O sucesso da Educação na Finlândia

Com um sistema educacional exemplar, a educação na Finlândia têm muito para nos inspirar. Para conhecermos mais sobre os conceitos que guiam esse país nórdico, aceitamos o convite do Instituto Ânima e da Finland University. O evento aconteceu no último dia 10 de junho, em São Paulo, e contou com a presença do C.O.O. na América Latina da Finland University, Jarkko Wickström, as professoras finlandesas, Milla Kinnunen e Kaisu MälkkiNa, e o professor universitário e escritor Leonardo Drummond.

Para entender por que a Finlândia merece tanto destaque, vale recorrer a um indicativo importante. O país está entre os 15 países mais bem avaliados no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). As avaliações, que acontecem a cada três anos, abordam três áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências, contando com a participação de alunos que estão na média de 15 anos de idade. Assim, desde quando foi inaugurado, em 2000, a Finlândia se mantém entre os países de destaque, ocupando pelo menos um lugar entre os 5 primeiros países de cada área.

Desafios de uma nação

Para chegar nesse patamar, os finlandeses precisaram superar muitos desafios. O primeiro deles foi a própria independência do país, que só foi possível após uma violenta guerra civil que dizimou mais de 37 mil pessoas. Depois ainda lutou com a União Soviética na Guerra de Inverno, em meados de 1940. Entretanto, com o país arrasado e o êxodo rural, os finlandeses apostaram todas as suas fichas na educação para recuperar a dignidade do seu povo. Quer um spoiler? A educação na Finlândia deu certo!

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    Os ensinamentos do suíço Johann Pestalozzi foram fundamentais para a criação do sistema de ensino finlandês. Segundo o pensador, o processo educativo deveria englobar três dimensões humanas, identificadas com a cabeça, a mão e o coração. Contudo, o que se espera é que a formação também seja em três esferas: intelectual, física e moral. O método de estudo deveria reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número. Depois da percepção, viria a linguagem. Assim, com os instrumentos adquiridos desse modo, o estudante teria condições de encontrar em si mesmo liberdade e autonomia moral.

    Valorização do professor na educação na Finlândia

    Se no Brasil a Pedagogia costuma ser uma das últimas opções na carreira universitária, na Finlândia esse é um dos cursos mais concorridos. Por lá, a pedagogia é um campo de pesquisa independente com foco em olhar o ser humano. Assim, a valorização também acontece na remuneração desses profissionais, com salários que chegam até a 3.500 euros. Também, vale lembrar que todas as escolas são públicas e o direto à educação é assegurado por lei a todos os cidadãos.

    A carreira de professor tem uma formação específica, ou seja, um arquiteto ou um jornalista só podem dar aula se fizerem um curso de pedagogia e passarem por todo o processo de formação.

    A primeira base curricular da educação na Finlândia foi criada em 1968 e, desde então, é revisada a cada dez anos para garantir a sua atualização. No início da década de 1970 a Finlândia iniciou uma grande reforma cuja base foi a formação de professores. Portanto, hoje, todos têm pelo menos a titulação de Mestre. Portanto, para entrar em sala de aula, não bastam os ensinamentos teóricos da Pedagogia. A Finlândia faz questão da lida prática para que as experiências sejam reais e efetivas.

    A última reforma foi colocada em prática em 2016 e foram definidas algumas habilidades para a base, não conteúdo. Entre elas estão: aprendendo a aprender, que significa procurar, virar um ser ativo, ao invés de passivo, com responsabilidade; multiletramentos, que inclui a leitura de todas as mídias, atuais e futuras; formação de cidadãos e convívio com a tecnologia.

    Arquitetura escolar é ponto fundamental da Educação na Finlândia

    Para garantir que todos esses pontos sejam valorizados, a estrutura física é muito importante no processo de aprendizado. Por conta disso, todos os ambientes são pensados de forma a estimular a curiosidade. Assim, também a construção do pensamento e o trabalho em grupo.

    Dessa forma, ss escolas finlandesas ainda apostam no princípio do “open plan”, ou plano aberto. Assim, a busca é, essencialmente, por mais flexibilidade. Saem as tradicionais salas fechadas e entram os espaços multimodais, que se comunicam entre si por paredes transparentes e divisórias móveis. No mobiliário, sofás, pufes e bolas de pilates substituem as tradicionais carteiras com cadeiras.

     

    Segundo Wickström, na Educação só existe processo – que você pode acertar e tentar construir uma continuidade ou não. “A nossa escolha foi construir esse processo e as avaliações internacionais mostram que alguma parte disso deu certo”, conclui.

    Portanto, é uma boa inspiração para a educação brasileira e nós podemos começar a implantar esse modelo desde já.

    Dessa forma, a arquitetura das escolas na Finlândia conversa com a proposta pedagógica desenvolvida no país. Ambientes que propiciem o aprendizado, agucem, assim,  a curiosidade e desenvolvam a criatividade são peças chave para a educação que olha para o futuro.

    E a sua escola, para onde tem olhado? Já pensou em utilizar a arquitetura para valorizar a sua escola? Vamos transformar a sua escola juntos?

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