Adorable school learners with containers eating sandwiches on windowsill

A escola pós pandemia – o novo refeitório da escola

O isolamento trouxe de volta à muitas casas o hábito de cozinhar, de fazer refeições em família, de se alimentar com uma comida caseira,  feita por quem amamos. Após esta quarentena comer fora poderá ser uma barreira enorme a ser vencida por muitas pessoas, inclusive na escola. Como você está preparando o refeitório da sua escola para esta nova realidade?

Muitas empresas já estão adaptando os seus refeitórios para quando os seus colaboradores voltarem, pois, sabem que muitos funcionários não vão se arriscar se alimentando em bares, restaurantes, cafés ou lanchonetes. Isso porque não conhecem a procedência do alimento e como ele foi produzido.

Podemos transportar esta nova realidade para as escolas. 

Muitos pais de alunos vão preferir que o filho leve o seu próprio lanche, ou refeição, de casa para a escola, garantindo, assim, a sua qualidade. 

 

Você já pensou que muitos de seus alunos se sentirão mais seguros levando marmita de casa para comer no refeitório da escola? 

As marmitas já tinham voltado “à moda” no mundo corporativo há algum tempo. Principalmente por conta das dificuldades econômicas enfrentadas nos últimos anos, e certamente esta é uma tendência que migrará para os ambientes de ensino.

Mas, a cantina e o refeitório da escola, como hoje se apresentam, poderão não atender mais a demanda mais exigente do público na pós pandemia.

Novas rotinas de higiene surgiram neste período de isolamento: higienizar os alimentos com maior atenção, lavar as mãos, manter afastamento, usar máscaras, não usar sapatos em casa. Claro que nem tudo isso será transportado para o ambiente escolar, mas certamente a hora da refeição dos alunos pedirá mais cuidados.

Ficamos pensando por aqui em soluções para que o refeitório da escola consiga ser adaptado a este novo cenário. Algumas ideias surgiram e decidimos compartilhar com vocês:

Reveja o espaço físico dedicado ao refeitório da escola

Refeitório da escola

Num outro post que fizemos sobre os espaços coletivos da escola no pós pandemia já demos algumas dicas de quais mudanças serão necessárias (você pode conferir aqui).

Em muitas visitas que fazemos a escolas, notamos que o refeitório é um espaço relativamente pequeno comparado ao número de alunos. 

Se antes as escolas já trabalhavam com rodízio de turmas na hora do lanche, isto acabará se intensificando na volta do isolamento, já espaçamento entre os alunos deverá ser maior.

A ventilação será outro ponto que exigirá cuidados: por conta de termos muitas pessoas juntas ao mesmo tempo, é imprescindível que a circulação de ar seja constante. 

Os materiais de acabamento, tanto dos móveis, quanto de pisos e paredes, deverá permitir a fácil e constante higienização. As rotinas de limpeza precisarão ser intensificadas e fiscalizadas internamente.

Criar, caso você ainda não tenha, um lavatório para higienização das mãos próximo ao refeitório também é uma medida bem-vinda, assim como a instalação de dispensers de álcool gel. 

Mas lembre-se que tudo isto pode ser feito de maneira divertida e criativa, a sua escola não deve virar uma enfermaria, o espírito de coletividade e alegria devem imperar.

Crie espaços para o uso das marmitas

Marmita para comer na escola

Como dissemos anteriormente, muitos alunos poderão optar por levar a sua própria refeição para a escola. E se você transformasse isso numa experiência especial e personalizada para eles?

Já fizemos projetos para refeitório de escola em que há uma área com geladeiras para que os alunos possam deixar alimentos perecíveis e que precisam de refrigeração até hora do consumo. 

Colocamos também uma bateria de aparelhos microondas em que eles possam esquentar seu alimento. Para finalizar, uma bancada com pia e produtos de limpeza, porque, deste modo, garantimos que todos possam limpar a bagunça feita durante a refeição.

Além de garantir um ambiente pensado exclusivamente para aqueles que preferem a comida feita em casa, a escola reforça a autonomia de seus estudantes e o espírito colaborativo entre eles.

Implantação de “snack machines”

As cantinas escolares, como as conhecemos, podem passar por um período inglório no retorno às aulas. Alimentos que não estejam embalados talvez não sejam bem recebidos pelos estudantes.

Uma alternativa à isso são as máquinas de autoatendimento que tem se tornado mais frequentes no nosso dia a dia. Eu mesma já me deparei com a possibilidade de comprar desde livros até  guarda-chuvas neste tipo de equipamento.

Para esta nova geração este hábito não é desconhecido, eles lidam muito bem com a independência e as opções de escolha oferecidos por estas máquinas.

E se os lanches e refeições oferecidos pela cantina da escola fossem colocados em “snacks machines”? Melhor ainda, com alternativas mais saudáveis e frescas. Certamente a percepção de cuidado com os seus alunos cresceria, e muito, pelos olhares de pais e responsáveis. Seria uma inovação que garante a segurança e a higiene dos alimentos, assim como a saúde de seus alunos. É claro que a escolha e a definição das opções a serem oferecidas na máquina deverá ser feita por um profissional habilitado. Entretanto, a maioria das escolas possui um nutricionista de confiança e ele certamente irá ajudar muito na resolução deste desafio.

Um problema sempre pode se transformar numa excelente oportunidade!

Estamos encarando a pandemia do COVID desta forma e é esta perspectiva que queremos trazer com estes posts.

Acreditamos que qualquer negócio pode fazer melhorias para seus clientes baseados nesta nova realidade. Temos visto muitas escolas paralisadas, sem saber ao certo que rumo tomar, é nossa missão ajudá-las a sair desta fase de dificuldades com inovação e criatividade.

O refeitório da escola é um ambiente de confraternização, de conversa e de intensa troca. É o lugar em que a descontração, as brincadeiras e a formação das amizades tem um papel central. 

Quando do retorno às aulas será isso que os seus alunos estarão procurando: o reencontro com aqueles cujo convívio ficou impedido, a retomada do que foi interrompido, a recuperação do tempo congelado em casa.

Proporcione a ele este reaver de relações da melhor forma possível e, se precisar auxílio, conte sempre com o Ateliê.

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A escola pós pandemia – uma marca forte atrai clientes.

Sempre que passamos por um período de incertezas, a busca por elementos que nos deem segurança e que façam com que nos sintamos acolhidos é latente. Funciona assim com os produtos que compramos no mercado, com os locais que frequentamos e, porque não, com os espaços de educação. Uma marca forte atrai e fideliza clientes. E por isso, perguntamos a vocês gestores: como as pessoas perceberão a marca da sua escola após a pandemia?

Quando eu era criança, lá nos anos 80, me lembro claramente de ir ao supermercado e ver minha mãe circular rapidamente entre as gôndolas e pegar, sem dúvidas, os produtos que lhe interessavam. O sabão Omo, a pasta de dentes Colgate…não havia hesitação, eram as marcas fortes entrando no carrinho.

Hoje, cada vez que vamos às compras nos deparamos com novos produtos, rótulos chamativos, promoções tentadoras, promessas milagrosas. As opções se multiplicaram, assim como o nosso nível de exigência também. As marcas sabem disso e, por isso, criam produtos novos e atrativos o tempo todo.

Você sente que isso também acontece no mercado de educação? 

Certamente você viu novos concorrentes aparecerem, com uma fachada chamativa, um preço competitivo e “inovações” que atraem os pais. Porém, o mundo pós COVID pede segurança, acolhimento e solidez..  Já falamos neste post sobre o assunto. 

Instituições de ensino com anos de mercado, reconhecidas pelo seu nome e que já foram testadas e aprovadas por pais e alunos sairão na frente neste momento de retorno a escola após a pandemia. 

“Não estamos abertos a coisas novas — passamos de uma mentalidade de ganho para uma mentalidade de manutenção, o que é importante para muitas marcas perceberem”, afirmou Simon Moore, CEO da Innovation Bubble, empresa especializada em ciência comportamental.

O momento pede que a sua escola foque no fortalecimento da sua marca. Agora você deve adiar aquele novo curso extra que estava na manga, a implantação do projeto bilíngue ou a inauguração da escolinha de esportes. O foco é, assim, melhorar a experiência do seu cliente. 

Assim que sairmos de casa novamente, estaremos à procura do “Omo” e da “Colgate” em todos os atos de consumo  que tivermos. E o que isso significa? Não estaremos dispostos, portanto, a arriscar. Escolheremos a seriedade à banalidade, a garantia à dúvida e a proteção ao perigo.

E como agir para que a percepção de marca seja a melhor possível para a sua escola após a pandemia? Elenquei aqui alguns tópicos que podem te ajudar nesta jornada:

Fachada

A fachada é o cartão de visitas da sua escola. As instituições costumam ficar por muitos anos no mesmo local, dentro do mesmo bairro e o público se “acostuma” com a fachada.

Dar destaque à sua fachada fará com que muitos a percebam de forma diferente, lembrem-se da sua marca e divulguem.

Quando falamos de fachada falamos, principalmente, sobre:

  • comunicação visual: o seu logo tem que estar visível e bem localizado, as entradas e saídas tem que estar identificadas. Cuide para que as peças que compõem a identificação da sua escola estejam bem conservadas, com cores vivas e iluminadas.
  • iluminação adequada: a sua escola precisa ser vista tanto de dia quanto de noite, muitas vezes os gestores se esquecem que a escola deve representar vida durante 24 horas do dia. Cuide para que a iluminação saliente e evidencie as cores da sua fachada.
  • cuidado com a calçada e acessos: a calçada da escola deve sempre estar impecável, com acessibilidade garantida a todos, item, o qual, é exigido por lei, sem obstáculos, com piso antiderrapante.

A fachada precisa mostrar ao mundo a força e a solidez da sua escola. Aqui no nosso blog temos alguns artigos exclusivos sobre fachadas com muito mais informações e dicas. Confira e inicie o planejamento da sua escola pós pandemia.

Atendimento

Os pais estarão estressados por conta do isolamento, e ansiosos por terem uma boa experiência ao serem atendidos.

A linguagem objetiva e segura de seus funcionários e a comunicação assertiva serão pontos a serem explorados. Informações precisam ser passadas com rapidez e exatidão, assim, se salienta toda a experiência de uma escola que está há anos no mercado já passou por diversas crises. 

É importante acolher e acalmar a comunidade escolar, receber bem e mostrar empatia por todos os medos e dúvidas que virão, será fundamental. 

Pensando nestas questões, é, portanto, indispensável que a recepção da sua escola esteja preparada. 

É provável que haja um volume grande de pessoas que vá em busca de informação nos primeiros dias de funcionamento das escolas. Assim o número de assentos disponíveis para espera e o conforto oferecido por eles devem ser avaliados. 

Além disso, quem aguarda terá algum tipo de cuidado especial? Um monitor ou TV com um vídeo explicando quais as providências que a escola tomou para garantir a segurança de sua comunidade já causa uma excelente primeira impressão.

O seu logo está visível neste espaço? Sim, é importante que a sua marca apareça na recepção. Assim você reforça a conexão do cliente com a sua instituição.

E as cores se comunicam com a imagem que você deseja passar? Tranquilidade, acolhimento, limpeza, segurança, qualidades que a recepção deverá transmitir a seus visitantes. Portanto, isto precisa ser analisado e revisto, se necessário.

E como está a iluminação, ela atende bem a todos e cumpre o seu papel de deixar o ambiente mais agradável? Entrar num ambiente escuro e sem vida nos gera um certo incômodo e, muitas vezes, nem entendemos o porquê. A iluminação faz toda a diferença em qualquer espaço.

Finalmente, garanta que seus funcionários estejam protegidos e ofereça segurança a seus clientes, máscaras e dispensers de álcool gel serão itens indispensáveis nas escolas pós pandemia, pelo menos por algum tempo.

Higiene

Os espaços pós-pandemia deverão se impecavelmente limpos e higienizados.

Passamos por uma quarentena extensa, confinados em casa na maior parte do tempo, em um ambiente controlado em que sabíamos que tudo estava sendo cuidado e limpo com a frequência necessária.

Mas como fica tudo isto quando sairmos de casa? Pior, e como ficam nossos filhos na escola quanto voltarem às aulas? Esta será uma pergunta feita por praticamente todos os pais, e como a sua escola irá responder?

Quando o assunto for higiene, o grande desafio das escolas será deixar seus espaços semelhantes à casa do aluno (e não a um hospital), isto se aplica a todas as faixas etárias. A humanidade não pode desaparecer e ambientes assépticos não são receptivos. 

Aqui a criatividade deverá entrar em cena com toda a força: máscaras divertidas que incentivem seu uso, dispensers de álcool gel com mensagens de motivação na sua aplicação, competições para manter o espaço limpo, criação de uma campanha interna de bons hábitos…

Finalmente, é importante que a equipe esteja treinada para mostrar como funcionarão as novas regras no retorno à escola no fim da pandemia. Isso deve acontecer de que forma que cada um colabore e incentive a participação de todos.

Lembre-se que cada uma dessas ações deverá estar atrelada à marca da escola. Portanto, todos estes movimentos podem, e devem, ser personalizados para o seu público. Se inspire, mas não copie.

Uma dica final que quero deixar aqui é: não se preocupe com a sua concorrência.

Inspire seus colaboradores, esteja na frente nas ações necessárias, faça com excelência o seu trabalho, assim, todos reconhecerão a resiliência e a força da sua marca.

Portrait of lovely girl looking at camera at lesson of drawing

A escola pós pandemia – o ambiente da escola na era do COVID

Toda esta insegurança no cenário mundial poderá acentuar medos e ansiedades da população com um todo. Não será confortável dividir espaços com outras pessoas fora do nosso círculo familiar após o isolamento social e quais serão as mudanças que este novo cenário trará ao ambiente da escola pós covid?

Passaremos por um período gradual de reinserção social, gradualmente voltaremos às nossas atividades do dia-a-dia…

Retomaremos contatos com amigos, parentes e colegas de trabalho, frequentaremos novamente academias e restaurantes, o comércio reabrirá, crianças e adolescentes voltarão para a escola após o covid. 

Contudo, a retomada da rotina acontecerá com muitas dúvidas e alguma hesitação. Novos hábitos foram inseridos no nosso cotidiano: higienizamos as mãos com maior frequência, tiramos os sapatos quando entramos em casa, intensificamos a limpeza e melhoramos a organização das nossas casas.

Na volta às aulas teremos pais e alunos muito mais exigentes com relação ao ambiente da escola após o covid passar. A preocupação será maior, estes pais estarão muito mais atentos e preocupados com a saúde de todos. 

Será que os pais pensarão duas vezes antes de deixar seu filho numa escola com salas mal ventiladas? E a sensação de segurança e higiene não pesará muito mais na hora da escola para suas crianças? 

Como escrevemos num texto anterior, que você pode ver aqui, as escolas que trabalham com o mínimo, poderão sofrer uma rejeição imensa: o espaço mínimo entre carteiras, as janelas com o tamanho mínimo exigido, as circulações de larguras mínimas… menos, neste caso, não é mais e poderá representar um sinal de alerta às escolas.

A escola é considerada pelos pais o local em que podem deixar com tranquilidade os seus filhos, onde eles estarão seguros e melhorando como seres humanos. A escola funciona como uma extensão do lar e, num cenário pós-pandemia, é esta a sensação que os pais desejam ter. 

Cria-se então o conceito de “escola saudável”: um local em que condutas de higiene e conforto deverão fazer parte da rotina naturalmente. 

Separamos aqui alguns exemplos práticos de como o espaço da escola pós covid precisará se adaptar a esta nova situação:

ventilação natural

A ventilação natural garante que o ar seja sempre renovado e diminui as chances de transmissão de vírus e bactérias. Entretanto, sabemos que em muitos casos é necessário que a climatização dos ambientes seja feita de forma artificial. Neste caso será necessário redobrar os cuidados com a limpeza e manutenção dos aparelhos.

Salas da educação infantil

No caso dos pequenos, alguns ambientes que normalmente são ocupados por muitas crianças ao mesmo tempo devem ter maior atenção. Um exemplo é a sala do soninho. Esses ambientes devem ter, obrigatoriamente, janelas e ventilação natural permanente, pisos de fácil limpeza (gostamos muito de pisos vinílicos) e, principalmente, espaço. A distância ideal entre as camas é de, no mínimo, 1metro. No caso de não ter espaço para isso, deve-se estudar rodízio das crianças no ambiente, e higienização total do espaço a cada turma. Roupas de cama e travesseiros não devem, em hipótese nenhuma, ser compartilhados, e as caminhas ou colchonetes, devem ser leves, porque assim facilita-se a limpeza e organização.

salas de aula  com menor número de alunos

Ambientes apertados, cheios de crianças e com muita proximidade entre as carteiras serão um problema. Portanto, escolas que têm salas de aula mais espaçosas, com menor número de alunos por sala terão uma vantagem enorme na percepção de segurança do pai com relação ao espaço físico. O redesenho dos espaços de forma que tenhamos uma distância segura entre alunos será necessário.

aglomeração de alunos

A aglomeração de alunos nos espaços de uso coletivo deverá ser repensada, principalmente durante os intervalos. A criação de mais pátios, menores e em diferentes locais pode ser uma estratégia a ser utilizada. É importante lembrar que quanto mais abertos estes espaços melhor será a sua qualidade.

Em complemento a isto, temos os novos hábitos que provavelmente serão incorporados à nossa rotina e na rotina da escola, após o covid.

 

álcool gel

O uso do álcool gel já se tornou um hábito entre nós e as escolas devem se preocupar com isso. Instalar pontos de limpeza e higienização espalhados por pontos estratégicos do ambiente escolar (como na entrada de salas de aula e áreas de atendimento ao público) com pias e  dispensers de álcool em gel será uma condição básica de higiene.

Novos hábitos

Alguns comportamentos e hábitos deverão ser revistos, como o uso de sapatos nos ambientes internos das escolas. Hoje esta é uma rotina bem comum em berçários, entretanto, ela desaparece quando falamos de alunos maiores. Algumas empresas já estão estudando a possibilidade de instalação de sapateiras e armários para seus colaboradores, e essa tendência irá se refletir nas escolas. Na verdade, esse já é um hábito comum nas escolas em países frios. Nessas instituições é comum que, logo na entrada, haja um grande vestíbulo, onde os alunos deixam seus casacos e botas de neve e troquem por um sapato ou pantufa, adequados para o uso dentro da escola. Esta é uma providência bem simples, mas certamente traz uma percepção de limpeza enorme.

Facilitar a limpeza

Facilitar a limpeza e higienização das salas de aula também será necessário. Para isso temos a sugestão de algumas medidas como criar espaços individualizados de armazenamento para os alunos fora da sala de aula e ter um almoxarifado central com materiais de uso coletivo, o que eliminaria armários e prateleiras dentro das salas. A escolha de revestimentos de pisos e paredes com materiais de fácil manutenção e, se possível, com proteção contra bactérias também é uma ótima iniciativa.

Automatizações

Finalmente com a pandemia vimos que dispositivos de toque coletivo como interruptores, maçanetas e torneiras podem ser vetores para transmissão de vírus e bactérias. Eliminar ou diminuir o contato com estes itens também pode estar nos planos das escolas, estas peças podem e devem ser substituídas por instrumentos com acionamento automático por presença.

Um plano para as escolas após o covid

Na Europa já está sendo anunciado um plano para a volta às aulas, com critérios de restrições que, de alguma forma, buscam manter parte do distanciamento social necessário. Turmas com no máximo 15 alunos, dividindo-se as turmas e intercalando o ensino presencial e o EAD. Essa pode ser uma forma de atender todas as necessidades dos alunos, com segurança.

É preciso entender que esta lista não tem como objetivo transformar a escola num local asséptico como uma clínica ou um hospital. Muito pelo contrário. O ideal é que a escola pós covid seja um ambiente seguro como o lar da criança.

Sabemos da importância e incentivamos toda a vivência e toda a humanidade que está presente no ambiente escolar. O que entendemos é que para que todos se sintam protegidos e saudáveis, modificações e adaptações deverão ser feitas.

Todos estaremos tateando o mundo exterior com muito cuidado e muito receio, portanto,  quanto mais preparado o ambiente escolar estiver, mais felizes e acolhidos os pais e alunos se sentirão. Isto só aumentará a confiança na escola e facilitará a retomada da rotina que tantos estão sentindo falta.

Para todas estas transformações você pode contar com a ajuda da nossa equipe, também estamos ansiosos por ver as escolas cheias de crianças e de vida novamente.

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A escola pós pandemia: educação à distância.

O coronavírus forçou a maioria das pessoas ao distanciamento social e à muitas horas dentro de casa.  E o que fazer com tanto tempo livre? Aprender! A educação à distância se consolidou neste período de pandemia.

A internet democratizou a aprendizagem e diminuiu a distância entre o professor ou o especialista e o aluno, ou aprendiz. Um simples celular nos dá acesso a inúmeros canais do YouTube, cursos on-line e lives com conteúdos diversos que podem nos ensinar sobre inúmeros assuntos.

Se para nós, adultos, o aprender pela internet abriu um novo mundo totalmente desconhecido  e cheio de possibilidades para os mais jovens esta perspectiva já existia e só foi intensificada.

Com o fechamento das escolas o ensino à distância veio como um tsunami na rotina, já inteiramente alterada, das instituições. Para que o ano letivo não fosse totalmente interrompido, gestores e professores tiveram que criar a toque de caixa seu próprio sistema de educação à distância (EAD). 

 

A educação à distância veio para ficar

A pandemia acelerou um processo que vinha engatinhando em algumas escolas, era inexistente em tantas outras e somente em poucas já estava estruturado: ensinar sem a presença física.

É possível que sejam necessárias várias quarentenas até a pandemia ser controlada por uma vacina, então a comunicação e o oferecimento de conteúdos online deve continuar e, como todo o processo de aprendizado, deverão ser aprimorados pelas escolas e professores. 

Com o tempo o estranhamento dos alunos e as reclamações dos pais serão minimizadas, mas para que isso aconteça a escola deverá preparar um conteúdo de excelência para seu público.

Temos acompanhado o dia-a-dia de nossos clientes se adaptando a esta nova forma de aprender, muitas vezes com bastante dificuldade, entretanto, as aulas online e a educação à distância, vieram para ficar e podem ser uma ótima oportunidade.

Apesar da dor e da insegurança as mudanças trazem, todo este universo on-line abre novas portas de comunicação com alunos, pais e professores. Vislumbramos uma circunstância positiva para aqueles que estiverem abertos ao novo, olha só o exemplo que separamos:

Comunicação

A comunicação com os pais e alunos pode ser muito mais fácil e eficaz através da gravação de vídeos. Já vimos muitas escolas mandando boletins para os pais durante a pandemia por meio de filmes. Os e-mails não foram banidos, mas os vídeos são muito mais humanos e aproximam a direção da comunidade escolar, com uma linguagem bem mais pessoal. 

Conteúdo online

E se a escola oferecesse conteúdos (gratuitos ou não) online para os pais? Cursos que ajudem na tarefa de auxiliar o estudo das crianças em casa, cursos sobre como gerir conflitos com adolescentes, cursos sobre como brincar com as crianças. Os pais também estão estressados e sem tempo, muitos se veem perdidos entre o trabalho, a casa e a tarefa de ajudar os filhos com os conteúdos on-line. 

Aulas-extra

Será que o aluno não poderia ter um conteúdo mais personalizado que complementasse as atividades dadas em sala de aula? Aulas-extras podem ser mais diversificadas (empreendedorismo, educação financeira e meio ambiente), ferramentas digitais possibilitam a interação em grupo e um conteúdo voltado à vida prática poderia ser dado através da educação à distância.

Aulas tira-dúvidas

Aulas tira-dúvidas e de reforço poderiam se valer das ferramentas digitais. Vídeos com respostas a partir de perguntas e dúvidas dos alunos, aulas em tempo real em que o exercício é resolvido ao vivo pelo professor, reuniões em pequenos grupos para discussão de alguma dúvida específica. Estas aulas geralmente no contra-turno e facilitaria muito a vida de muitos pais que não precisariam alterar sua rotina para levar ou buscar seus filhos

Treinamento para professores

 A pandemia reforçou a importância do professor e seu papel fundamental na educação, porém enquanto alguns professores já se adaptaram à linguagem digital   outros ainda buscam uma maneira de repassar o conteúdo pelos vídeos com a mesma qualidade do presencial. A escola precisará preparar seus profissionais e isto pode ser feito também pelo EAD, com a criação de conteúdo específico, baseado na metodologia da instituição formando professores engajados e totalmente familiarizado com as ferramentas digitais.

 

Produção de conteúdos feitos pelos alunos

Já que todos podem assistir aulas em vídeo, porque não proporcionar uma experiência de criação? Trabalhos, reportagens e seminários podem ser feitos pelos alunos utilizando o recurso audiovisual. Isso seria uma enorme revolução na produção acadêmica de seus estudantes.

Para que tudo isso aconteça mantenedores deverão repensar os espaços de suas escolas. 

Criar espaços adequados para a gravação de aulas e conteúdos online. Por exemplo, um pequeno estúdio personalizado, fará com que a experiência virtual do seu aluno seja muito melhor e mais valorizada pelos pais. Isto porque refletirá profissionalismo e dedicação, acabando com a impressão de amadorismo. Além disso, um estúdio adequado ajudará os professores a criarem conteúdos mais criativos e relevantes. 

Pequenos cenários não poderiam ser introduzidos em diversos ambientes da escola? Servem corredores, pátios, refeitório… Estes serão ótimo pano de fundo para a produção de vídeos. Além disso, podem ser ferramentas de marketing da sua instituição através da propagação dos mesmos pelas redes sociais.

A educação digital necessita de ambientes estruturados dentro da escola para esta possa desenvolver o melhor conteúdo possível para seus alunos, pais e professores. 

A adaptação dos espaços a este novo momento pós-pandemia vai demandar conhecimento e agilidade. As escolas que não se adaptarem rapidamente perderão o bonde da inovação e ficarão para trás.

Não deixe de ler nossos outros posts sobre como será a escola pós pandemia e prepare-se para o retorno às atividades.

sala maker

ESCOLA PÓS PANDEMIA: Salas maker

As habilidades adquiridas na quarentena serão trazidas para a vida e para a escola, a qual terá papel fundamental nesta retomada. As salas maker se tornam uma necessidade neste novo cenário onde os ambientes da escola devem ser repensados de forma a acolher e favorecer o trabalho em grupo, a reflexão e a mão na massa de forma segura e criativa. 

O Covid-19, nos trouxe a quarentena e com ela, entendemos que a cultura do “faça você mesmo” é muito mais do que uma tendência passageira ou uma moda com data de validade.

A cultura do faça você mesmo

Quem não se aventurou numa nova receita, ou aprendeu a costurar, ou iniciou os exercícios de ioga, ou se arriscou pelo artesanato, ou resolveu cortar o cabelo, ou se transformou em jardineiro nesta época de pandemia? Ok, você pode até não ter feito nada disso, mas certamente conhece alguém que fez. 

De repente entendemos que podemos aprender tudo o que quisermos, que temos habilidades que não conhecíamos e que fazer, testar, experimentar, refazer e chegar a um resultado é a melhor forma de aprendizado que podemos ter.

No nosso texto sobre como será a escola no pós coronavírus, que você pode ler clicando aqui, ressaltamos a importância a cultura do fazer para aprender.

E essa cultura “maker” certamente se tornará uma exigência de pais e alunos que buscam por soluções inovadoras dentro desta nova realidade e que privilegiem o protagonismo de quem aprende.

Durante a pandemia temos visto a atitude de pessoas que resolveram ajudar a sociedade com a fabricação de máscaras de proteção em acetato. Um exemplo são os integrantes do grupo “Makers contra a COVID 19” que foram destaque nesta matéria do site Porvir.

Estas iniciativas nos mostram a importância da criatividade, de ensinar as pessoas a pensar e a resolver problemas de forma coletiva. Algumas iniciativas nasceram espontaneamente entre os alunos de algumas instituições de ensino. Ou seja, estimular a autonomia certamente é uma atitude que rende ótimos frutos.

mas, na prática, o que as escolas precisam ter para este ambiente de criação e de solução de problemas?

Uma das respostas que enxergamos: é importantíssimo que os ambientes da escola estimulem e propiciem o trabalho em grupo, o questionamento e a mão na massa.

As salas maker deixam de ser uma ferramenta de marketing e se tornam uma necessidade neste mundo pós pandemia. E a arquitetura escolar pode ajudar muito na criação de ambientes que dialoguem de forma mais eficaz com este novo cenário.

Colocamos aqui alguns conceitos importantes para as salas maker que devem ser considerados pelas escolas:

1. Espaços generosos

É muito difícil criar e estimular a imaginação em espaços apertados que não permitam a livre movimentação de pessoas e a manipulação segura de ferramentas ou outros instrumentos de trabalho.

Nestes ambientes é fundamental pensar num bom distanciamento entre mesas e entre assentos. A circulação deve ser abundante até para que sejam evitados acidentes como trombadas entre pessoas e tropeços em móveis e outros equipamentos, lembre-se: nesta sala os alunos o que os alunos menos querem é ficar sentados.

2. Mobiliário adequado

Espaços de criação exigem móveis que cumpram diversas funções.

Há várias normas que regulamentam o desenho de móveis para salas de aula e nas salas maker isto não é diferente. Para mesas e assentos é importante pesquisar e comprar produtos que sigam estas normas à risca e que ofereçam o máximo de conforto aos estudantes. 

Além disso, a durabilidade é fundamental, os alunos irão cortar, colar, furar, montar e desmontar sobre estas superfícies e os materiais precisam ser bem resistentes.

Também é possível que mesas e assentos mudem de posição com alguma frequência, assim peças com rodízios facilitam bastante esta movimentação e fazem com os alunos tenham mais autonomia.

Por fim as áreas de armazenamento devem ser pensadas para a função que a sala irá cumprir, ou seja, salas de robótica são diferentes de salas para marcenaria ou para culinária. A sala maker até pode abarcar todas estas funções, entretanto para isto deve ter armários pensados para diferentes atividades, bancadas com dimensionamento correto e localização de equipamentos que facilitem seu uso.

3. Conforto

Salas maker precisam de iluminação e ventilação abundantes. É claro que luzes artificiais e aparelhos de ar condicionado auxiliam e resolvem muitos problemas em situações extremas, entretanto num mundo pós-pandemia a preocupação com a saúde em ambientes fechados será maior.

Sendo assim, é imprescindível priorizar e valorizar a luz e a ventilação natural nos ambientes. Em salas em que construímos coisas é importante termos uma iluminação abundante e uma situação térmica que nos deixe confortáveis e relaxados. Inclusive alguns equipamentos (como máquinas de corte a laser) exigem respiros e saídas de ar especiais que pedem um projeto adequado.

Na verdade, o conforto térmico e acústico é uma premissa para qualquer bom projeto de arquitetura, entretanto a escassez de espaços faz com que muitos mantenedores os deixem num segundo plano. 

Vale a pena repensar esses conceitos e entender que uma escola saudável ganhará muitos pontos com pais e alunos, além de ajudar na manutenção da saúde da sociedade como um todo.

4. Identidade

A sala maker deve estar embasada no projeto pedagógico desenvolvido pela escola e a arquitetura do espaço deve seguir isso. É importante que alunos e professores se identifiquem com aquele espaço e que ele seja único, com a “cara” da instituição.

Adotar a solução do concorrente só porque “deu certo” pode ser um tiro no pé. 

As cores, a comunicação visual, toda a estética do lugar deve transmitir o conceito que a escola adotou. Existem escolas que até criam um nome exclusivo para estes lugares, muitas vezes elaborado e escolhido pelos próprios alunos. 

A sala maker deve ser um espaço de descoberta, de discussão e troca. Baseado nisso cada instituição terá resultados e experiências diferentes com seus estudantes, assim a arquitetura também deve ser pessoal e especial.

5. Criatividade

Certamente os novos problemas que têm surgido não serão resolvidos com as soluções que hoje nos são dadas.

A descoberta de novas respostas parte da capacidade de imaginar e criar diferentes cenários e deles extrair o que há de melhor. E a educação dada hoje é a principal ferramenta para um futuro

A sala maker tem o papel de estimular crianças e jovens na criação de novas soluções, novos questionamentos e novas perspectivas de mundo. Portanto, para que isso seja possível a criatividade tem que estar presente de forma real no espaço.

Paredes podem se transformar em murais de ideias ou planos de escrita colaborativa e mesas podem funcionar como cadernos de anotações. Que tal um palco para apresentação dos resultados dos alunos e, porque não, de discussões rápidas em grupo?

Estas são apenas algumas ideias que podem transformar qualquer ambiente num espaço estimulador de novos pensamentos, criações e novas soluções.

Como sempre dizemos aqui qualquer inovação ou mudança feita dentro de uma escola deve estar no DNA de sua proposta pedagógica. Com as salas maker isto não é diferente. 

Um projeto de arquitetura incrível para estas salas, assim como os maravilhosos resultados que pode sair delas, só acontecerão se a escola souber o porquê de criar este espaço.

O COVID-19 nos mostrou o protagonismo do aprender fazendo e trazer isto para dentro da escola é, sim, uma urgência. Entretanto, uma sala maker não pode ser criada a partir de um fazer vazio de propósito. 

Se a criatividade, a colaboração e a imaginação estão na essência da sua escola, conte conosco para a construção de espaços que valorizem tudo isso.

 

Smiling little scholar with rucksack and notepads on background of schoolboys

Como serão as escolas após o coronavírus?

Já imaginou como as escolas serão após o coronavírus? Vivemos um momento em que as escolas estão “apagando incêndio” todos os dias, correndo para implantar o EAD, adequar o curriculum, formar professores para uma nova forma de ensinar, atender reclamações e questionamentos de pais e funcionários, rever orçamentos… Mas, é muito importante olhar para o futuro. O isolamento vai acabar.

A educação e as escolas em tempos de coronavírus

A pandemia do Coronavírus afetou de forma profunda as escolas e o sistema de educação em todo o planeta. Estima-se que 1,5 bilhão de alunos estão fora da escola neste momento. Pais, alunos e professores estão sendo obrigados a lidar com uma nova realidade, novos métodos de ensino, novos desafios.

Muito se fala que sairemos dessa experiência profundamente modificados. Se para melhor ou pior, não sabemos, entretanto, acredito que sairemos sim transformados. Algumas situações que estão agora sendo vivenciadas diariamente, se transformarão em novos hábitos. Segundo o psicólogo de consumo Paul Marsden, nosso cérebro leva em média 66 dias para adquirir um novo hábito e iniciá-lo de forma automática. Fato é que, aparentemente, teremos tempo suficiente para adquirir vários hábitos novos. 

Preocupação com higiene, distanciamento, contágio, serão questões recorrentes no nosso dia a dia a partir de agora. Saúde, qualidade de vida, imunidade terão muito mais importância do que tinham antes. Estamos desacelerando?

Na China, na primeira semana pós isolamento, marcas de luxo se aproveitaram do spending revenge dos consumidores e lucraram muito. A loja da Hermés faturou US$3,8 milhões em um dia após a reabertura do comércio. Aparentemente os clientes saíram dispostos a gastar tudo o que não puderam no período de isolamento. Estamos mesmo desacelerando?

Muitos futuristas chamam o coronavírus de acelerador do futuro, pois ele antecipou mudanças que seriam necessárias, mas que nossa sociedade estava empurrando para a frente. Trabalho remoto, sustentabilidade, mudanças nas escolas (com a educação à distância), responsabilidade social já fazem mais parte da nossa vida do que antes. 

As escolas após o coronavírus serão diferentes

Como seremos depois disso tudo não é simples responder, mas alguns comportamentos são possíveis de prever. Especialistas em tendências e análise de mercado já estão trabalhando no desenho desse consumidor pós covid. 

É claro que estas mudanças e instabilidades também vão impactar nas instituições de ensino. E, assim como outros mercados, é impossível ter certezas sobre serão as escolas após o cornavírus.

Entretanto tenho pesquisado este assunto e resolvi separar e colocar aqui algumas tendências que achei relevantes para que as escolas já possam se antecipar e pensar em como será o comportamento dos pais e os alunos da escola após o coronavírus.

1 – Faça você mesmo

O período de isolamento e restrições está estimulando as pessoas a aprenderem novas habilidades. Cozinhar, assar pães, costurar máscaras são formas de ocupar o tempo e suprir algumas necessidades que estão sendo dificultadas até mesmo pelo fechamento do comércio. 

Essas habilidades não desaparecerão com o fim do coronavírus, e estamos ficando mais independentes à medida que temos mais conhecimentos. 

E o que as escolas têm a aprender com isso? 

Este comportamento só reforça a cultura do “é fazendo que se aprende”. A “cultura maker” que tem sido tão falada dentro das escolas vai deixar de ser somente uma ferramenta de marketing e vai se tornar uma exigência.

Os pais e as crianças entenderam que o fazer, o errar, o pesquisar e o refazer é uma forma eficaz de aprendizado e o questionamento que surge é: por que a escola não oferece isso?

Nesta Se a sua escola ainda se embasa somente no método tradicional de ensino do aluno ouvinte e que não questiona, vale a pena repensar.

2 – Educação à distância

Essa sede de aprender coisas novas que muitos estão vivendo no isolamento nos trouxe o costume de estudar através da internet.

O YouTube, os cursos on-line e as inúmeras lives no Instagram já mostraram o quanto o aprendizado on-line se tornará cada vez mais comum. 

E se você é daqueles que ainda não se rendeu à educação digital e autônoma perceba que para as crianças isso já era uma realidade. Isto porque muito antes das iniciativas por parte das escolas devido ao coronavírus, a nova geração já via as ferramentas oferecidas pela internet como algo natural.

A pandemia acelerou a necessidade de que pais e professores entrassem também no mundo da educação a distância. Vejo com nossos clientes o quanto este processo, muitas vezes, tem sido difícil, mas agora assistir a um vídeo e aprender algo novo também faz parte da rotina da comunidade escolar como um todo. As aulas on-line oferecidas pelas escolas neste período de pandemia forçaram professores e alunos a se adaptarem a uma nova dinâmica. 

Para muitos a novidade ainda é bem dolorosa, para outros a assimilação é mais tranquila. Alguns alunos reclamam da falta de contato com os amigos, mas outros gostam, pois estão conseguindo se concentrar melhor. Alguns professores ainda buscam uma maneira de repassar o conteúdo pelos vídeos com a mesma qualidade do presencial, já outros se transformaram em verdadeiros “youtubers” da educação.

Pensando em tudo isso junto, abre-se a possibilidade muito rica da escola oferecer de forma on-line cursos extras mais acessíveis e aulas de reforço (que geralmente acontecem no contra-turno) ou o próprio conteúdo do currículo.  

Isso facilitaria muito a rotina dos pais e aproxima a escola da linguagem eletrônica que tanto atraem crianças e jovens.

3 – Reconfiguração dos espaços de uso público

A pandemia vai acentuar medos e ansiedades. O receio de locais com aglomeração devem permanecer, bem como a “paranoia” com limpeza e desinfecção, o receio da permanência em  locais mal ventilados. 

E como isso impacta o ambiente escolar? Será que os pais não terão receio de deixar seus filhos em locais que não passem a sensação de limpeza e segurança que hoje só vivemos dentro do nosso lar? Será que eles não ficarão mais atento ao cuidado e ao conforto que as escolas propiciam aos seus filhos?

“Quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos, depois do fim das restrições, as empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa”, diz um relatório da WGSN, multinacional de pesquisas de tendências do mundo.

Dentro das escolas isso não será diferente, o coronavírus nos  mostra que é hora de pensar se o mínimo que muitos adotam como o ideal será o suficiente. O espaço mínimo entre carteiras, as janelas com o tamanho mínimo exigido, as circulações de larguras mínimas…

Você se sentirá feliz e seguro com o mínimo?

4 – Empresas e marcas reconhecidas terão vantagem

Nessa fase de tantas incertezas, um comportamento comum é o da busca pelo conhecido. Escolas que têm mais tempo no mercado, que são reconhecidas e já foram testadas e aprovadas pelos pais e alunos, terão muito mais chance de se fortalecer após o isolamento.

“Não estamos abertos a coisas novas — passamos de uma mentalidade de ganho para uma mentalidade de manutenção, o que é importante para muitas marcas perceberem”, afirmou Simon Moore, CEO da Innovation Bubble, empresa de ciência comportamental.

Não é hora de inventar novos produtos ou serviços, e sim de se concentrar em auxiliar os clientes que já estão estressados e ansiosos a terem uma boa experiência e atendimento.

E isso impacta diretamente na melhoria dos espaços da escola, desde a recepção até os sanitários, para se manter com uma boa reputação no mercado será necessário reforçar a qualidade anteriormente oferecida.

5 – A reinvenção da marmita

Após um longo período se alimentando em casa, provavelmente entrar em um restaurante será, para algumas pessoas, uma experiência desconfortável. Buffets por quilo então, nem se fala. 

As empresas já estão se esforçando para aumentar suas áreas de refeitório, pois entendem que seus funcionários se sentirão mais seguros levando marmita de casa do que se alimentando todos os dias em restaurantes. 

As escolas precisarão também pensar nessa realidade. E se fossem criados espaços com  com microondas e geladeiras para que seus alunos aqueçam seus próprios almoços? E as “snacks machines” com opções saudáveis onde tudo é absolutamente seguro e higienizado, não seriam outra opção a se considerar?

Neste novo mundo pós pandemia as cantinas tradicionais serão vistas da mesma forma? A sensação de higiene e limpeza incontestável certamente será exigida por pais e alunos, como se preparar para isso?

6 – Novas crenças e valores

Estudiosos afirmam que crises de saúde pública funcionam como verdadeiros divisores de água no comportamento das pessoas. Como em uma guerra, as comunidades se unem e trabalham juntas, e isso causa mudanças permanentes nas pessoas.

Algumas dessas mudanças já são visíveis nas redes sociais: grupos se organizando em movimentos para ajudar a população de rua, idosos em situação de vulnerabilidade e profissionais que atuam na linha de frente e não podem parar.

Lives que arrecadam fortunas quase todos os dias comprovam que engajamento é uma grande tendência e movimenta fãs fiéis, dispostos a colaborar financeiramente com as causas em que acreditam. 

Como seus alunos vão voltar para as escolas quando o coronavírus acabar?

Diante de tudo isso, no fim do isolamento, esses novos comportamentos trarão para a escola um novo aluno e um novo pai. Portanto, é necessário traçar estratégias que tornem a escola mais do que um ambiente de aprendizado, as instituições de ensino, mais do que nunca, se tornam o porto seguro de pais e alunos. Acolhimento será a palavra-chave nas escolas após o coronavírus.

A volta às aulas será diferente para cada escola. Como as instituições podem preparar suas escolas para o retorno dos seus alunos? E como os pais podem ter a certeza de que a escola está pronta para receber seus bens mais preciosos, os filhos? Nos sentiremos seguros em sair de casa e fazer com que nossos filhos saiam também?

Todas estas perguntas ainda não têm uma resposta correta. Somos seres humanos, por isso, reagimos de formas diferentes, temos sentimentos distintos e só o tempo irá nos ajudar na adaptação a esta fase pós pandêmica.

A única certeza que eu tenho é que qualquer desafio nos traz um leque de possibilidades e,  diante de tamanho revés que nos foi imposto, os mantenedores têm uma oportunidade única de transformar seu sistema de aprendizado, de mudar seus espaços, de trazer a sua instituição para uma nova realidade e reagir ao impacto do coronavírus, garantindo um retorno às escolas, impedindo a evasão e o cancelamento de matrículas.

E para conseguir isso as escolas deverão trabalhar em várias frentes. Uma dela será a reinvenção de seus espaços. Esta lição de casa deverá ser feita com o maior capricho do mundo, mesmo que com rasuras, afinal estamos todos imaginando e testando novas formas de viver com mais criatividade e mais segurança.

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Metodologias ativas para uma educação inovadora: entenda por que ler este livro pode fazer toda a diferença em sua escola

Você sabe o que são metodologias ativas? Sabe por que elas vêm se tornando cada vez mais utilizadas nas escolas? Pois bem, este post vai ajudar você a responder esta e outras questões. Tudo isso, com uma excelente dica de leitura. Confira!

Tornar o aluno o protagonista efetivo do processo de aprendizado é que propõem as chamadas metodologias ativas. Elas podem ser desenvolvidas desde o ensino infantil até o superior. Alguns de seus exemplos são:

O Ensino Híbrido: junta a tecnologia digital com as interações presenciais, visando à personalização do ensino. É um modelo possível para facilitar a combinação produtiva do ensino online com o ensino presencial.

A sala de aula invertida: permite aos alunos entrarem em contato com o tema a ser trabalhado em sala antes da aula. Para tanto, utilizam-se materiais digitais como videoaulas, apresentações e podcasts. Transforma a sala de aula presencial num local de grande interação professor-alunos.

A gamificação: do inglês gamification, utiliza elementos de jogos digitais (avatares, desafios, rankings, prêmios etc.) no contexto escolar. O objetivo é aumentar o interesse e a participação dos alunos.

No contexto das metodologias inovadoras, como podemos ver, o professor tem a função maior de inspirar e orientar. Sua atuação permite a construção do conhecimento. Também propicia o desenvolvimento de competências, incorporando as possibilidades do mundo digital.
Estas metodologias são o assunto de um dos livros mais comentados no setor educacional nos últimos meses. Com organização de Lilian Bacich e José Moran a obra Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática foi lançada em 2018.

Quer conhecer melhor? Então, saiba que o livro tem 10 capítulos, escritos por diversos profissionais e acadêmicos. Estão divididos em duas partes, cada uma com introdução de um dos organizadores. A seguir detalhamos melhor para você:

criança, aprendizado, brincando, jogos

PARTE I: Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda

Em sua primeira parte, o livro aborda experiências nas salas de aula desde a educação básica até cursos de bacharelado e licenciatura. O texto inicial, escrito pelo organizador José Moran, discute a necessidade de uma aprendizagem ativa. São, ao todo, seis capítulos:

1. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia

Escrito por José Armando Valente, explora a midialogia, disciplina do curso de comunicação social. Aplica a sala de aula invertida e a aprendizagem personalizada.

2. O leitor como protagonista: reflexões sobre metodologias ativas nas aulas de literatura

Com a autoria de Marcelo Ganzela, trata do ensino híbrido em curso de licenciatura em letras. O texto enfatiza as relações possíveis entre tecnologias digitais, personalização, empoderamento e construção de conhecimento, sob a ótica das experiências estéticas.

3. Sala de aula compartilhada na licenciatura em matemática: relato de prática

Nele, Marta de Oliveira Gonçalves e Valdir Silva apresentam uma experiência que agrupou, na mesma sala de aula alunos de três semestres diferentes de um curso universitário. O grupo teve a mediação de dois professores.

4. Procedimentos metodológicos nas salas de aula do curso de pedagogia: experiências de ensino híbrido

O texto traz as contribuições do ensino híbrido em abordagens com alunos de pedagogia. Foi escrito por Elizabeth dos Reis Sanada e Ivaneide Dantas da Silva.

5. Mediação e educação na atualidade: um diálogo com formadores de professores

Por Jordana Thadei, aborda as ações envolvidas na mediação. Também mostra como elas se resignificam à medida que as sociedades se modificam.

6. Construção de jogos e uso de realidade aumentada em espaços de criação digital na educação básica

De Helena Andrade Mendonça, discute o uso de tecnologias digitais nas instituições de ensino. O foco são ações nos espaços de criação digital abertos em uma escola de educação básica.

PARTE II – Formação continuada de professores para o uso de metodologias ativas

Tem como foco a importância da atualização constante para a eficácia do uso das metodologias. O texto introdutório enfatiza as vantagens de estratégias, envolvendo o uso de tecnologias digitais na formação de professores. Para isso analisa experiências bem-sucedidas desenvolvidas dentro e fora do Brasil. A autoria é de Lilian Bacich. Os demais capítulos do livro são:

7. Design Thinking na formação de professores: novos olhares para os desafios da educação

Por Julciane Rocha, apresenta essa abordagem com o objetivo de gerar e aprimorar ideias. Apresenta também o ingresso do design thinking no universo da educação, apontando possíveis contribuições em cenários educacionais.

8. O professor autor e experiências significativas na educação do século XXI: Estratégias ativas baseadas na metodologia de contextualização da aprendizagem

Foi escrito por Julia Pinheiro Andrade e Juliana Sartori. Traz a fundamentação teórica e relatos de experiências que buscam engajar e formar professores-autores. Para tanto, são utilizadas estratégias de cocriação e de escrita para compartilhar em rede.

9. Desenvolvimento do currículo STEAM no ensino médio: A formação de professores em movimento

Com autoria dividida entre Mariana Lorenzin, Cristiana Mattos Assumpção e Alessandra Bizerra, o capítulo apresenta o currículo interdisciplinar STEAM (do inglês: Science, Technology, Engineering, Arts& Design and Mathematics).

10. Metodologias ativas de aprendizagem: elaboração de roteiros de estudos em “salas sem paredes”.

As autoras Célia Maria Piva Cabral Senna e Sarah Papa de Morais, Daniela Zaneratto Rosa e Célia Maria Piva Cabra apresentam os resultados de uma experiência em que os alunos foram agrupados em salões divididos por séries e estimulados a decidir o que gostariam de aprender.

As propostas pareceram interessantes para você? Então, que tal colocar o livro na sala dos professores? Ele também pode ser utilizado para as discussões de início de ano, com vistas a elaborar os planos de aula. O livro tem 260 páginas e está disponível nos formatos impresso (ISBN: 9788584291151) e EPub (eletrônico – ISBN: 9788584291168).

Referência: BACICH, L.; MORAN. J. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
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Sala ambiente na escola: como esses espaços podem estimular os seus alunos

Uma sala ambiente muda a dinâmica da escola e os resultados são excelentes. Entenda mais sobre esse formato e saiba como adotá-lo na sua escola.

A cada sinal de troca de aula, os alunos permanecem na mesma sala, aguardando pelo professor da próxima disciplina. É assim que funciona na maior parte das escolas de ensino fundamental do Brasil. Mas essa realidade vem conhecendo outras possibilidades. Isso se deve à utilização das salas ambiente, também chamadas sala ambiente, que aos poucos tornam-se mais conhecidas.

Modelo adotado em algumas escolas brasileiras (com ótimos resultados), as salas ambiente estão mudando a forma como os alunos e professores lidam com diferentes disciplinas. Ficou curioso e quer saber mais sobre o assunto? Explicamos tudo aqui!

Afinal, o que é uma sala ambiente?

Ao contrário de uma sala de aula tradicional, a sala ambiente é pensada especialmente para uma única matéria. Ou seja, seu espaço conta com recursos didáticos e pedagógicos específicos para um determinado fim escolar.

A sala ambiente não considera apenas o quadro negro como ferramenta importante para o professor, mas considera essencial todos os materiais que podem ser utilizados com a finalidade de facilitar a explanação de conteúdos.

Por exemplo, uma sala ambiente de geografia irá contar com mapas, relógios, pinturas de sistema solar nas paredes… Esse cuidado irá facilitar a vida dos professores (que não vão precisar carregar esses materiais a todo momento) e dos alunos, que vão interagir com uma maior diversidade de recursos e materiais.

O que muda com a sala ambiente?

Pensando na rotina escolar, adotar salas ambiente para cada disciplina transforma a maneira de os alunos se movimentarem no ambiente escolar. Nesse contexto são eles, e não os professores, que se deslocam pelas salas após cada sinal indicando uma troca de aula.

O lado positivo é que os alunos precisam ser mais disciplinados e irão gastar mais energia entre uma aula e outra, o que pode melhorar, consideravelmente, a concentração nas aulas.

sala ambiente

Quais são os benefícios da sala ambiente?

Sabemos que cada disciplina oferecida nos ensinos básico e fundamental necessita de materiais e recursos diferentes para que os conteúdos possam ser assimilados pelos alunos da melhor maneira.

A organização de salas ambiente torna a sala de aula mais funcional e, assim, o conteúdo mais atrativo para os alunos. Outro grande benefício é a otimização do tempo da aula, já que todo o material necessário estará à disposição dos alunos e professores a todo momento.

Mas, afinal, quais são esses materiais? A ideia é que cada sala ambiente seja devidamente identificada (com pinturas e placas na porta, por exemplo) e apresente todos os itens essenciais para cada disciplina.

Como exemplo, podemos citar salas de geografia com um conjunto de mapas, fotos e gravuras. Também têm excelentes resultados as salas de ciências com microscópios, substâncias químicas, órgãos e animais conservados em formol.

Em São Paulo é possível ver o modelo aplicado, com sucesso, em algumas escolas do ensino fundamental da rede pública do Estado. Observando essas experiências, percebemos que só na sala de aula o desempenho acaba não sendo satisfatório, já com trabalhos alternativos nas salas ambiente as chances deles brilharem é maior.

sala ambienteMotivos para adotar uma sala ambiente na sua escola

Considerando os benefícios oferecidos pelas salas ambiente, fica ainda mais fácil pensar em motivos para adotar o modelo. Separamos três cenários que se mostram muito favoráveis nessa mudança.

As salas ambiente na escola proporcionam momentos de interação entre os alunos. Tal característica é positiva, a partir do momento que favorece as relações interpessoais. Além disso, esse modelo proporciona ao aluno um maior contato com a aprendizagem. Ou seja, cada estudante participa de forma mais ativa no processo de ensino.
Frente à responsabilidade de se locomoverem de uma sala a outra os alunos se tornam mais autônomos, responsáveis e organizados. A partir daí, é comum que passem a valorizar ainda mais as aulas.

Para os professores, o modelo de salas ambiente na escola possibilita novas maneiras de transmissão de conteúdo. Com os diversos materiais disponíveis em cada ambiente, fica muito fácil tirar dúvidas pontuais e melhorar o aprendizado do aluno. Além disso, essa organização melhora a dinâmica das aulas.
Com uma sala exclusiva, cada disciplina pode ser explorada mais a fundo, criando experiências únicas de aprendizagem. Nesse cenário, os professores possuem maior liberdade de organizar e equipar o espaço de acordo com necessidades específicas. Com o intuito de facilitar o trabalho, os professores podem e devem explorar recursos tecnológicos. Entre eles, a internet e uso de materiais em áudio e vídeo durante cada uma das aulas.

sala ambiente

Como adotar o modelo

O segredo para obter sucesso na implementação das salas ambiente na sua escola pode estar em uma fase importante e, por muitas vezes, deixada de lado: o planejamento. Ele é importante para que as salas ambiente realmente façam diferença na vida dos alunos. O primeiro erro a ser evitado é que elas se tornem meros depósitos de materiais pedagógicos.

A participação dos alunos nesse processo não pode e nem deve ser ignorada. É interessante que eles se sintam envolvidos no projeto desde o primeiro momento. Assim, irão valorizar ainda mais os espaços e se envolver de verdade no dia a dia da escola.

Organização é a chave!

Para que as salas ambiente sejam adotadas é necessário que a escola conte com uma sala de aula disponível para cada disciplina, o que muitas vezes não faz parte da realidade. Esse cenário pode assustar em um primeiro momento, mas é importante ter em mente que com planejamento e organização é possível reordenar o espaço disponível de forma funcional.

Organização e planejamento também são o caminho para resolver um dos maiores receios da escola: a movimentação dos alunos durante as trocas de aula. Com as ações corretas é possível implantar um sistema mais interativo e atrativo aos alunos. Assim, eles irão colaborar de maneira natural.

Gostou do tema e quer saber mais? Entre em contato que vamos responder para você. E para ficar sempre atualizado com nossos conteúdos, siga-nos nas redes sociais: Instagram | Facebook.

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Cores na arquitetura escolar: dicas para fazer as melhores escolhas

Você sabia que as cores utilizadas na arquitetura da sua escola podem influenciar diretamente no dia a dia dos alunos? Veja como!

As cores desempenham um papel muito importante na arquitetura escolar. Assim, devem ser consideradas parte importante dos projetos arquitetônicos desses ambientes. Elas influenciam na rotina dos alunos e funcionários em aspectos físicos, cognitivos e psíquicos. Mas, qual o motivo disso?

Tais características são explicadas pela chamada psicologia das cores, que estuda a influência da cor nos indivíduos. Ou seja, ao observar uma determinada cor, o cérebro humano a identifica e a transforma em diferentes sensações e sentimentos.

Como escolher as cores na arquitetura escolar?

Quando bem aplicadas, as cores podem fazer uma grande diferença na sua escola. Antes de tudo, é preciso lembrar que as cores não precisam estar presentes de forma agressiva: sua presença pode – e deve-, na maioria dos casos, ser sutil.

As cores podem aparecer não só nos prédios, paredes e portas, mas também em itens como móveis, quadros e objetos diversos. Para ajudar você na tarefa de reconhecer as melhores opções para a sua escola, separamos algumas informações bem úteis. Confira!

A influência das cores dos ambientes

As cores na arquitetura escolar interferem diretamente nas experiências proporcionadas por um determinado ambiente. Cores mais vivas tendem a criar sensações de tensão e certa agressividade, enquanto as mais suaves expressam o contrário.

Estudos realizados por uma Universidade Britânica mostraram que as cores também agem diretamente na nossa percepção de tempo. Segundo seus participantes, a reunião numa sala bem colorida pareceu durar 45 minutos a menos do que outra realizada num ambiente de tons pastel.

Conhecer as características das cores e os sentimentos que elas estimulam é o primeiro passo para acertar nas cores escolhidas na arquitetura da sua escola.

Cores e suas características

As cores são mais que elementos decorativos e muito acrescentam para os projetos arquitetônicos, até mesmo os escolares. Quando bem escolhidas, são perfeitas para criar ambientes específicos: podem ser usadas para aumentar o bem-estar, reduzir o stress… Entenda melhor sobre as características de determinadas cores.

Vermelho

É associado à luta, paixão, alegria e amor. Pensando em sua ação dentro de um ambiente, tem efeito estimulante, gerando uma sensação de urgência. Além disso, o vermelho desperta o apetite. Quando aplicado no interior de um ambiente, costuma aparecer em detalhes como tapetes e pisos.

Verde

É usualmente ligado à natureza, esperança e conhecimento. Em seus tons mais claros, mostra-se uma opção interessante para ambientes escolares, pois transmite tranquilidade. Quando usado em interiores, esses tons estão associados a ambientes de repouso. Já os tons mais escuros são indicados para locais de estudo ou trabalho (situações que exigem concentração).

Amarelo

Pode ser utilizado com diferentes objetivos dentro da arquitetura escolar. É uma cor com energia e tem o poder expansivo de fazer ambientes parecerem maiores do que realmente são. Se a ideia é trabalhar com um espaço que provoque alegria, entusiasmo cuidado e clareza, o amarelo, em seus diferentes tons, é uma aposta certeira.

Azul

A cor azul é muito indicada para ambientes que buscam transmitir calma e contemplação. Quando utilizada em tons mais claros, é perfeita para ambientes de repouso e, em tons mais escuros, relaciona-se com o poder. Se o objetivo é passar uma ideia de segurança e eficiência, o azul pode ser usado.

Laranja

É uma cor mais viva de grande visibilidade, mesmo a uma certa distância. No ambiente escolar, é indicada para criar efeito estimulante, alegre e convidativo. O laranja também está muito ligado à ideia de jovialidade.

Roxo

Também conhecido como carmim, lilás, violeta e púrpura, o roxo não costuma ser uma das cores mais empregadas na arquitetura escolar. Mas nada o impede de ser considerado em algumas situações. Seus tons mais claros são indicados para expressar inovação e criatividade. Já os mais escuros devem ser evitados, pois são ligados a sentimentos de melancolia.

Marrom

O marrom costuma estar presente nos ambientes escolares por meio de objetos de madeira. Essa cor é capaz de transmitir sentimentos como calma, estabilidade e humildade. Ele também pode ser empregado para gerar sensação de cooperação e vigor.

Preto

Mais do que ser considerado uma cor, o preto é definido como a ausência de luz. Apesar de representar o luto e a tristeza, em várias culturas, também tem a conotação de poder, luxo e sofisticação. Quando empregado em ambientes, expressa precisão, firmeza e sobriedade.

Branco

Ao contrário do preto, o branco resulta da síntese de todas as luzes coloridas. Na cultura brasileira, é a cor geralmente associada à higiene, limpeza, paz, vida e pureza. Nos ambientes escolares, é uma ótima aposta para espaços pouco iluminados. Além disso, é responsável por transmitir a sensação de amplidão do espaço e leveza.

Quais as melhores opções de cores na arquitetura escolar?

fachada de escola

Considerando o ambiente escolar, as cores têm a finalidade de aguçar as capacidades psíquicas e sensoriais das crianças. Para fazer as melhores escolhas, os projetos infantis devem levar em consideração, além das sensações que as cores capazes de causar, a harmonização entre elas.

Assim, o uso as cores deve ser pensado desde o início do projeto arquitetônico, para estar de acordo com a arquitetura e design do ambiente: só nesse cenário o conjunto fará sentido. Cada cor deve ser pensada com muita propriedade, de forma estruturada e muito bem distribuída. Afinal, ela irá impactar diretamente no tipo de energia de cada espaço.

Cuidados ao escolher as cores na arquitetura escolar

Considere sempre fatores como proporções do ambiente, sua finalidade e forma antes de eleger suas cores.
O ambiente escolar deve priorizar a iluminação e distribuição de luz, buscando evitar a fadiga visual. Ambientes claros ajudam a manter a concentração nos estudos.
As cores mais intensas causam alegria, mas devem ser usadas especialmente em ambientes de pouca circulação e permanência de alunos.
O uso de cores primárias (verde, vermelho, amarelo e azul) funciona bem em ambientes reservados para recreação. Porém, por serem alegres e estimulantes, o ideal é combiná-las com tonalidades mais claras para manter um equilíbrio.
Para grandes superfícies, como as paredes, cores em tons pastel são indicadas, como o amarelo, verde, azul, bege e cinza pérola.
Os elementos decorativos com cores mais fortes intensificam seus estímulos quando estão em contraste com fundos mais neutros.

Gostou das nossas dicas para o uso de cores na arquitetura escolar? Então, conte-nos quais são as cores que mais se destacam em sua escola! E não deixe de nos seguir nas redes sociais.

Portrait of diligent schoolkids and their teacher talking at lesson

Reggio Emilia: saiba mais sobre a proposta pedagógica revolucionária

Conheça e saiba como os conceitos da experiência pedagógica italiana, Reggio Emilia, podem ser adotados na educação infantil da sua escola.

Inovadora, a abordagem educacional de Reggio Emilia é de origem italiana e propõe uma experiência pedagógica única. Voltado à educação infantil, o processo envolve ativamente pais, alunos e professores e tem como ponto central o desenvolvimento completo das crianças.

No ano de 1991 tal modelo educativo foi apontado na revista Newsweek como um dos melhores do mundo. Você sabe os motivos? Descubra-os, conhecendo mais detalhes sobre a metodologia e veja como adotá-lo no ensino infantil da sua escola.

Reggio Emilia: o que é?

Reggio Emilia é o nome da cidade onde nasceu o modelo de ensino criado pelo pedagogo Loris Malaguzzi por volta de 1945. Logo após o término da Segunda Guerra Mundial, Loris construiu uma escola infantil com ajuda comunitária. Ele acreditava que a experiência tinha que levar em consideração aspectos intelectuais, emocionais, sociais e morais de cada criança. No fim das contas, ele estava certo, já que o modelo se espalhou pelo mundo e faz sucesso até hoje.

Desde que foi criada, esta abordagem educacional se destacou por promover a força e união da comunidade. Até hoje, essa é uma das características mais fortes desse modelo educacional.

Quais são os diferenciais das escolas Reggio Emilia?

Quebrando paradigmas de educação, este modelo propõe um novo olhar sobre a relação de poder estabelecida entre professor e aluno. O modelo propõe uma troca entre as duas partes: o professor também aprende enquanto ensina as crianças.

Além disso, o modelo defende um projeto baseado na relação e participação de crianças, professores e pais. Nesse contexto, a criança se torna protagonista do próprio conhecimento. Mas para isso, é preciso que ela esteja cercada de experiências e trocas que lhe propicie o domínio de novos conceitos e comportamentos.

O protagonismo infantil

O papel das escolas no sistema Reggio Emilia é criar espaços e situações para que cada criança desenvolva sua própria individualidade. Para atingir esse objetivo, os adultos precisam reconhecer tais potencialidades.

Seguindo a perspectiva do protagonismo infantil, as escolas devem trabalhar com linguagens que valorizem experiências reais e descobertas dos próprios alunos.

Experiências no Brasil

Nas escolas brasileiras inspiradas na metodologia Reggio Emilia também é possível ver como o olhar dos alunos é importante. Propostas como pesquisas, produções artísticas diversas, discussões e explorações incentivam novas experiências para as crianças diariamente.

No Brasil há algumas escolas que adotam esse modelo e preservam características originais, tais como:
Maior presença dos pais dentro da sala de aula;
Salas amplas e interligadas;
Ambientes de trabalho abertos para que alunos e funcionários interajam mais;
Exposição atrativa e organizada dos trabalhos das crianças.

7 dicas para adotar a Reggio Emilia na sua escola

Quer entender melhor? Então veja nossas dicas a seguir:

Conheça seus estudantes

Um dos primeiros pontos a ser observado por uma escola que deseja implementar a metodologia Reggio Emilia é o de descobrir quem são seus alunos. Onde vivem? Quem são seus familiares? Quais são seus gostos e prioridades? Quais recursos eles possuem? Tais perguntas são essenciais para o correto acolhimento das crianças em qualquer ambiente escolar de sucesso. Para que exista uma verdadeira conexão com e entre eles, é necessário ter sempre no radar os principais acontecimentos da sua comunidade. Tudo o que acontece no mundo, assim como apenas na vizinhança faz diferença na criação de conexões.

Happy kids at elementary school

Encurte as distâncias

A sala de aula deve ser vista primordialmente como um lugar de aproximação. Na metodologia Reggio Emilia, ela deve ser usada para abordar assuntos globais e conectar determinado grupo de alunos. Esse é o espaço ideal para incentivar as crianças a abrirem o coração. Dê espaço para que elas falem sobre seus desconfortos, aprendizados e experiências. Dessa forma, elas se sentirão mais conectadas entre si.

Incentive a curiosidade

Se há uma característica presente em quase todas as crianças é a curiosidade. Porém, para que ela seja usada de forma criativa, as crianças precisam ser guiadas e incentivadas. Que tal criar um banco de perguntas abertas para os pequenos? É uma forma interessante de ouvir os alunos e discutir suas maiores questões.

Registre tudo

Que tal usar a tecnologia para registrar e documentar a rotina escolar? O método Reggio Emilia incentiva o uso de anotações, fotos, gravações (vídeo e áudio) para registrar o dia a dia da escola. Um simples celular pode gerar facilmente esse material que será um grande insumo para futuras reflexões e discussões, itens que muito agrega no aprendizado dos alunos.

Incentive a criatividade

E se os materiais usados pelos alunos incentivassem ainda mais a sua criatividade? Isso é possível e não demanda muito esforço da parte da escola. A metodologia Reggio Emilia incentiva o uso de materiais lúdicos e naturais. Passeios na natureza, por exemplo, oferecem insumos como folhas, sementes, pedras… Todo e qualquer tipo de opção, por mais simples que possa ser, torna-se um verdadeiro diferencial na rotina escolar quando explorado de maneira criativa. E não duvide: as crianças são experts nesse tipo de atividade.


Repense a arquitetura da escola

O ambiente físico da escola deve estar de acordo com suas propostas. Ou seja: deve ser pensado para facilitar o conhecimento dos alunos. Em um ambiente escolar que adota a Reggio Emilia é comum que as crianças tenham acesso à cozinha, por exemplo, um espaço tradicionalmente fechado para os alunos.
Quando repensado, o espaço pode ser utilizado para mostrar a importância dos laços, por exemplo, criando o hábito de compartilhar o momento da refeição e de aprender a preparar alguns alimentos. Nesse contexto, a cozinheira também exerce um papel de educadora.
Outra maneira de valorizar as experiências dos pequenos está na organização dos espaços. Já pensou em não arrumar a sala para a aula do dia seguinte? Ao revisitar o espaço e rever os trabalhos desenvolvidos no dia anterior, novos olhares podem surgir. É uma maneira interessante de enriquecer, ainda mais, os trabalhos propostos.

Promova o acolhimento

Especialmente em turmas do ensino infantil, é extremamente importante criar uma certa sensação de acolhimento entre as crianças. Esse objetivo pode ser alcançado por meio de um simples elemento: o espelho. Isso mesmo. Espalhado nas paredes e, porque não, até no chão da sala de aula, os pequenos são incentivados a enxergar a si mesmos e aos coleguinhas por perspectivas diferenciadas.

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