido. Escolas que têm mais tempo no mercado, que são reconhecidas e já foram testadas e aprovadas pelos pais e alunos, terão muito mais chance de se fortalecer após o isolamento.

“Não estamos abertos a coisas novas — passamos de uma mentalidade de ganho para uma mentalidade de manutenção, o que é importante para muitas marcas perceberem”, afirmou Simon Moore, CEO da Innovation Bubble, empresa de ciência comportamental.

Não é hora de inventar novos produtos ou serviços, e sim de se concentrar em auxiliar os clientes que já estão estressados e ansiosos a terem uma boa experiência e atendimento.

E isso impacta diretamente na melhoria dos espaços da escola, desde a recepção até os sanitários, para se manter com uma boa reputação no mercado será necessário reforçar a qualidade anteriormente oferecida.

5 – A reinvenção da marmita

Após um longo período se alimentando em casa, provavelmente entrar em um restaurante será, para algumas pessoas, uma experiência desconfortável. Buffets por quilo então, nem se fala. 

As empresas já estão se esforçando para aumentar suas áreas de refeitório, pois entendem que seus funcionários se sentirão mais seguros levando marmita de casa do que se alimentando todos os dias em restaurantes. 

As escolas precisarão também pensar nessa realidade. E se fossem criados espaços com  com microondas e geladeiras para que seus alunos aqueçam seus próprios almoços? E as “snacks machines” com opções saudáveis onde tudo é absolutamente seguro e higienizado, não seriam outra opção a se considerar?

Neste novo mundo pós pandemia as cantinas tradicionais serão vistas da mesma forma? A sensação de higiene e limpeza incontestável certamente será exigida por pais e alunos, como se preparar para isso?

6 – Novas crenças e valores

Estudiosos afirmam que crises de saúde pública funcionam como verdadeiros divisores de água no comportamento das pessoas. Como em uma guerra, as comunidades se unem e trabalham juntas, e isso causa mudanças permanentes nas pessoas.

Algumas dessas mudanças já são visíveis nas redes sociais: grupos se organizando em movimentos para ajudar a população de rua, idosos em situação de vulnerabilidade e profissionais que atuam na linha de frente e não podem parar.

Lives que arrecadam fortunas quase todos os dias comprovam que engajamento é uma grande tendência e movimenta fãs fiéis, dispostos a colaborar financeiramente com as causas em que acreditam. 

Como seus alunos vão voltar para as escolas quando o coronavírus acabar?

Diante de tudo isso, no fim do isolamento, esses novos comportamentos trarão para a escola um novo aluno e um novo pai. Portanto, é necessário traçar estratégias que tornem a escola mais do que um ambiente de aprendizado, as instituições de ensino, mais do que nunca, se tornam o porto seguro de pais e alunos. Acolhimento será a palavra-chave nas escolas após o coronavírus.

A volta às aulas será diferente para cada escola. Como as instituições podem preparar suas escolas para o retorno dos seus alunos? E como os pais podem ter a certeza de que a escola está pronta para receber seus bens mais preciosos, os filhos? Nos sentiremos seguros em sair de casa e fazer com que nossos filhos saiam também?

Todas estas perguntas ainda não têm uma resposta correta. Somos seres humanos, por isso, reagimos de formas diferentes, temos sentimentos distintos e só o tempo irá nos ajudar na adaptação a esta fase pós pandêmica.

A única certeza que eu tenho é que qualquer desafio nos traz um leque de possibilidades e,  diante de tamanho revés que nos foi imposto, os mantenedores têm uma oportunidade única de transformar seu sistema de aprendizado, de mudar seus espaços, de trazer a sua instituição para uma nova realidade e reagir ao impacto do coronavírus, garantindo um retorno às escolas, impedindo a evasão e o cancelamento de matrículas.

E para conseguir isso as escolas deverão trabalhar em várias frentes. Uma dela será a reinvenção de seus espaços. Esta lição de casa deverá ser feita com o maior capricho do mundo, mesmo que com rasuras, afinal estamos todos imaginando e testando novas formas de viver com mais criatividade e mais segurança.

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Metodologias ativas para uma educação inovadora: entenda por que ler este livro pode fazer toda a diferença em sua escola

Você sabe o que são metodologias ativas? Sabe por que elas vêm se tornando cada vez mais utilizadas nas escolas? Pois bem, este post vai ajudar você a responder esta e outras questões. Tudo isso, com uma excelente dica de leitura. Confira!

Tornar o aluno o protagonista efetivo do processo de aprendizado é que propõem as chamadas metodologias ativas. Elas podem ser desenvolvidas desde o ensino infantil até o superior. Alguns de seus exemplos são:

O Ensino Híbrido: junta a tecnologia digital com as interações presenciais, visando à personalização do ensino. É um modelo possível para facilitar a combinação produtiva do ensino online com o ensino presencial.

A sala de aula invertida: permite aos alunos entrarem em contato com o tema a ser trabalhado em sala antes da aula. Para tanto, utilizam-se materiais digitais como videoaulas, apresentações e podcasts. Transforma a sala de aula presencial num local de grande interação professor-alunos.

A gamificação: do inglês gamification, utiliza elementos de jogos digitais (avatares, desafios, rankings, prêmios etc.) no contexto escolar. O objetivo é aumentar o interesse e a participação dos alunos.

No contexto das metodologias inovadoras, como podemos ver, o professor tem a função maior de inspirar e orientar. Sua atuação permite a construção do conhecimento. Também propicia o desenvolvimento de competências, incorporando as possibilidades do mundo digital.
Estas metodologias são o assunto de um dos livros mais comentados no setor educacional nos últimos meses. Com organização de Lilian Bacich e José Moran a obra Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática foi lançada em 2018.

Quer conhecer melhor? Então, saiba que o livro tem 10 capítulos, escritos por diversos profissionais e acadêmicos. Estão divididos em duas partes, cada uma com introdução de um dos organizadores. A seguir detalhamos melhor para você:

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PARTE I: Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda

Em sua primeira parte, o livro aborda experiências nas salas de aula desde a educação básica até cursos de bacharelado e licenciatura. O texto inicial, escrito pelo organizador José Moran, discute a necessidade de uma aprendizagem ativa. São, ao todo, seis capítulos:

1. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia

Escrito por José Armando Valente, explora a midialogia, disciplina do curso de comunicação social. Aplica a sala de aula invertida e a aprendizagem personalizada.

2. O leitor como protagonista: reflexões sobre metodologias ativas nas aulas de literatura

Com a autoria de Marcelo Ganzela, trata do ensino híbrido em curso de licenciatura em letras. O texto enfatiza as relações possíveis entre tecnologias digitais, personalização, empoderamento e construção de conhecimento, sob a ótica das experiências estéticas.

3. Sala de aula compartilhada na licenciatura em matemática: relato de prática

Nele, Marta de Oliveira Gonçalves e Valdir Silva apresentam uma experiência que agrupou, na mesma sala de aula alunos de três semestres diferentes de um curso universitário. O grupo teve a mediação de dois professores.

4. Procedimentos metodológicos nas salas de aula do curso de pedagogia: experiências de ensino híbrido

O texto traz as contribuições do ensino híbrido em abordagens com alunos de pedagogia. Foi escrito por Elizabeth dos Reis Sanada e Ivaneide Dantas da Silva.

5. Mediação e educação na atualidade: um diálogo com formadores de professores

Por Jordana Thadei, aborda as ações envolvidas na mediação. Também mostra como elas se resignificam à medida que as sociedades se modificam.

6. Construção de jogos e uso de realidade aumentada em espaços de criação digital na educação básica

De Helena Andrade Mendonça, discute o uso de tecnologias digitais nas instituições de ensino. O foco são ações nos espaços de criação digital abertos em uma escola de educação básica.

PARTE II – Formação continuada de professores para o uso de metodologias ativas

Tem como foco a importância da atualização constante para a eficácia do uso das metodologias. O texto introdutório enfatiza as vantagens de estratégias, envolvendo o uso de tecnologias digitais na formação de professores. Para isso analisa experiências bem-sucedidas desenvolvidas dentro e fora do Brasil. A autoria é de Lilian Bacich. Os demais capítulos do livro são:

7. Design Thinking na formação de professores: novos olhares para os desafios da educação

Por Julciane Rocha, apresenta essa abordagem com o objetivo de gerar e aprimorar ideias. Apresenta também o ingresso do design thinking no universo da educação, apontando possíveis contribuições em cenários educacionais.

8. O professor autor e experiências significativas na educação do século XXI: Estratégias ativas baseadas na metodologia de contextualização da aprendizagem

Foi escrito por Julia Pinheiro Andrade e Juliana Sartori. Traz a fundamentação teórica e relatos de experiências que buscam engajar e formar professores-autores. Para tanto, são utilizadas estratégias de cocriação e de escrita para compartilhar em rede.

9. Desenvolvimento do currículo STEAM no ensino médio: A formação de professores em movimento

Com autoria dividida entre Mariana Lorenzin, Cristiana Mattos Assumpção e Alessandra Bizerra, o capítulo apresenta o currículo interdisciplinar STEAM (do inglês: Science, Technology, Engineering, Arts& Design and Mathematics).

10. Metodologias ativas de aprendizagem: elaboração de roteiros de estudos em “salas sem paredes”.

As autoras Célia Maria Piva Cabral Senna e Sarah Papa de Morais, Daniela Zaneratto Rosa e Célia Maria Piva Cabra apresentam os resultados de uma experiência em que os alunos foram agrupados em salões divididos por séries e estimulados a decidir o que gostariam de aprender.

As propostas pareceram interessantes para você? Então, que tal colocar o livro na sala dos professores? Ele também pode ser utilizado para as discussões de início de ano, com vistas a elaborar os planos de aula. O livro tem 260 páginas e está disponível nos formatos impresso (ISBN: 9788584291151) e EPub (eletrônico – ISBN: 9788584291168).

Referência: BACICH, L.; MORAN. J. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
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Sala ambiente na escola: como esses espaços podem estimular os seus alunos

Uma sala ambiente muda a dinâmica da escola e os resultados são excelentes. Entenda mais sobre esse formato e saiba como adotá-lo na sua escola.

A cada sinal de troca de aula, os alunos permanecem na mesma sala, aguardando pelo professor da próxima disciplina. É assim que funciona na maior parte das escolas de ensino fundamental do Brasil. Mas essa realidade vem conhecendo outras possibilidades. Isso se deve à utilização das salas ambiente, também chamadas sala ambiente, que aos poucos tornam-se mais conhecidas.

Modelo adotado em algumas escolas brasileiras (com ótimos resultados), as salas ambiente estão mudando a forma como os alunos e professores lidam com diferentes disciplinas. Ficou curioso e quer saber mais sobre o assunto? Explicamos tudo aqui!

Afinal, o que é uma sala ambiente?

Ao contrário de uma sala de aula tradicional, a sala ambiente é pensada especialmente para uma única matéria. Ou seja, seu espaço conta com recursos didáticos e pedagógicos específicos para um determinado fim escolar.

A sala ambiente não considera apenas o quadro negro como ferramenta importante para o professor, mas considera essencial todos os materiais que podem ser utilizados com a finalidade de facilitar a explanação de conteúdos.

Por exemplo, uma sala ambiente de geografia irá contar com mapas, relógios, pinturas de sistema solar nas paredes… Esse cuidado irá facilitar a vida dos professores (que não vão precisar carregar esses materiais a todo momento) e dos alunos, que vão interagir com uma maior diversidade de recursos e materiais.

O que muda com a sala ambiente?

Pensando na rotina escolar, adotar salas ambiente para cada disciplina transforma a maneira de os alunos se movimentarem no ambiente escolar. Nesse contexto são eles, e não os professores, que se deslocam pelas salas após cada sinal indicando uma troca de aula.

O lado positivo é que os alunos precisam ser mais disciplinados e irão gastar mais energia entre uma aula e outra, o que pode melhorar, consideravelmente, a concentração nas aulas.

sala ambiente

Quais são os benefícios da sala ambiente?

Sabemos que cada disciplina oferecida nos ensinos básico e fundamental necessita de materiais e recursos diferentes para que os conteúdos possam ser assimilados pelos alunos da melhor maneira.

A organização de salas ambiente torna a sala de aula mais funcional e, assim, o conteúdo mais atrativo para os alunos. Outro grande benefício é a otimização do tempo da aula, já que todo o material necessário estará à disposição dos alunos e professores a todo momento.

Mas, afinal, quais são esses materiais? A ideia é que cada sala ambiente seja devidamente identificada (com pinturas e placas na porta, por exemplo) e apresente todos os itens essenciais para cada disciplina.

Como exemplo, podemos citar salas de geografia com um conjunto de mapas, fotos e gravuras. Também têm excelentes resultados as salas de ciências com microscópios, substâncias químicas, órgãos e animais conservados em formol.

Em São Paulo é possível ver o modelo aplicado, com sucesso, em algumas escolas do ensino fundamental da rede pública do Estado. Observando essas experiências, percebemos que só na sala de aula o desempenho acaba não sendo satisfatório, já com trabalhos alternativos nas salas ambiente as chances deles brilharem é maior.

sala ambienteMotivos para adotar uma sala ambiente na sua escola

Considerando os benefícios oferecidos pelas salas ambiente, fica ainda mais fácil pensar em motivos para adotar o modelo. Separamos três cenários que se mostram muito favoráveis nessa mudança.

As salas ambiente na escola proporcionam momentos de interação entre os alunos. Tal característica é positiva, a partir do momento que favorece as relações interpessoais. Além disso, esse modelo proporciona ao aluno um maior contato com a aprendizagem. Ou seja, cada estudante participa de forma mais ativa no processo de ensino.
Frente à responsabilidade de se locomoverem de uma sala a outra os alunos se tornam mais autônomos, responsáveis e organizados. A partir daí, é comum que passem a valorizar ainda mais as aulas.

Para os professores, o modelo de salas ambiente na escola possibilita novas maneiras de transmissão de conteúdo. Com os diversos materiais disponíveis em cada ambiente, fica muito fácil tirar dúvidas pontuais e melhorar o aprendizado do aluno. Além disso, essa organização melhora a dinâmica das aulas.
Com uma sala exclusiva, cada disciplina pode ser explorada mais a fundo, criando experiências únicas de aprendizagem. Nesse cenário, os professores possuem maior liberdade de organizar e equipar o espaço de acordo com necessidades específicas. Com o intuito de facilitar o trabalho, os professores podem e devem explorar recursos tecnológicos. Entre eles, a internet e uso de materiais em áudio e vídeo durante cada uma das aulas.

sala ambiente

Como adotar o modelo

O segredo para obter sucesso na implementação das salas ambiente na sua escola pode estar em uma fase importante e, por muitas vezes, deixada de lado: o planejamento. Ele é importante para que as salas ambiente realmente façam diferença na vida dos alunos. O primeiro erro a ser evitado é que elas se tornem meros depósitos de materiais pedagógicos.

A participação dos alunos nesse processo não pode e nem deve ser ignorada. É interessante que eles se sintam envolvidos no projeto desde o primeiro momento. Assim, irão valorizar ainda mais os espaços e se envolver de verdade no dia a dia da escola.

Organização é a chave!

Para que as salas ambiente sejam adotadas é necessário que a escola conte com uma sala de aula disponível para cada disciplina, o que muitas vezes não faz parte da realidade. Esse cenário pode assustar em um primeiro momento, mas é importante ter em mente que com planejamento e organização é possível reordenar o espaço disponível de forma funcional.

Organização e planejamento também são o caminho para resolver um dos maiores receios da escola: a movimentação dos alunos durante as trocas de aula. Com as ações corretas é possível implantar um sistema mais interativo e atrativo aos alunos. Assim, eles irão colaborar de maneira natural.

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Cores na arquitetura escolar: dicas para fazer as melhores escolhas

Você sabia que as cores utilizadas na arquitetura da sua escola podem influenciar diretamente no dia a dia dos alunos? Veja como!

As cores desempenham um papel muito importante na arquitetura escolar. Assim, devem ser consideradas parte importante dos projetos arquitetônicos desses ambientes. Elas influenciam na rotina dos alunos e funcionários em aspectos físicos, cognitivos e psíquicos. Mas, qual o motivo disso?

Tais características são explicadas pela chamada psicologia das cores, que estuda a influência da cor nos indivíduos. Ou seja, ao observar uma determinada cor, o cérebro humano a identifica e a transforma em diferentes sensações e sentimentos.

Como escolher as cores na arquitetura escolar?

Quando bem aplicadas, as cores podem fazer uma grande diferença na sua escola. Antes de tudo, é preciso lembrar que as cores não precisam estar presentes de forma agressiva: sua presença pode – e deve-, na maioria dos casos, ser sutil.

As cores podem aparecer não só nos prédios, paredes e portas, mas também em itens como móveis, quadros e objetos diversos. Para ajudar você na tarefa de reconhecer as melhores opções para a sua escola, separamos algumas informações bem úteis. Confira!

A influência das cores dos ambientes

As cores na arquitetura escolar interferem diretamente nas experiências proporcionadas por um determinado ambiente. Cores mais vivas tendem a criar sensações de tensão e certa agressividade, enquanto as mais suaves expressam o contrário.

Estudos realizados por uma Universidade Britânica mostraram que as cores também agem diretamente na nossa percepção de tempo. Segundo seus participantes, a reunião numa sala bem colorida pareceu durar 45 minutos a menos do que outra realizada num ambiente de tons pastel.

Conhecer as características das cores e os sentimentos que elas estimulam é o primeiro passo para acertar nas cores escolhidas na arquitetura da sua escola.

Cores e suas características

As cores são mais que elementos decorativos e muito acrescentam para os projetos arquitetônicos, até mesmo os escolares. Quando bem escolhidas, são perfeitas para criar ambientes específicos: podem ser usadas para aumentar o bem-estar, reduzir o stress… Entenda melhor sobre as características de determinadas cores.

Vermelho

É associado à luta, paixão, alegria e amor. Pensando em sua ação dentro de um ambiente, tem efeito estimulante, gerando uma sensação de urgência. Além disso, o vermelho desperta o apetite. Quando aplicado no interior de um ambiente, costuma aparecer em detalhes como tapetes e pisos.

Verde

É usualmente ligado à natureza, esperança e conhecimento. Em seus tons mais claros, mostra-se uma opção interessante para ambientes escolares, pois transmite tranquilidade. Quando usado em interiores, esses tons estão associados a ambientes de repouso. Já os tons mais escuros são indicados para locais de estudo ou trabalho (situações que exigem concentração).

Amarelo

Pode ser utilizado com diferentes objetivos dentro da arquitetura escolar. É uma cor com energia e tem o poder expansivo de fazer ambientes parecerem maiores do que realmente são. Se a ideia é trabalhar com um espaço que provoque alegria, entusiasmo cuidado e clareza, o amarelo, em seus diferentes tons, é uma aposta certeira.

Azul

A cor azul é muito indicada para ambientes que buscam transmitir calma e contemplação. Quando utilizada em tons mais claros, é perfeita para ambientes de repouso e, em tons mais escuros, relaciona-se com o poder. Se o objetivo é passar uma ideia de segurança e eficiência, o azul pode ser usado.

Laranja

É uma cor mais viva de grande visibilidade, mesmo a uma certa distância. No ambiente escolar, é indicada para criar efeito estimulante, alegre e convidativo. O laranja também está muito ligado à ideia de jovialidade.

Roxo

Também conhecido como carmim, lilás, violeta e púrpura, o roxo não costuma ser uma das cores mais empregadas na arquitetura escolar. Mas nada o impede de ser considerado em algumas situações. Seus tons mais claros são indicados para expressar inovação e criatividade. Já os mais escuros devem ser evitados, pois são ligados a sentimentos de melancolia.

Marrom

O marrom costuma estar presente nos ambientes escolares por meio de objetos de madeira. Essa cor é capaz de transmitir sentimentos como calma, estabilidade e humildade. Ele também pode ser empregado para gerar sensação de cooperação e vigor.

Preto

Mais do que ser considerado uma cor, o preto é definido como a ausência de luz. Apesar de representar o luto e a tristeza, em várias culturas, também tem a conotação de poder, luxo e sofisticação. Quando empregado em ambientes, expressa precisão, firmeza e sobriedade.

Branco

Ao contrário do preto, o branco resulta da síntese de todas as luzes coloridas. Na cultura brasileira, é a cor geralmente associada à higiene, limpeza, paz, vida e pureza. Nos ambientes escolares, é uma ótima aposta para espaços pouco iluminados. Além disso, é responsável por transmitir a sensação de amplidão do espaço e leveza.

Quais as melhores opções de cores na arquitetura escolar?

fachada de escola

Considerando o ambiente escolar, as cores têm a finalidade de aguçar as capacidades psíquicas e sensoriais das crianças. Para fazer as melhores escolhas, os projetos infantis devem levar em consideração, além das sensações que as cores capazes de causar, a harmonização entre elas.

Assim, o uso as cores deve ser pensado desde o início do projeto arquitetônico, para estar de acordo com a arquitetura e design do ambiente: só nesse cenário o conjunto fará sentido. Cada cor deve ser pensada com muita propriedade, de forma estruturada e muito bem distribuída. Afinal, ela irá impactar diretamente no tipo de energia de cada espaço.

Cuidados ao escolher as cores na arquitetura escolar

Considere sempre fatores como proporções do ambiente, sua finalidade e forma antes de eleger suas cores.
O ambiente escolar deve priorizar a iluminação e distribuição de luz, buscando evitar a fadiga visual. Ambientes claros ajudam a manter a concentração nos estudos.
As cores mais intensas causam alegria, mas devem ser usadas especialmente em ambientes de pouca circulação e permanência de alunos.
O uso de cores primárias (verde, vermelho, amarelo e azul) funciona bem em ambientes reservados para recreação. Porém, por serem alegres e estimulantes, o ideal é combiná-las com tonalidades mais claras para manter um equilíbrio.
Para grandes superfícies, como as paredes, cores em tons pastel são indicadas, como o amarelo, verde, azul, bege e cinza pérola.
Os elementos decorativos com cores mais fortes intensificam seus estímulos quando estão em contraste com fundos mais neutros.

Gostou das nossas dicas para o uso de cores na arquitetura escolar? Então, conte-nos quais são as cores que mais se destacam em sua escola! E não deixe de nos seguir nas redes sociais.

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Reggio Emilia: saiba mais sobre a proposta pedagógica revolucionária

Conheça e saiba como os conceitos da experiência pedagógica italiana, Reggio Emilia, podem ser adotados na educação infantil da sua escola.

Inovadora, a abordagem educacional de Reggio Emilia é de origem italiana e propõe uma experiência pedagógica única. Voltado à educação infantil, o processo envolve ativamente pais, alunos e professores e tem como ponto central o desenvolvimento completo das crianças.

No ano de 1991 tal modelo educativo foi apontado na revista Newsweek como um dos melhores do mundo. Você sabe os motivos? Descubra-os, conhecendo mais detalhes sobre a metodologia e veja como adotá-lo no ensino infantil da sua escola.

Reggio Emilia: o que é?

Reggio Emilia é o nome da cidade onde nasceu o modelo de ensino criado pelo pedagogo Loris Malaguzzi por volta de 1945. Logo após o término da Segunda Guerra Mundial, Loris construiu uma escola infantil com ajuda comunitária. Ele acreditava que a experiência tinha que levar em consideração aspectos intelectuais, emocionais, sociais e morais de cada criança. No fim das contas, ele estava certo, já que o modelo se espalhou pelo mundo e faz sucesso até hoje.

Desde que foi criada, esta abordagem educacional se destacou por promover a força e união da comunidade. Até hoje, essa é uma das características mais fortes desse modelo educacional.

Quais são os diferenciais das escolas Reggio Emilia?

Quebrando paradigmas de educação, este modelo propõe um novo olhar sobre a relação de poder estabelecida entre professor e aluno. O modelo propõe uma troca entre as duas partes: o professor também aprende enquanto ensina as crianças.

Além disso, o modelo defende um projeto baseado na relação e participação de crianças, professores e pais. Nesse contexto, a criança se torna protagonista do próprio conhecimento. Mas para isso, é preciso que ela esteja cercada de experiências e trocas que lhe propicie o domínio de novos conceitos e comportamentos.

O protagonismo infantil

O papel das escolas no sistema Reggio Emilia é criar espaços e situações para que cada criança desenvolva sua própria individualidade. Para atingir esse objetivo, os adultos precisam reconhecer tais potencialidades.

Seguindo a perspectiva do protagonismo infantil, as escolas devem trabalhar com linguagens que valorizem experiências reais e descobertas dos próprios alunos.

Experiências no Brasil

Nas escolas brasileiras inspiradas na metodologia Reggio Emilia também é possível ver como o olhar dos alunos é importante. Propostas como pesquisas, produções artísticas diversas, discussões e explorações incentivam novas experiências para as crianças diariamente.

No Brasil há algumas escolas que adotam esse modelo e preservam características originais, tais como:
Maior presença dos pais dentro da sala de aula;
Salas amplas e interligadas;
Ambientes de trabalho abertos para que alunos e funcionários interajam mais;
Exposição atrativa e organizada dos trabalhos das crianças.

7 dicas para adotar a Reggio Emilia na sua escola

Quer entender melhor? Então veja nossas dicas a seguir:

Conheça seus estudantes

Um dos primeiros pontos a ser observado por uma escola que deseja implementar a metodologia Reggio Emilia é o de descobrir quem são seus alunos. Onde vivem? Quem são seus familiares? Quais são seus gostos e prioridades? Quais recursos eles possuem? Tais perguntas são essenciais para o correto acolhimento das crianças em qualquer ambiente escolar de sucesso. Para que exista uma verdadeira conexão com e entre eles, é necessário ter sempre no radar os principais acontecimentos da sua comunidade. Tudo o que acontece no mundo, assim como apenas na vizinhança faz diferença na criação de conexões.

Happy kids at elementary school

Encurte as distâncias

A sala de aula deve ser vista primordialmente como um lugar de aproximação. Na metodologia Reggio Emilia, ela deve ser usada para abordar assuntos globais e conectar determinado grupo de alunos. Esse é o espaço ideal para incentivar as crianças a abrirem o coração. Dê espaço para que elas falem sobre seus desconfortos, aprendizados e experiências. Dessa forma, elas se sentirão mais conectadas entre si.

Incentive a curiosidade

Se há uma característica presente em quase todas as crianças é a curiosidade. Porém, para que ela seja usada de forma criativa, as crianças precisam ser guiadas e incentivadas. Que tal criar um banco de perguntas abertas para os pequenos? É uma forma interessante de ouvir os alunos e discutir suas maiores questões.

Registre tudo

Que tal usar a tecnologia para registrar e documentar a rotina escolar? O método Reggio Emilia incentiva o uso de anotações, fotos, gravações (vídeo e áudio) para registrar o dia a dia da escola. Um simples celular pode gerar facilmente esse material que será um grande insumo para futuras reflexões e discussões, itens que muito agrega no aprendizado dos alunos.

Incentive a criatividade

E se os materiais usados pelos alunos incentivassem ainda mais a sua criatividade? Isso é possível e não demanda muito esforço da parte da escola. A metodologia Reggio Emilia incentiva o uso de materiais lúdicos e naturais. Passeios na natureza, por exemplo, oferecem insumos como folhas, sementes, pedras… Todo e qualquer tipo de opção, por mais simples que possa ser, torna-se um verdadeiro diferencial na rotina escolar quando explorado de maneira criativa. E não duvide: as crianças são experts nesse tipo de atividade.


Repense a arquitetura da escola

O ambiente físico da escola deve estar de acordo com suas propostas. Ou seja: deve ser pensado para facilitar o conhecimento dos alunos. Em um ambiente escolar que adota a Reggio Emilia é comum que as crianças tenham acesso à cozinha, por exemplo, um espaço tradicionalmente fechado para os alunos.
Quando repensado, o espaço pode ser utilizado para mostrar a importância dos laços, por exemplo, criando o hábito de compartilhar o momento da refeição e de aprender a preparar alguns alimentos. Nesse contexto, a cozinheira também exerce um papel de educadora.
Outra maneira de valorizar as experiências dos pequenos está na organização dos espaços. Já pensou em não arrumar a sala para a aula do dia seguinte? Ao revisitar o espaço e rever os trabalhos desenvolvidos no dia anterior, novos olhares podem surgir. É uma maneira interessante de enriquecer, ainda mais, os trabalhos propostos.

Promova o acolhimento

Especialmente em turmas do ensino infantil, é extremamente importante criar uma certa sensação de acolhimento entre as crianças. Esse objetivo pode ser alcançado por meio de um simples elemento: o espelho. Isso mesmo. Espalhado nas paredes e, porque não, até no chão da sala de aula, os pequenos são incentivados a enxergar a si mesmos e aos coleguinhas por perspectivas diferenciadas.

O que você achou desse modelo? Ficou com alguma dúvida? Conte para nós nos comentários!

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O que um berçário deve oferecer? 8 dicas para ser a melhor opção para os pais

O berçário é uma necessidade para os pais com uma rotina cheia de compromissos. Saiba como ser a melhor escolha para eles.

Encontrar um lugar para deixar o filho pequeno pode ser uma tarefa bastante desafiadora. Ainda assim, é parte da realidade de muitos pais ao retornar à rotina profissional poucos meses após o parto. Tal missão exige atenção e cuidados e o principal deles se deve à escolha de um lugar apropriado para acolher os pequenos da melhor maneira.

É pensando nesse cenário que o berçário da sua escola deve ser estruturado para transmitir segurança aos pais e a melhor experiência para as crianças. Ainda tem dúvidas sobre as características a serem seguidas? Esse texto foi feito para ajudar a sua escola a se tornar a melhor das opções.

A estrutura é o cartão de visitas do berçário

A estrutura do berçário transmite segurança e sensação de conforto para os pais? Essa é uma das primeiras questões a serem levantadas pelas escolas. O motivo? A simples ideia de deixar os filhos com estranhos é capaz de tirar o sono de mães e pais.

O espaço físico de um berçário funciona como um cartão de visita e deve representar tudo de bom que a instituição pretende (e pode) oferecer. Se necessário, não deixe de buscar consultoria para conhecer o que há de mais adequado para sua escola.

Detalhes que fazem a diferença

Observe atentamente seu berçário e responda: você seria conquistado na primeira visita? Pois bem, detalhes são indispensáveis para causar uma boa impressão. Tenha certeza de uma coisa: numa primeira visita nada ficará de lado no checklist dos pais.

A presença de salas com aberturas de vidros, por exemplo, pode fazer a diferença. Arquitetonicamente, esse tipo de ambiente demonstra controle das atividades por parte da direção da escola, o que acaba refletindo na segurança dos bebês.

Outros pontos que serão observados pelos pais são os acabamentos do teto, as paredes, os pisos… nada passará batido. Sendo assim, vale sempre a pena investir em materiais resistentes, fáceis de limpar condizentes com o clima da sua região. Dica extra: evite carpetes, causadores de alergia para muitas crianças.

Fraldário

Tenha sempre em mente que as palavras de ordem no fraldário devem ser higiene e organização. Para facilitar e tornar mais seguros a limpeza, troca e banho dos bebês no berçário, é recomendado adquirir itens pensados para esta função, sem apostar nas “gambiarras”.

Considere, por exemplo, investir em soluções como nichos individuais para os pertences das crianças, de bebê-conforto e de cesto de lixo com pedal próximo ao local destinado à troca de fraldas.

Lactário

Indispensável na estrutura de um bom berçário, o lactário é a área destinada à preparação das mamadeiras e dos alimentos das crianças cuidadas pelo local. Para que seja um destaque na sua escola, devem-se seguir todas as normas da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ou seja, o espaço deve contar com uma estrutura que permita a preparação e higiene de todos os alimentos consumidos pelos bebês. É ideal ter uma área para lavagem, esterilização e correta armazenagem das mamadeiras.

Espaço para amamentação

Como complemento ao lactário, é interessante que o berçário ofereça uma sala de amamentação. Deixe o ambiente preparado, inclusive para uma eventual concentração maior de mães que desejarem aproveitar o espaço no mesmo horário.

Muitas delas optam por berçários próximos ao local de trabalho, para terem a oportunidade de amamentarem os filhos diariamente. A sala de amamentação é mais que indicada nas escolas que desejam ter a melhor opção de berçário disponível na região. Além disso, um espaço reservado para a amamentação só mostra o apoio da escola ao aleitamento materno, o que é muito positivo.

Segurança do berçário

Segurança, segurança e segurança. Esse deve ser uma espécie de “mantra” dentro dos berçários. Além disso, não duvide da capacidade dos pais de observarem absolutamente tudo, antes de elegerem um local para deixar os filhos. Nesse sentido, algumas medidas simples podem evitar grandes dores de cabeça – para os pais e para os funcionários.

Tomadas protegidas com tampas de plástico para evitar choques;
Quinas com protetores de silicone para evitar impactos e acidentes;
Pisos antiderrapantes nos espaços destinados a brincadeiras;
Tapetes de proteção;
Controles de entradas e saídas do ambiente;
Auxílio das crianças na subida e descida de escadas;
Elevadores operados apenas por adultos;
Revisão constante dos brinquedos (quando quebrados, velhos ou mal conservados, podem representar perigo);
Higienização dos brinquedos com álcool para evitar contaminações;
Limpeza do local em dia para evitar que as crianças tenham contato com sujeira;
Evitar o uso de bichos de pelúcia e outros tecidos (materiais que favorecem a proliferação de fungos e bactérias).

Solário: a importância de uma área externa no berçário

Uma área externa disponível para as crianças está na lista de exigência da maioria dos pais. Por esse motivo, investir num solário ou pátio é importante para diferenciar sua escola. Muito mais que um lugar reservado a brincadeiras e atividades ao ar livre, ele tornará a rotina da criança melhor com banhos diários de sol.

Nesse espaço a criança vai ter a oportunidade de socializar e desenvolver capacidades psicomotoras físicas, além, é claro, de se divertir muito… Ter um solário disponível é uma escolha interessante para se tornar a melhor opção de berçário.

Hora do descanso

Depois de gastar energia só resta uma coisa que as crianças querem fazer: descansar e tirar uma soneca bem gostosa. O espaço destinado a essa atividade no berçário da sua escola está apto para atender às exigências dos pais?

É importante que a sala de soninho conte com bons berços e transmita uma sensação de lar e conforto para os pequenos. O lugar escolhido para essa atividade deve ser tranquilo, para evitar que os bebês fiquem agitados.

Gostou das dicas? Então não deixe de compartilhá-las com sua equipe! E, para receber sempre informações como essa em primeira mão, assine nossa newsletter!

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10 dicas para ter uma escola mais sustentável

Ações simples realizadas no ambiente escolar podem ajudar a preservar o planeta e a natureza. Veja como ter uma escola mais sustentável!

 Se existe um ambiente que deve se preocupar com a sustentabilidade, é o escolar.  Afinal, a escola é a responsável pela formação das próximas gerações e não pode se isentar da responsabilidade de ensinar os futuros adultos a se relacionarem com o meio ambiente.

Trata-se de um tópico a cada dia mais em alta, já que a realidade do planeta exige sérios cuidados com os recursos naturais. O papel da escola sustentável é mostrar como é possível mudar nossa forma de consumo para preservar a natureza e seus recursos. Mas, afinal, como ser sustentável nos dias atuais?

O que é uma escola sustentável?

Uma escola sustentável é aquela que repensa todos os seus processos a favor do meio ambiente.  Portanto, muito mais do que apenas discursar sobre o assunto, essas instituições desenvolvem práticas para formar cidadãos realmente preocupados e engajados com o futuro do planeta.

Em uma escola sustentável é comum encontrar estímulos que contribuem para a formação de alunos conscientes, e isso é muito importante. Além de colocar o discurso em ação no dia a dia, o ambiente escolar desenvolve atividades permanentes e participativas para seus alunos e comunidade.

Qual a importância de uma escola sustentável?

Os reflexos de uma escola sustentável são perceptíveis a curto e longo prazos. Estimular um pensamento voltado para a sustentabilidade é importante para a construção de um mundo capaz de gerenciar os recursos naturais.

A preocupação com a sustentabilidade também tem outros impactos diretos. Por exemplo, há efeitos na economia da escola, na imagem dela perante a comunidade e no seu relacionamento com os alunos.

Mas, sem dúvidas, um dos motivos que tornam a escola sustentável relevante é seu poder transformador nas atitudes e perspectivas de jovens e crianças. São eles que, num futuro próximo, cuidarão do planeta, fazendo escolhas que contribuirão para o bem-estar de todos.

10 dicas para uma escola mais sustentável

Não sabe por onde começar a adotar uma postura mais sustentável na sua escola? Separamos 10 dicas simples que podem influenciar, de forma positiva, os processos escolares e na experiência dos alunos e comunidade.

Reciclar é importante

Ensinar como reciclar de forma correta é importante, mas incluir essa atividade na rotina dos alunos é muito mais interessante. A escola pode dedicar um espaço à coleta seletiva, propor atividades que envolvam o assunto e fazer que a prática se incorpore ao dia a dia de seus alunos.

Economize água

O desperdício de água pode ser controlado por meio de pequenos ajustes nas atividades do dia a dia. Os alunos precisam entender o caminho que a água leva até chegar ao encanamento e aprender que preservar rios e outras fontes é primordial para que ela nunca falte.

De forma prática, a escola pode adotar itens como torneiras automáticas e outros que reduzam o desperdício de água.

Diminua o uso de papel

As escolas são conhecidas pelo uso abusivo de papel. Mesmo com os avanços tecnológicos ainda é possível melhorar esse cenário. Os alunos precisam ter consciência da origem do papel (árvores) e entender a importância da sua redução.

No campo administrativo, a papelada pode ser trocada por sistemas automatizados. Dentro da sala de aula, estimular o reaproveitamento de livros, apostilas e, claro, a reciclagem do papel.

Utilize menos energia elétrica

Além de ensinar aos alunos sobre os impactos que as usinas hidrelétricas causam, a escola sustentável pode adotar ações para utilizar menos energia elétrica. A instalação de lâmpadas LED, sensores de presença e adequações para o uso de energia solar são práticas interessantes nesse sentido.

Atividades a céu aberto

Tirar os alunos de dentro da estrutura física da escola e levá-los para ambientes como parques, por exemplo, é muito importante. Por meio dessas experiências, aprende-se a valorizar ainda mais a qualidade de vida dentro e fora da sala de aula.

Crie espaços sustentáveis

Os alunos vão adquirir ainda mais consciência ambiental se, dentro da própria escola, tiverem contato com ambientes sustentáveis. Por isso, detalhes como cestos coloridos para coleta seletiva e ambientes com itens reciclados vão fazer toda a diferença na visão e experiência das crianças.

Horta coletiva

A construção de uma horta coletiva é uma ótima aposta para uma escola sustentável. Além de despertar a sensibilizar os alunos para questões ambientais, a experiência de cultivar alimentos fortalece as relações interpessoais.

Essa sensibilidade é muito importante no desenvolvimento dos alunos e deve ser incentivada sempre que possível. Um canteiro, algumas mudas, sementes e ferramentas simples é tudo de que a escola precisa para começar a desenvolver essa atividade.

Quer mais dicas sobre hortas? Confira aqui.

Rede de caronas

O carro é o meio de transporte utilizado por muitos pais para levar os filhos até a escola. Sabemos das consequências desse hábito no meio ambiente e podemos pensar em soluções para tentar diminuí-lo.

Uma rede de caronas, por exemplo, é uma maneira de estreitar os laços entre a comunidade de pais e alunos, além de representar economia (de tempo e dinheiro) e facilidades no dia a dia. Que tal propor uma reunião para discutir essa possibilidade na sua escola?

Reaproveitamento de alimentos

A cozinha de casa é um dos lugares onde mais podemos reconhecer o desperdício (alimentos, água, energia). Esse pode ser o exemplo necessário para ensinar os jovens e as crianças a lidarem melhor com os alimentos.

Oficinas de culinária que ensinam receitas com alimentos reutilizáveis são uma ótima maneira de estimular os alunos. Além disso, são momentos geradores de integração.

Uso racional de material escolar

Um estojo bonito, um caderno estampado e jogo de lápis coloridos… Os alunos têm o hábito de trocar de material escolar a todo o momento, mesmo quando não há necessidade. Uma escola sustentável deve incentivar seus alunos e funcionários a utilizar esses material até que não possam ser reaproveitados.

Gostou das nossas sugestões? E sua escola já desenvolve alguma prática sustentável? Conte para nós nos comentários!

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BNCC no Ensino Médio: como a escola deve se preparar?

O ano de 2020 vai trazer mudanças importantes com a implementação da BNCC no Ensino Médio. Você e sua escola estão preparados?

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) vem sendo pauta das discussões sobre ensino público e privado no Brasil, desde sua homologação, em 2017. Inicialmente foi o Ensino Infantil, depois disso, tiveram início as audiências públicas para os níveis fundamental e médio. A cada novo passo, comprovava-se a importância de rever muitos aspectos de todas dessas etapas.
Em continuidade ao que já vem sendo feito, 2020 será decisivo. Isso porque a partir do início do ano letivo todas as escolas precisam estar pedagógica, administrativa e fisicamente e prontas para o novo momento. Neste texto, abordamos alguns aspectos importantes da BNCC no Ensino Médio.  Dentre eles, a adequação do espaço físico para os melhores resultados.

Antes de tudo: afinal, o que é a BNCC?

De forma objetiva, a BNCC é um documento oficial que determina as competências (gerais ou específicas), habilidades, eixos e aprendizagens essenciais. Essa base deverá ser usada para nortear a criação e aplicação dos currículos escolares em todo o país. É composta por uma parte obrigatória e outra adaptável à realidade de cada estado, município ou escola. Com isso ficarão demonstradas quais são as competências e habilidades que os estudantes devem desenvolver na jornada escolar.
Uma das grandes vantagens propostas pela BNCC é o seu reflexo na melhoria da educação no Brasil. Estando familiarizada com as competências essenciais para o desenvolvimento de todos os estudantes, a comunidade escolar terá uma visão mais ampla e clara de todo o processo de ensino, tornando-o, assim, mais igualitário.

BNCC no Ensino Médio

O Ensino Médio representa o fechamento do ciclo iniciado com a Educação Infantil e o Ensino Fundamental. A BNCC determina que as competências, habilidades e conteúdos abordados sejam os mesmos para todos os estudantes. Independentemente do local de moradia ou de estudo dos jovens. Ela traz orientações para a elaboração de currículos e planos de ação coerentes, buscando uniformizar a forma de ensino em todo o país. Contudo, não se trata de currículo escolar.
Atender ao proposto pela BNCC significa também investir em áreas como laboratórios, oficinas, observatórios, incubadoras, núcleo de estudos e de criação artística. Elas favorecem a convivência e troca democrática de ideias e devem estar preparadas para receber os mais diversos tipos de atividades.

A importância do PPP neste contexto

Funcionando como um orientador, o PPP (Projeto Político Pedagógico) é um documento obrigatório para todas as escolas, desempenhando três grandes funções:

  • Diagnosticar a situação atual da escola;
  • Indicar como a escola quer ser no futuro; e, por último;
  • Apresentar propostas de ação para atingir os objetivos.

Cada escola deve ter o seu PPP e certificar-se de que ele está de acordo com os novos paradigmas e direcionamentos propostos pela BNCC. A sua escola ainda não possui um PPP atualizado? Qual a data da última revisão feita? A chegada da implementação da BNCC pode ser o momento ideal para rever esse aspecto. E até, elaborar um novo se assim for necessário.
Um dos pontos de maior destaque do PPP é prática da gestão democrática. Esta considera as relações entre a escola e a comunidade local. Fazem parte deste grupo: os profissionais da escola, associações externas, como a Associação de Pais e Mestres, grêmios estudantis e outros grupos de interesse.

Para a BNCC essas relações são muito importantes. Como os estudantes do Ensino Médio estão em um momento decisivo de suas vidas, essas conexões podem resultar em projetos únicos e essenciais para, por isso, o papel da PPP é tão importante.
Essas conexões podem acontecer em ambientes específicos da escola, explorando seu espaço físico. Assim, mais uma vez, fica explícita a importância de pensar, muito detalhadamente, toda a arquitetura do espaço escolar.

Impactos e prazos da BNCC

O ano de 2020 será importante e decisivo em toda a trajetória da BNCC. Esse é o ano limite para que as escolas elaborem, revisem ou adaptem seus currículos e propostas pedagógicas à nova Base. Isso vai impactar, diretamente, no resultado do Ensino Médio e experiência dos alunos de todas as redes escolares.

Como ser um dos lugares de acolhida a essa experiência tão importante e significativa?

As escolas precisam contar com espaços físicos preparados para o desenvolvimento de diferentes atividades. Assim, os alunos e comunidades se sentirão pertencentes ao espaço escolar, o que contribui para uma experiência ainda mais determinante.

Estrutura física da escola

Depois das elaborações (ou revisões) dos currículos escolares, bem como sua homologação, será necessário, então, partir para a prática.

Para que a BNCC seja implantada com sucesso, alguns desafios deverão ser superados pelas escolas. Entre eles a formação contínua dos docentes, adequação de materiais didáticos, reformulação de políticas diversas e acompanhamento da aprendizagem de modo geral. Você consegue imaginar todas essas fases bem-sucedidas sem a presença de espaços adequados na escola?

Mais uma vez, é importante lembrar que a estrutura física desse ambiente é essencial, já que a escola será palco de mudanças tão importantes. Investir em salas de aula com boa infraestrutura e conforto um bom começo! Além das salas, a estrutura escolar, como um todo, precisa ser revista.  Áreas abertas e ambientes dedicados a práticas esportivas (quadras e campos, por exemplo), são perfeitos para integração fora da classe. E complementam o proposto nos novos paradigmas da BNCC no Ensino Médio. Sendo assim, se deseja estar pronto para adequar sua escola da melhor maneira à BNCC, saiba que a arquitetura do local deve ser considerada um diferencial desde o primeiro momento.

Quer saber mais sobre como inovar sua escola?