Escola acessível: primeiro passo para um ensino inclusivo.

Ainda hoje, temos vários estabelecimentos que não são acessíveis. E, nas instituições de ensino, não poderia ser diferente. A escola acessível já deveria ser uma realidade. Afinal, investir em inclusão não é só um benefício para instituição, mas, principalmente, para os seres humanos que precisam de acessibilidade e inclusão. Além disso, também nos ajuda a aprender a lidar com pessoas no nosso dia a dia que possuem necessidades diferentes da nossa. É preciso normalizar essa realidade no nosso cotidiano. Pensando nisso, como podemos tornar tudo isso realidade?

Os desafios da acessibilidade.

Muito gente acha que acessibilidade é um assunto chato e que já deu o que tinha que dar. Entretanto, precisamos desmistificar isso. Pois, acessibilidade não é só sobre pessoas deficientes, mas também qualquer tipo de pessoas com alguma limitação física temporária, gestantes, idosos, mães com crianças de colo.

Existe uma legislação, a NBR 9050, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade, que abrange vários assuntos, desde ergonomia, acessos e escadas até transportes públicos. Além disso, existe o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que determina como elas devem ser tratadas pelo restante da sociedade, visando sua cidadania e inclusão social.

Inclusão na escola é sempre a melhor opção!

É necessário refletir sobre o assunto. Está subentendido na nossa cabeça que, a pessoa com deficiência, é só a que usa muleta ou cadeira de rodas. Mas na verdade, ela pode acometer qualquer tipo de pessoa. Acessibilidade não é só sobre pessoas deficientes, mas também qualquer tipo de cidadão com alguma limitação física temporária, gestantes, idosos, mães com crianças de colo, por exemplo. Imagina uma gestante que precisa utilizar um banheiro público, porém ele é minúsculo? Ou um estabelecimento onde o único acesso é uma escada grande, dificultando acesso para alguns idosos, deficientes e pessoas com limitações físicas. Os cenários são bastante diversos.

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    Quando voltamos para o nosso universo da Arquitetura Escolar, você, gestor, que vai receber na sua escola não só alunos – deficientes ou não -, mas mães gestantes, avós que muitas vezes levam os netos para a escola. Então, como que você vai receber essa população, como que eles irão vivenciar o espaço da sua escola, se ela não for acessível? É muito importante pensar sobre isso, e como arquitetas, precisamos pensar desde a calçada até o interior do prédio.

    A questão é que acabamos, muitas vezes, esquecendo dessas pessoas nos nossos projetos e isso é muito sério. Como arquitetas e urbanistas, precisamos sempre apresentar soluções e opções para os clientes, até mesmo aqueles que acabaram não incluindo isso nas ideias iniciais. É nosso dever presar pela cidadania de todos e tomar posição a favor de mudanças que só tendem a ser positivas.

    Acessibilidade é um reflexão diária.

    Uma experiência interessante, é você se colocar no lugar dessas pessoas e caminhar por espaços do seu próprio dia a dia e pensar: uma pessoa com cadeira de rodas passaria aqui com facilidade? E um deficiente visual? Seria seguro para eles transitar por esses espaços? Diante disso, você começa a perceber que, até os pequenos obstáculos, podem ser montanhas para outras pessoas, pois a gente não tem a mínima noção de como é difícil circular pela cidade.

    Esse post é para gerar reflexão, ao invés de dar uma receita de como deixar o seu espaço mais acessível. Principalmente para quem é arquiteto e urbanista ou gestor de uma escola. E, após essa leitura e voltando para a pergunta do título “por que construir uma escola mais acessível?”, acaba que ela se responde sozinha.

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