Um ano de pandemia. E quando será a volta às aulas?

Quando será a volta às aulas?

Era março de 2020, o Covid havia chegado ao Brasil. Silêncio na rua. Fechamento das escolas. 

As instituições de ensino foram trancadas e, um ano depois, sua reabertura ainda é ensaiada, a passos lentos, cheia de indefinições. Ainda não sabemos exatamente quando teremos uma volta às aulas como sonhamos.

Nosso país continental tem realidades absolutamente distintas e, neste momento, existem cidades que vem retomando as atividades nas escolas lentamente com algum sucesso e cidades que estão em lockdown devido ao grande aumento do número de casos nas ultimas semanas.

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    Durante todo este último ano acompanhamos discussões prós e contra à retomada das aulas. Em poucas das que acompanhei eu encontrei um consenso. Especialistas em educação, médicos, cientistas, todos tinham opiniões diversas sobre a reabertura das escolas. 

    Fica a pergunta: quando deve acontecer à volta às aulas?

    Enquanto isso, as escolas faziam o que podiam: implantação do ensino remoto, treinamento de professores pra usar as ferramentas virtuais, malabarismos para fazer com que os pais não cancelassem matrículas, gestão de caixa e adequação de suas instalações para uma possível volta às aulas.

    Foi um ano de enormes desafios e algumas escolas sucumbiram. Principalmente as menores, focadas no atendimento a bebês e crianças de até 5 anos. Não aguentaram a inadimplência, a falta de apoio do governo, o rompimento de contratos.

    Para nós, é muito triste acompanhar estes sonhos interrompidos. Enquanto aguardavam a volta às aulas, escolas tradicionais com mais de 20 anos de trabalho foram fechadas. Ficou muito difícil sustentar um negócio com a necessidade de tanta tecnologia.

    Por acompanhar de perto a rotina de gestores, também sentíamos a angustia das idas e vindas com relação às previsões de retorno. Os prazos para a retomada iam sendo anunciados e adiados num piscar de olhos infinito.

    Além disso, também somos mães e foi muito difícil ver nossos filhos tristes por não ter o convívio diário com colegas e professores. 

    Ainda não sabemos o impacto que um ano sem escola terá na vida dos estudantes. E olha que aqui falo de uma perspectiva de privilégios, pois posso proporcionar a meus filhos uma escola com ensino remoto ininterrupto, internet de qualidade e professores dedicados. Tudo no conforto do nosso lar. Mas sabemos que isso é para poucos.

    O efeito disso só saberemos com o passar do tempo e com o trabalho de especialistas que certamente já estão pesquisando sobre o assunto.

    E já podemos viver com segurança?

    Como esperado, 2021 chegou. Estamos em março e este aniversário de pandemia é algo que ninguém gostaria de passar. Eu, ingenuamente, acreditava que, um ano do início desta loucura, tudo estaria diferente. Não uma vida sem restrições, mas um dia a dia mais tranquilo, com mais segurança e com todos na escola.

    Porém, o cenário é bem diferente do que o meu otimismo idealizou. Mesmo acompanhando a diminuição do número de infectados pelo Covid no mundo, aqui no Brasil a situação ainda é extremamente preocupante e a pandemia se apresenta sem controle.

    A verdade é que não temos a menor ideia de quando será o final disso tudo. Se o início da vacinação é um alento, a velocidade da imunização ainda é muito baixa e não nos garante uma vida “mais ou menos normal” num curto prazo.

    Portanto, seguimos com a esperança de dias melhores para todos e, em especial, para o segmento da educação.
    Aqui, atrás desta tela, tem alguém que torce para que a volta às aulas aconteça o quanto antes.

    Diante disso, torço também para que as escolas consigam cumprir todos os protocolos de forma que TODOS se sintam seguros.
    Visto que a escola é mais do que um lugar em que se aprende português e matemática, é fácil concluir que educação é assunto sério e precisa ser tratada sempre como prioridade. É espaço de encontro, de descobertas, de trocas, de colaboração, de criação de memórias e de viver.

    Espero em breve visitar escolas com salas lotadas, pátios barulhentos, sorrisos esparramados e abraços apertados.

    Enquanto isso, seguimos com o nosso trabalho, vamos adaptando as escolas a esta nova realidade, projetando novas escolas para gestores mais preocupados com a saúde de seus espaços e mostrando a alunos que a escola pode, e deve, ser um lugar divertido.

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